A emergência da vida travesti em Não vão nos matar agora:
discursos, vontades de verdade e resistências ao poder colonial no livro de Jota Mombaça (2021)
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.11.n.1.p.164-182Resumo
Este trabalho tem como intuito analisar o enunciado título da obra de Jota Mombaça (2021), Não vão nos matar agora, tomando como pressupostos teórico-metodológicos os Estudos Discursivos Foucaultianos e como enfoque analítico as condições de emergência desse enunciado a partir da função que ele cumpre em nossa sociedade e na história. Ao acionarmos o conceito de campo associado, verificamos como esse enunciado está materializado como em um nó em uma rede com outros que buscam enfrentar o poder biopolítico em relação à morte que age sobre pessoas negras mediante o racismo e, interseccionalmente, sobre as travestis negras a partir das violências de gênero. Além disso, refletimos sobre o processo de entrada dessas sujeitas no campo artístico-cultural para problematizar como esses espaços, a exemplo de muitos outros, podem ser nocivos à subjetividade de pessoas negras, que passam a ser vistas sob o ponto de vista de produtoras de produtos epistemológicos que serão apropriados pela branquitude, reatualizando uma relação incrustrada em nossa memória: a colonialidade.
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