_______________________
¹ Disponível em: <https://pin.it/9tN4G9X>. Acesso em: 05 maio de 2023
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
LITERARY LITERACY IN PANDEMIC TIMES: CHALLENGES AND ADAPTATIONS
BETWEEN THE PORTUGUESE LANGUAGE AND LIBRAS
ALFABETIZACIÓN LITERARIA EN TIEMPOS DE PANDEMIA: DESAFÍOS Y
ADAPTACIONES ENTRE LA LENGUA PORTUGUESA Y LIBRAS
Caroline Reis Dos Santos
1
Daiany Furtado de Lima
2
Ednéia Bento de Souza
3
Evellin Mariano Moreira
4
RESUMO
O presente artigo apresenta uma proposta de letramento literário para alunos surdos.
Com objetivo de relatar a experiência do letramento literário de Língua Portuguesa
através de contações de histórias em Libras como caminhos para inclusão de alunos em
tempos de pandemia. Com fundamentação teórica sobre uma breve reflexão sobre
letramento literário para a formação do leitor surdo, com base nos autores Candido
(1995) e Cosson (2016), buscando compreender os impactos da Pandemia e o
1
Graduada em Pedagogia, Universidade Federal de Rondônia. Membro do Grupo de Estudo
Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas, bolsista Tradutora e Intérprete de Libras-UNIR, e-mail:
carolinereisnorb@gmail.com
2
Acadêmica do Curso de Pedagogia, Universidade Federal de Rondônia, e-mail:
daianyfurtado2019@gmail.com
3
Tradutora e Intérprete de Libras na Universidade Federal de Rondônia; doutoranda em Linguística pelo
PPGL- UNEMAT, e-mail: edneia.fernandes@unir.br
4
Graduada em Pedagogia, Universidade Federal de Rondônia. Membro do Grupo de Estudo
Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas, e-mail: evellinmariano46@gmail.com
42
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
distanciamento da criança surda na escola. com base nos autores QUADROS (2005) e
STROBEL (2009). A metodologia relatar uma realidade vivenciada pelas acadêmicas no
PIBID (Programa de Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), no ano de 2020,
em um momento atípico vivenciado pela pandemia do COVID-19, com o letramento
literário e as contações de histórias em Libras. A pesquisa tem como objetivo responder
a seguinte pergunta: "Como pensar em cenários inclusivos para crianças surdas possam
atingir o mesmo desempenho que as demais crianças no letramento literário em tempo
de pandemia?”. Como resultados identificamos que o letramento literário através de
contações de histórias em Libras disponibilizadas no Youtube é uma proposta importante
para que crianças surdas possam adquirir tanto a L1 quanto a L2, sendo a L1 a Libras e
a L2 a Língua Portuguesa, no qual professores se instrumentalizar com elementos
teóricos e práticos na perspectiva da educação bilíngue. Pensando em uma perspectiva
da Pedagogia do Multiletramento como rompimento de barreira para um processo onde
o aluno surdo irá interagir com situações cotidianas através do uso social da leitura e
escrita da Língua Portuguesa.
Palavras-chave: Letramento literário; Leitura para surdos; Pedagogia multiletramento.
Astract: This article presents a literary literacy proposal for deaf students. With the aim of
reporting the experience of literary literacy in the Portuguese language through storytelling
in Libras as ways to include students in times of a pandemic. With a theoretical basis on a
brief reflection on literary literacy for the formation of the deaf reader, based on the authors
Candido (1995) and Cosson (2016), seeking to understand the impacts of the Pandemic
and the distance of the deaf child in school. based on the authors QUADROS (2005) and
STROBEL (2009). The methodology reports a reality experienced by academics at PIBID
(Institutional Scholarship Program for Teaching Initiation), in the year 2020, in an atypical
moment experienced by the COVID-19 pandemic, with literary literacy and storytelling in
Libras . The research aims to answer the following question: "How can we think of inclusive
scenarios for deaf children to achieve the same performance as other children in literary
literacy in a pandemic time?". As a result, we identified that literary literacy through
storytelling in Libras available on Youtube is an important proposal so that deaf children
can acquire both L1 and L2, with L1 being Libras and L2 being Portuguese, in which
teachers can equip themselves with theoretical and practical elements from the
perspective of bilingual education. Thinking from a perspective of Multiliteracy Pedagogy
as a barrier breaking for a process where the deaf student will interact with everyday
situations through the social use of reading and writing in Portuguese.
