As mídias sociais e as novas formas de construção e disseminação do preconceito linguístico
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.7.n.1.p.49-71Palavras-chave:
Preconceito linguístico, Mídias sociais, Marcela Tavares, Ensino da língua materna.Resumo
As mídias sociais têm servido para disseminar variados pontos de vista. Entre elas está o YouTube, cuja circulação de conteúdo chama atenção o canal “Não seja burro” de autoria de Marcela Tavares. A discussão em tela busca compreender em que medida Marcela Tavares, em seu canal do YouTube, especialmente a edição nove, veiculada no ano de 2017, contribui para a circulação do preconceito linguístico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter interpretativista, cujo embasamento teórico ancora-se na perspectiva da educação linguística, tais como em Bagno (2015), Bortoni-Ricardo(2004), Antunes (2003), Possenti (1996), bem como em Jenkins (2015) e Castells (2003) em se tratando da influência da mídia nas práticas sociais contemporâneas. A partir da análise é possível perceber que a youtuber leva os internautas a crer em uma visão de língua homogênea, pois a intolerância contida no discurso da personagem, criada por Marcela Tavares, possibilita observar dois movimentos: uma abordagem temática dos conteúdos apresentados, na tentativa de contribuir com a formação normativista do espectador, ao mesmo tempo em que ocorre a tentativa de alcançar um discurso purista sobre a língua. Portanto, o preconceito incorpora-se nos discursos que circulam nessas mídias, contribuindo para a manutenção de estigmas sociais.
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