MEMÓRIAS NARRADAS EM PRIMEIRA PESSOA - A FESTA DO ACARAJÉ NO ILÊ AXÉ XIRÊ OYÁ, POR MÃE WILMA DE IANSÃ

Autores

  • Marco Antônio Domingues Teixeira Universidade Federal de Rondônia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.47209/1519-6674.v31.n.1.p.235-240

Resumo

A festa do Acarajé já é uma tradição no Ilê Axé Xirê Oya. Esse ritual me foi presenteado por minha irmã de santo, Elza de Iemanjá, em cujo templo fui iniciada em 20.10.1980, grande e importante data para o povo do santo, que é a data em que o orixá, após dias de reclusão, é apresentado ao público e dá seu Orunkó (nome). Iacy, como é conhecida, morou muito anos em Salvador, pois quando casou com um filho de Mãe Teté, famosa Ialorixá de Oya, que prestava homenagem anualmente com a Festa do Acarajé para seu orixá Oya. Após separação conjugal Iacy retorna ao Rio de Janeiro, e ao despedir-se de Mãe Teté, foi surpreendida pelas palavras desta, ao dizer-lhe que em breve ela também seria uma Ialorixá, e que naquele momento ela, Mãe Teté, autorizava esse ritual da Festa do Acarajé, que deveria ser repassado para a primeira Iansã a ser iniciada em sua futura casa de axé. E assim foi feito, fui a primeira Iansã a ser iniciada no Ilê de Iemanjá, em Porto Velho, ganhando assim, esse maravilhoso presente, após meus três anos de santo, deixando de cumprir apenas dois anos após essa data, por motivos superiores a minha vontade.


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Publicado

31/01/2020

Edição

Seção

ENTREVISTA