Keywords: Literary literacy; Reading for the deaf; Multiliteracy pedagogy
Resume: Este artículo presenta una propuesta de alfabetización literaria para estudiantes
sordos. Con el objetivo de relatar la experiencia de alfabetización literaria en lengua
portuguesa a través de la narración de cuentos en Libras como formas de inclusión de los
estudiantes en tiempos de pandemia. Con base teórica en una breve reflexión sobre la
alfabetización literaria para la formación del lector sordo, a partir de los autores Cándido
43
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
(1995) y Cosson (2016), buscando comprender los impactos de la Pandemia y la distancia
del niño sordo en la escuela. . basado en los autores QUADROS (2005) y STROBEL
(2009). La metodología relata una realidad vivida por académicos del PIBID (Programa
Institucional de Becas de Iniciación Docente), en el año 2020, en un momento atípico
vivido por la pandemia del COVID-19, con la alfabetización literaria y la narración en
Libras. La investigación pretende dar respuesta a la siguiente interrogante: “¿Cómo
podemos pensar escenarios inclusivos para que los niños sordos logren el mismo
desempeño que los demás niños en lectoescritura literaria en tiempos de pandemia?”.
Libras disponible en Youtube es una importante propuesta para que los niños sordos
puedan adquirir tanto la L1 como la L2, siendo la L1 Libras y la L2 el portugués, en la que
los docentes pueden dotarse de elementos teóricos y prácticos desde la perspectiva de la
educación bilingüe. de la Pedagogía de la Multialfabetización como ruptura de barreras
para un proceso donde el alumno sordo interactuará con situaciones cotidianas a través
del uso social de la lectura y escritura en portugués.
Palabras llave: Alfabetización literaria; Lectura para sordos; Pedagogía
multialfabetización
INTRODUÇÃO
A literatura precisa ir além da escrita e da leitura, de modo a formar leitores
capazes de experienciar a leitura de forma humanizadora (COSSON, 2006, p 29). A
leitura precisa despertar na criança a capacidade de perceber o contexto em que está
inserida para que possa construir seus saberes e atue sobre esse contexto. Nesse sentido
os materiais produzidos nesta pesquisa representam um instrumento descolonizador na
infância das crianças surdas, tendo em vista que a maioria dos surdos nascem em
famílias ouvintes que não aceitam as línguas de sinais provocando na vida da criança
surda o trauma da privação linguística (SANTOS, LIMA, 2023).
É crucial pensar em um letramento que não inferiorize as crianças surdas. Para
Candido (1995) privar o ser humano do contato com a literatura seria uma crime, pois
estamos negando aos sujeitos Surdos os direitos desses de humanizar-se. Nesse sentido,
também afirmamos que negar o direito da criança surda ao aprendizado da primeira língua
e do contato com a literatura em sua língua materna é também um crime, tendo em vista
que através da literatura em Libras a criança surda poderá se apropriar da própria língua
ao mesmo tempo que expande seu universo criativo em contato com a literatura.
44
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Com isso o sujeito surdo tem a capacidade de desenvolver-se cognitivamente e
linguisticamente e socialmente com nível de estímulos igual aos sujeitos ouvintes, porém
com outros mecanismo linguísticos para se comunicar, tendo em vista que as línguas de
sinais são de modalidade gesto-espaço-visual e as línguas orais são de modalidade oral
e auditiva.
O letramento literário que propomos aos surdos é conhecido e praticado em
outras modalidades e está relacionado às leituras e escritas sociais, que vão para além
das paredes da sala de aula. Com isso, o letramento literário deve valorizar a cultura e
história do leitor, uma vez que essa promove a importância do ato de ler (CANDIDO,
1998) e em se tratando de crianças surdas, a produção de materiais visuais e em Libras
tanto oportuniza o letramento literário quanto transforma o sentido do isolamento social
um espaço/tempo inclusivo em que a criança surda poderá fazer uma boa aquisição de
sua L1, entrar em contato com a L2 e expandir suas vivências interiores pelo contato com
o universo criativo e imaginativo proporcionado pela literatura.
