UM OLHAR SOBRE PORTO VELHO ATRAVÉS DO CINEMA

Resumo

O maior propagador da cultura burguesa foi o cinema, sua criação data de 1895, pelos irmãos Lumière, na França, de lá para cá, o cinema criou novas linguagens, novas técnicas e tecnologias, deixou de ser mero entretenimento, visto por historiadores daquela época com desconfiança, não passando de divertimento popular, passando para os historiadores de hoje como objeto de estudos, de ampla reflexão da História Cultural e História Social. A cidade é um fruto da modernidade, assim como a ferrovia, originadora da cidade de Porto Velho. Mas o cinema torna-se a grande expressão dessa cultura urbana, se impondo na cidade como um produto de um momento moderno influenciando na vida cotidiana, passando décadas nas vivências dos espaços urbanos, modelando o imaginário dos indivíduos. Esses espaços que no começo da história do cinema e de Porto Velho se identificam. É a procura dos espaços de lazer do ferroviário, do proletariado, que em Porto Velho, cidade com dupla identidade, cujo de um lado tem-se uma cidade padrão, e de outro o espelho do que a cidade deveria substituir (Santo Antônio), se encontrava o lazer nas duas partes, divididos por classe, hierarquia ou unidos pela promiscuidade. Sendo assim o cinema surge como importante fator nas relações entre pessoas e espaços urbanos, em meio à formação espacial da cidade. Ao longo da história de Porto Velho, várias pesquisas e livros abordam temas diversificados, e ao se procurar algo mais sobre a história dos cinemas de Porto Velho verifica-se uma parcela bem pequena nestes livros.