PANDEMIA E CRISE: A PSICOPOLÍTICA DO “NOVO NORMAL”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47209/1519-6674.v33.n.2.p.51-69

Palavras-chave:

pandemia, crise sistêmica do capitalismo, consumismo, psicopolítica.

Resumo

A partir de análises de reportagens em jornais e sites de notícias, o texto tem a preocupação em discutir se o contexto de pandemia está trazendo uma mudança, uma tendência de alteração do comportamento social ou é apenas um mero efeito de linguagem, ocasionada pelo acontecimento/evento de uma crise? Ancorados no materialismo histórico queremos entender se estamos alterando nossas práticas sociais e econômicas, ou apenas alterando as formas de continuar a praticá-las? Em pleno contexto de crise econômica, empresas tem aproveitado a crise sanitária e implementado novas formas de atrair consumidores para as suas mercadorias. Amparados pelos estudos de Bauman, Han, Morozov e Berardi, temos a impressão de que somos cada vez mais indivíduos, menos coletivo. Como sujeitos autômatos, somos formados, treinados e capacitados para o consumo. Quanto mais consumimos, mais somos controlados, e menos temos capacidade e autonomia para gerenciar nossas próprias vidas. A crise pandêmica se misturou a mais uma crise sistêmica do capitalismo e, a julgar pelos hábitos de consumo que temos visto, ele se fortalecerá ao final dela. A vida humana tem sido meramente um meio, para o projeto psicopolítico do neoliberalismo.

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Biografia do Autor

Mauro Henrique Miranda de Alcântara, Instituto Federal de Rondônia

Professor do Instituto Federal de Rondônia, Campus Cacoal. Doutor em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (2019).

William Kennedy do Amaral Souza, Instituto Federal de Rondônia

Professor de Sociologia do Instituto Federal de Rondônia, Campus Colorado do Oeste. Doutor em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2020).

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Publicado

01/03/2021

Edição

Seção

ARTIGOS - DOSSIÊ