Segundo Cosson (2016, p.67), o letramento literário é “o processo de apropriação
da literatura enquanto construção literária de sentidos”. A literatura desenvolve o
imaginário, a criatividade envolvendo os aspectos sociais, psíquicos, cognitivos e
culturais.
Para Candido (1995), a literatura atende a uma necessidade universal que não
pode ser ignorada, pois sua ausência afeta o desenvolvimento da personalidade. A
literatura molda nossos sentimentos e percepção do mundo, além de nos organizar, nos
liberta do caos, assim nos humanizando.
Nesse ponto de vista, o direito à literatura é intrínseco ao homem, dessa forma
não podemos delimitar esse privilégio apenas ao homem ouvinte, mas incluir também os
sujeitos Surdos na dimensão humana do ato de criar, recriar e ressignificar o sentido da
própria vida através da vivência pela literatura.
Com isso precisa-se pensar em um letramento que não inferiorize os surdos pela
comparação com ouvintes, nessa perspectiva Gesser (2009, p. 76) enfatiza:
45
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
O surdo pode e desenvolve suas habilidades cognitivas e linguísticas (se não tiver
outro impedimento) ao lhe ser assegurado o uso da língua de sinais em todos os
âmbitos sociais em que transita. Não é a surdez que compromete o
desenvolvimento do surdo, e sim a falta de acesso a uma língua.
Assim o sujeito surdo possui a capacidade de desenvolver-se cognitivamente e
linguisticamente e socialmente com nível de estímulos igual aos sujeitos ouvintes, porém
com outros mecanismo linguísticos para se comunicar, tendo em vista que as línguas de
sinais são de modalidade gesto-espaço-visual e as línguas orais são de modalidade oral
e auditiva.
No Brasil, a língua de sinais é a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a qual foi
reconhecida como uma forma de expressar-se dos indivíduos surdos brasileiros, sendo
reconhecida pela Lei 10. 436, em abril de 2002. Assim, é necessário seu uso quando se
tem a presença de Surdos, pois assegurada diferentes funções linguísticas que mostra-
se na interação do uso cotidiano da língua (PEREIRA, 2009, p.18):
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais -LIBRAS a forma
de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de
transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil (BRASIL, 2002).
Por isso a língua de sinais mostra-se como um aspecto essencial para o acesso
dos alunos surdos a literatura, pois assegura a acessibilidade na aprendizagem dos
alunos surdos, em razão de que o uso da Libras possibilita ao aluno ter o letramento
literário, não afunilando a literatura a leitura de texto, mas também a imagens e sinais que
contribuam para desenvolvimento da suas capacidade cognitivas, comunicativas e
linguísticas na apreensão e construção de sentidos.
Segundo Bakhtin (2018, 159) Todas as esferas da atividade humana, por mais
variadas que sejam, estão sempre relacionadas com a utilização da língua;
A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos),
concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da
atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades
46
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo
verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua recursos lexicais,
fraseológicos e gramaticais , mas também, e sobretudo, por sua construção
composicional (Bakhtin, 2018, p.159)
Para o autor lingua e linguagem são sinônimos tendo em vista que juntamente com
os enunciados escritos (literatura, cartas, receitas, leis etc) até os gestos, as expressões,
as artes e as falas cotidianas constituem um enunciado concreto. Sendo assim, a literatura
visual contempla a necessidade que os surdos sentem de compreender os conteúdos
temáticos do texto, o estilo, ou a forma como esse conteúdo se apresenta, as marcas na
linguagem que definem e identificam os personagens e o autor sem sacrificar os
elementos estéticos do texto que refletem o conteúdo composicional, porém esses
elementos são ressignificados com os elementos da cultura surda.
Dessa forma, pensamos em uma Literatura mediada pela tradução e adaptações
como um significativo instrumento que auxilia na construção de conhecimentos, pois
oportuniza um diálogo intercultural e ajuda no processo de aquisição da segunda língua
(L2) para crianças surdas.
