DOI:
https://doi.org/10.47209/1519-6674.v.26.n.1.p.182-202Palavras-chave:
Magia, estigma, discurso.Resumo
O discurso polêmico antimágico é um fenômeno histórico-cultural que perpassa todo o curso da civilização Ocidental. A partir dele, compreende-se que o termo magia tem sido utilizado no ocidente como uma categoria de exclusão, uma ferramenta para estigmatizar em particular as crenças, práticas, ideias e comportamentos do Outro: por exemplo, o estrangeiro, o inimigo, qualquer um que o Eu como cultura dominante no Ocidente se opõe. É possível identificar que em determinados períodos históricos e sociedades certas identidades foram estabelecidas como o Outro por excelência desse discurso. Por exemplo, o termo magia surge na Grécia Antiga para estigmatizar inicialmente agentes religiosos persas. No período medieval, o Outro do cristianismo é, principalmente, o pagão. E na modernidade, o maior alvo é a figura do primitivo. Dessa forma, essa pesquisa objetiva investigar quais são e como o discurso polêmico antimágico no Brasil estabeleceu seu(s) Outro(s). Argumenta-se que o negro ou, mais tarde, o aderente de religiões afro-brasileiras têm sido principalmente os maiores alvos do discurso polêmico antimágico no país, porém também destacam-se as figuras do índio, da mulher e do espírita como Outros desse discurso.
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