O MOVIMENTO HARE KRISHNA NOS TEMPOS DA DITADURA

Autores

  • Leon Adan Gutierrez de Carvalho Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.47209/1519-6674.v32.n.1.p.190-213

Palavras-chave:

Movimento Hare Krishna, Ditadura Militar, Liberdade de culto.

Resumo

O movimento Hare Krishna foi inserido no Brasil em 1973 durante um contexto de ditadura militar (1964-1985). Apesar de hoje ser considerado pelo senso comum como uma religião da “paz e do amor”, suas particularidades culturais, estéticas, teológicas e, sobretudo, a conversão de jovens de famílias de classe média e alta nos maiores centros urbanos do país, acabaram gerando polêmicas na mídia que, além de dar uma visibilidade negativa a esta religião minoritária, parece ter despertado a atenção de vários órgãos policiais que passaram a vê-la como uma ameaça à “ordem” e aos “bons costumes”. No presente artigo iremos analisar como essa ideia de ameaça Hare Krishna foi se consolidando no período da Ditadura no Brasil e quais teriam sido as possíveis implicações disso. Para tanto, analisaremos documentos históricos do acervo do Ministério da Justiça (presentes no Arquivo Nacional) e fontes de periódicos da época. Como se trata de uma pesquisa em andamento, não dispomos de afirmações conclusivas, no entanto, pudemos perceber que diversos aparatos policiais do Estado recomendaram o cerceamento das atividades do Hare Krishna mas esbarraram na falta de sustentação jurídica para tanto.

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Biografia do Autor

Leon Adan Gutierrez de Carvalho, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em História pela Universidade Federal do Paraná

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Publicado

31/08/2020

Edição

Seção

ARTIGOS - DOSSIÊ