Afros & Amazônicos https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos <p><span>Afros &amp; Amazônicos é uma revista online semestral de acesso livre mantida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afro e Amazônicos (GEPIAA) e vinculada ao Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia (PPGHAm) e ao Programa de Pós-Graduação de Direitos Humanos e Exercício da Justiça (DHJUS) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). A revista tem como missão publicar gratuitamente artigos científicos originais em História e áreas afins. Como um espaço de discussão e divulgação de pesquisa, também acolhe resenhas e outras formas de representações sociais, culturais, étnicas e históricas. Os artigos devem ser assinados por doutores ou mestres. Excepcionalmente, também aceita artigos de mestrandos, desde que sejam assinados em conjunto com alguém titulado. No caso de resenha ou de documentos históricos (<span>outras formas de representações sociais, culturais, étnicas e históricas</span>), não há titulação mínima exigida.<br /></span></p><p><span>Objetivos do periódico:</span></p><ol><li>Publicar estudos científicos em História e áreas afins sobre as populações afro-amazônicas em relação ao seu desenvolvimento, etnicidade, territorialidade, sustentabilidade, educação, saúde e cultura;</li><li>Publicar estudos científicos em História e áreas afins sobre os povos indígenas na Amazônia a partir de uma perspectiva interdisciplinar valorizando a oralidade e a etnografia como categorias de fontes históricas privilegiadas para a discussão da história indígena;</li><li>Disponibilizar um espaço social para o debate histórico-científico sobre questões de dominação e resistência, racismo, gênero, cotas sociais, etnicidade, territorialidade, cultura, educação, diversidade, religiosidades e religiões no espaço amazônico;</li><li>Colecionar e publicar documentos históricos (diversas <span>formas de representações sociais, culturais, étnicas e históricas</span>) referentes às populações amazônicas;</li></ol><p><span><br /></span></p> pt-BR Afros & Amazônicos 2675-6862 Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Expediente https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7556 Rogério Sávio Link Copyright (c) 2022 Rogério Sávio Link https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 1 3 Apresentação https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7557 Rogério Sávio Link Copyright (c) 2022 Rogério Sávio Link https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 4 5 Casas de Memórias https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7407 <p>Neste artigo, proponho refletir sobre a prática da Educação Patrimonial e a produção do conhecimento histórico com os estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a partir de uma avaliação da pedagogia da educação patrimonial desenvolvida pelo Arquivo Público do Rio Grande do Sul (APERS). Abordo a problemática a partir da experiência que tive como oficineiro em duas oficinas no APERS no segundo semestre de 2015: uma intitulada “os tesouros da família arquivo” e dirigida ao 7º e 8º anos do Ensino Fundamental; outra intitulada “resistência em arquivo: patrimônio, ditadura e direitos humanos” pensada para o Ensino Médio. A primeira trabalha com documentos que permitem um olhar para o passado escravista do Brasil. Já a segunda reflete sobre o período da ditadura civil-militar brasileira a partir de processos administrativos gerados pelo trabalho da Comissão Especial de Indenização criada em 1997 pelo governo do estado do Rio Grande do Sul com a finalidade de receber e avaliar os pedidos de reparação financeira de presos políticos que sofreram violência física ou psicológica por parte dos agentes do estado dentre os anos de 1961 a 1979</p> Rogério Sávio Link Copyright (c) 2022 Rogério Sávio Link https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 7 16 Aquá! É errado falar assim? https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7169 <p>O Vale do Guaporé/RO, fronteira Brasil Bolívia, se apresenta num hibridismo cultural e linguístico constituído a partir de empréstimos lexicais partilhados entre sujeitos existentes na região, como povos indígenas, afroindígenas, quilombolas e bolivianos. O