“TEM UM DRAGÃO NA GARAGEM DO PSIQUIATRA!”: CIENTIFICISMO E CONFLITO DE INTERESSES NOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS EM SAÚDE MENTAL
Palabras clave:
psiquiatria biológica, transtornos mentais, psicofarmacologia, bioéticaResumen
Atualmente, a cientificidade dos critérios diagnósticos em saúde mental e as teorias da psiquiatria biológica são alvo de intenso debate nos meios acadêmicos. A despeito do refinamento metodológico da psicofarmacologia básica, evidências sugerem que a predominância do emprego de procedimentos psicofarmacoterapêuticos no campo da saúde mental é a versão atual do histórico misticismo que envolve a compreensão e o tratamento das doenças mentais. Em 1952, a APA (American Psychiatry Association) publicou a primeira versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) no qual eram apresentados os critérios diagnósticos para 106 diferentes categorias de transtornos mentais. Desde então, o número de categorias diagnósticas só aumentou e, em 2010, Carol Bernstein, então presidente da APA, reconheceu que a criação de facilidades para o diagnóstico de psicopatologias pelos os clínicos se deu pela necessidade de ligar os pacientes aos tratamentos farmacológicos disponíveis. Também se discute implicações bioéticas da introdução das facilidades de diagnóstico com a finalidade de justificar a prescrição de drogas psicotrópicas.Descargas
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