MICRO-HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: ABUSOS CONTRA MENINAS-MOÇAS-MULHERES A PARTIR DE REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO – SPI

Autores

  • Adriane Pesovento Universidade Federal de Rondônia, Brasil

Palavras-chave:

História indígena, PI Ricardo Franco, Rondônia.

Resumo

O Serviço de Proteção ao Índio – SPI, foi o órgão responsável, inicialmente pela “atração” dos indígenas, junto aos postos oficiais instalados em diversas regiões do país. Fundado em 1910 era responsável pelas ações de aproximação e tentativas integracionistas que nortearam as políticas e compuseram parte da história indígena em Rondônia. Utiliza-se nesse estudo uma abordagem sócio histórica, tendo como categoria de análise a micro história. A coleta de dados se fez a partir de fontes documentais, reunidas e depositadas no banco de dados do Museu do Índio. Tais registros em sua maioria versam sobre aspectos administrativos relacionados aos diversos Postos Indígenas (PI). Nesses documentos, escapam informações sobre o cotidiano de luta e resistência indígena  agindo e reagindo frente ao estabelecido. Além disso, a garimpagem micro possibilitou a percepção de fragmentos indiciários dos abusos praticados por autoridade dos PIs em relação à esses povos, especialmente as histórias de algumas meninas/mulheres/índias Kanoê/Kapixanã que no ano de 1948, no auge da mocidade foram vítimas de abuso sexual e exploração do trabalho. A ênfase é dada ao posto Ricardo Franco, que se localizava as margens do Rio Guaporé, próximo a Guajará Mirim (RO). No dualismo morte e vida, objetivou-se levantar informações sobre tais abusos, doenças e epidemias, bem como as ações e/ou a inércia do poder público frente  a  problemática.

Biografia do Autor

  • Adriane Pesovento, Universidade Federal de Rondônia, Brasil

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RESENHAS