objetivo deste estudo é analisar a expressão do “aquá”, no cotidiano de populações quilombolas do Guaporé/RO no contato com outros grupos diferentes dos seus, momento esse no qual vivenciam novas experiências linguísticas. Para este estudo, foram utilizados estudos bibliográficos e etnográfico com abordagem qualitativa e fundamentação teórica entretecida entre José Freire (2011), Marcos Bagno (1999), Gayatri Spivak (2010), Jorge Larrosa (2004), Jean Dubois (1989), Frantz Fanon (2008), dentre outros/as. A relevância do tema justifica-se para compreensão sobre características lexicais identificadas na fala de quilombolas mais idosos/as da região em tela, pois acredita-se que proceder registros, nesta perspectiva, pode ser uma alternativa para valorização de palavras e línguas que foram marginalizadas pelo discurso hegemônico, além de contribuir para um banco de dados do patrimônio imaterial no qual se localizam grupos sociais com variadas línguas e culturas.</p> Joely Coelho Santiago Hélio Rodrigues da Rocha Copyright (c) 2022 Santiago Joely Coelho , Rocha Hélio Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 17 25 A Arqueologia da Paisagem como Instrumento de Identificação da Área de Abrangência Cotidiana e Sazonal de uma Antiga Aldeia Situada na Porção Sul da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau, em Rondônia https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7118 <p>O presente artigo utiliza-se da arqueologia da paisagem para conjecturar a área de abrangência de uma antiga aldeia localizada na porção sul da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau, em Rondônia. A partir do relato de um Agente da Fundação Nacional do Índio, referente a uma grande quantidade de fragmentos de cerâmica encontrados nas proximidades do Igarapé Bananeiras, buscou-se identificar elementos na paisagem local que possibilitem a caracterização da área de uso cotidiano e sazonal, em tempos remotos, de um coletivo de indígenas de identidade desconhecida. Após a pesquisa em campo, constatou-se que diversos aspectos da paisagem convergem para a confirmação da possibilidade de que no passado um coletivo indígena de médio porte fixou-se no local, de maneira semipermanente: abundância de castanheiras seculares, a existência de barreiros de caça nas cercanias, a fartura de caça silvestre, a proximidade ao Igarapé Bananeiras e ao Rio São Miguel do Guaporé, que são perenes até mesmo no verão amazônico, a localização estratégica ao pé da Serra Fernão Dias, que propiciava proteção territorial à comunidade indígena, dentre outros elementos que corroboram com a referida hipótese.</p> Fernando Ernesto Baggio Di Sopra Copyright (c) 2022 Fernando Ernesto Baggio Di Sopra https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 26 43 As Antigas que Dizem https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7000 <p>Esta pesquisa aborda a organização política de Mulheres Negras do Território Quilombola do Rio Jambuaçu-Moju/PA e a afirmação do poder feminino nesse Território, cuja centralidade está na dimensão educativa evidenciada no processo de retorno às formas de organização e lutas ancestrais de tais mulheres. O principal objetivo desta investigação é identificar e compreender as estratégias elaboradas por Mulheres Negras Quilombolas para estabelecimento do Poder Feminino nas comunidades nas quais estão inseridas. Para tanto, foram analisados os fatores apontados como determinantes para a tomada de consciência do recorte racial e de gênero, na trajetória pessoal e política dessas mulheres, bem como os processos educativos – formadores – e os saberes neles construídos. Tais saberes são compreendidos, neste trabalho, como pedagogias ancestrais transgressoras aprendidas, formuladas e utilizadas pelas Mulheres Negras Quilombolas nos contextos sociais e políticos pelos quais passaram. Em um processo de tensão, avanços e lutas, as mulheres negras entrevistadas assumiram um importante papel político no interior do movimento de defesa e manutenção do Território frente ao avanço do capital agromineral na região. A Escrevivencia foi a metodologia utilizada para dar corpo às narrativas outras produzidas pelas sujeitas que dialogicamente ensinam por meio de outras pedagogias, a dos desafios vividos por tais mulheres no trato político e pessoal da diferença entre os diferentes, no interior dos Movimentos Sociais de caráter indenitário. É nesse processo complexo que elas constroem e reconstroem suas pedagogias.