SUBALTERNIDADE, MARGINALIZAÇÃO E POLITIZAÇÃO: A LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA COMO CRÍTICA DA MODERNIDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47209/1519-6674.v32.n.1.p.348-377

Palavras-chave:

Literatura Indígena, Subalternidade, Tradição, Crítica da Modernidade, Politização.

Resumo

Argumentaremos que a literatura indígena brasileira caracteriza-se como crítica da modernidade-modernização periférica brasileira a partir da dinamização de uma voz-práxis direta, política e politizante, carnal e vinculada, em que minorias político-culturais produzidas pela modernização como colonialismo superam o silenciamento, a invisibilização e o privatismo aos quais estiveram tradicionalmente relegadas, por meio de uma postura ativista, militante e engajada na esfera pública. Na literatura indígena brasileira, por conseguinte, emerge, se desenvolve e se publiciza um eu-nós lírico-político que tem na correlação de (a) revalorização de sua singularidade étnico-antropológica e (b) explicitação da sua história comunitária em termos de relato da marginalização e da violência vividas e sofridas o aguilhão crítico-emancipatório garantidor da politização de nossa sociedade, da tematização dos efeitos deletérios de nossa modernização e do repensar de nosso futuro. Trata-se, com isso, de uma voz-práxis direta viabilizada como manifestação estético-literária, sem mediações institucionalistas, cientificistas e tecnicistas, aberta, inclusiva e participativa.

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Biografia do Autor

Leno Francisco Danner, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Doutor em Filosofia (PUCRS). Professor de Teoria Política no Departamento de Filosofia e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Julie Dorrico, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Doutoranda em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Fernando Danner, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Doutor em Filosofia, com área de concentração em ética e filosofia política, pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professor das disciplinas de ética e filosofia política no Departamento de Filosofia e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

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Publicado

31/08/2020

Edição

Seção

ARTIGOS - LIVRES