As imbricações que coexistem em meu corpo:
a trajetória artística e política da poetisa Safia Elhillo como símbolo de resistência à colonialidade
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.11.n.2.p.438-457Resumo
Ao perceber as categorias de subalternidade em que seu corpo é localizado, a poetisa Safia Elhillo, filha de imigrantes sudaneses e nascida nos Estados Unidos, interpela a crueldade que define a sua posição interseccional. A autora utiliza da literatura enquanto instrumento para questionar as classificações mobilizadas pela modernidade/colonialidade que definem o que deve ser considerado como identidade. Nesse contexto, o presente trabalho busca responder à seguinte pergunta de pesquisa: como a obra de Safia Elhillo, inserida em uma forma de arte crítica às relações coloniais de poder produzida por corpos femininos, imigrantes e pertencentes ao Sul Global, se desenvolve em resistência e desafio à colonialidade estabelecida pelo Norte Global? Para responder, o trabalho possui como objetivo geral analisar a bibliografia produzida por Safia Elhillo como uma forma de resistência à opressão colonial e à colonialidade. Enquanto objetivos específicos, o trabalho pretende: explorar a bibliografia de(s)colonial e pós-colonial relacionada ao tema; observar as declarações e poesias de Safia Elhillo como uma forma de arte que desafia a colonialidade. Como resultado da pesquisa, tem-se que o pensamento de fronteira e a produção artística advinda de uma mulher negra, arabófona e descendente de imigrantes, permite desafiar a colonialidade ao denunciar as violências coloniais e permitir que (re)imaginemos outras realidades.
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