</p> Joana Carmen do Nascimento Machado Copyright (c) 2022 Joana Carmen do Nascimento Machado https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 44 59 Porto Velho em Londres https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7532 <p>Este artigo traz à tona algumas notícias que foram publicadas em um jornal de Londres nos idos de 1911, quando de a última fase de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM). Estão disponibilizadas no sítio Swanseadocks e foram vertidas para o português brasileiro durante uma disciplina ministrada no curso de Letras-Inglês da Universidade Federal de Rondônia. O processo tradutório de tais notícias foi conduzido pelos autores deste texto com a participação de alguns discentes. O objetivo inicial foi exercitar a prática tradutória e então divulgar essas notícias sobre acontecimentos do cotidiano em Porto Velho na fase final de construção da EFMM.</p> ´Hélio Rodrigues da Rocha Suelen Regina Graciano Copyright (c) 2022 Hélio Rocha, Suelen Regina Graciano https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 60 67 A Escola de Preto e Samba no Pé https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7446 <p>O presente texto é um recorte da escrita de dissertação para o Programa de Pós-graduação em História da Amazônia – PPGHAM, pertencente à Universidade Federal de Rondônia – UNIR. O tema da pesquisa são as disputas carnavalescas entre as escolas de samba Pobres do Caiari e Os Diplomatas do Samba, em Porto Velho, nas décadas de 70 e 80 do século XX. E para esse artigo o recorte escolhido foi um dos resultados da pesquisa, a questão do racismo presente no carnaval em Porto Velho à época e a resistência preta de uma Escola de Samba às tentativas de embranquecimento da cultural popular.</p> Rita Clara Vieira da Silva Marco Antônio Domingues Teixeira Copyright (c) 2022 Rita Clara Vieira da Silva, Marco Antônio Domingues Teixeira https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 68 72 Conexão Brasil Marrocos https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7103 <p><span style="font-weight: 400;">O pequeno distrito de Mazagão Velho, fica localizado no município de Mazagão, ao sul do Estado do Amapá, norte do Brasil. A história deste pequeno território tem início na África no século XVIII. É a história de uma cidade portuguesa transladada de Marrocos para a Amazônia. Uma história singular cuja união da cultura dessas três etnias - portuguesa, africana e ameríndia resultou em fortes tradições que existem e resistem no tempo. Neste artigo busco trazer algumas narrativas que põem em evidência as memórias de alguns moradores e a minha também, bem como narrativas visuais que traduzem e dão a conhecer a história, a localidade e parte da&nbsp; manifestações culturais. Apresento uma fotoetnografia, feita de retratos e relatos, realizados no ano de 2018, que revelam uma possível ideia do que foi e continua a ser a conexão do </span><span style="font-weight: 400;">Brasil — Marrocos.</span></p> Virginia Maria Yunes Copyright (c) 2022 VIRGINIA M YUNES https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 73 81 O cumare (Astrocaryum aculeatum) e a cultura material dos Nukak https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/7425 <p>A extração de fibras e seu uso na Amazônia são amplos. Longe de ser simples materialidade, a cultura material entre os povos indígenas tem associações simbólicas e, em situações de contato, é um dos elementos que são prontamente afetados ou modificados. O acoplamento é tradicionalmente usado pelo Nukak para fazer objetos ou como seu componente. A extração de fibras e o processo a fazer é o trabalho feminino. A exploração revela que a extração respeitava suas condições ecológicas por não destruir plantas e que agora, sob a situação de deslocamento forçado, essa é uma alternativa de renda econômica que já compromete a fonte do recurso de superexploração.</p> Gabriel Cabrera Copyright (c) 2022 Gabriel Cabrera https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2023-08-17 2023-08-17 2 6 82 98