PRECONCEITO RACIAL NO ROMANCE ABOLICIONISTA BRASILEIRO E CUBANO
Palavras-chave:
Romance abolicionista, abolição, branqueamento,Resumo
Até o inicio do século XIX, o sistema escravagista foi o principal pilar das economias brasileira e cubana. Contudo, a partir das primeiras décadas desse século, o escravismo se foi transformando-se paulatinamente em um símbolo de atraso econômico e moral. Iniciou-se, assim, um assíduo debate do qual participaram intelectuais de todas as áreas. Cabia à elite brasileira e à cubana repensar as estruturas socioeconômicas de seus países. Nesse período, ganham importância ideologias de cunho racial que vinculam o desenvolvimento das nações a sua composição étnica. Influenciados por essas ideias, os intelectuais brasileiros e cubanos abordam o tema do futuro racial de seus países. É assim que, em Cuba e no Brasil, a figura do negro, até então marginalizada na literatura, é deslocada para o centro da ficção.
Nas literaturas brasileira e cubana, a representação do negro acontece de forma ambígua. Enquanto os escritores abolicionistas buscam defender os escravos, fazendo deles os heróis de seus romances, eles deixam, ao mesmo tempo, transparecer o preconceito que dominou as sociedades oitocentistas latino-americanas. Observamos, assim, um posicionamento controverso desses intelectuais em relação à população negra. Propõe-se, com esse artigo, analisar a representação literária de personagens negros em romances selecionados da literatura abolicionista cubana e brasileira, considerando as tensões históricas e as ideias sobre etnia em voga nas respectivas sociedades.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).