Ressalta-se que as crianças surdas filhas de pais surdos desenvolvem a
capacidade de comunicar-se precocemente, com melhor desempenho escolar,
adquirindo o aprendizado da escrita da língua oral; isso difere das crianças surdas filhas
de pais ouvintes, as quais enfrentam um impedimento na comunicação que ocasiona
dificuldade na interação, nos sentidos socioemocionais e em aprender a escrita da língua
oral (Quadros, 2005; Strobel 2009).
Considerando a pandemia causada pelo Novo Coronavírus-SARS-CoV-2,
vivenciada pelo mundo todo em 2020, obrigou a todos o distanciamento e o isolamento
social, essa caracterizar-se como uma doença altamente contagiosa, no qual o
tratamento em vacina demorou para ser distribuído para a população, entretanto, essa
apresenta variantes que necessitam de vacinas específicas para seu tratamento
(OPAS/OMS, 2020). O isolamento social acarretou consequências negativas para
47
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
comunidade surda, em relação à necessidade social e de linguagem que é possível
ter-se em pares, em especial as crianças surdas que tinham o convívio com seus pares
apenas na escola. Strobel (2009), destaca que o encontro de pessoas surdas (em rodas
de conversa, conversas descontraídas em suas residências ou locais públicos) é
entendido como artefato cultural da comunidade surda, que teve prejuízos em relação a
pandemia do Covid-19, o convívio das crianças surda dava-se apenas com a família, no
qual a maioria não é falante da Libras, causando prejuízos na comunicação e no
desenvolvimento cognitivos dessas, contudo, as crianças surdas sofrem duplamente o
isolamento, mas agora em casa. Strobel (2009) menciona sendo esse o “isolamento
mental”, mesmo as crianças surdas estarem em contato com seus familiares fisicamente
não era possível comunicar-se com os mesmo.
Nesse contexto de distanciamento social, a educação brasileira também precisou
ser alterada e organizada para modelos remotos, com uso de vários recursos
tecnológicos: equipamentos, softwares e plataformas, entre outras ferramentas, mediante
o Ministério da Educação, que sancionou a Portaria Nº 343 de 17 de março de 2020 que
"dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto
durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19”.
Considerando os alunos surdos, inseridos em classes regulares de ensino, no
qual o contato com a língua era através de tradução-simultânea Libras-Português não
tiveram acesso aos conteúdos escolares pela falta de acesso e manipulação dos recursos
tecnológicos. Dado que 95% dessas crianças são provenientes de famílias ouvintes, isso
ocasiona uma impedimento maior, pois essas estão inseridas em um grupo vulnerável
linguisticamente e cognitivamente, pois a maioria estaria na aquisição do seu processo
de linguagem, no qual a família não conhece a língua de sinais (ALBRES; SCHLEMPER,
2020).
Para romper a barreira pandêmica propomos o letramento literário de Língua
Portuguesa através das contações de história em Libras publicadas no Youtube.
48
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
4 METODOLOGIA
O estudo constituiu-se através de um relato de experiência no PIBID (Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), esse é realizado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) tem o objetivo de contribuir na
formação docente, associando a teoria à prática. O PIBID faz parte de um projeto do
curso de Licenciatura em Pedagogia. Então, s duas bolsistas do programa,
experienciamos e adaptamos a um novo contexto escolar, de distanciamento social,
devido a pandemia Covid-19, as atividades aconteceram de forma remota. A sala de aula,
do 3º ano do Ensino Fundamental, tornou-se um grupo de WhatsApp e o encontros entre
com a professora regente supervisora do PIBID, também era mediado pelo WhatsApp e
a plataforma do Google Meet, no qual a professora regente realizava quinzenalmente, por
um encontro no Google Meet, apresentava a sequência didática que contemplava as
temáticas do plano de ação da escola. Dessa maneira, aparece a contação de história
em Libras. Assim criamos contações de história em Libras e publicamos no canal do
Youtube, já que estávamos no período de pandemia pela Covid-19 e a sala de aula seria
o grupo no WhatsApp. Esse processo de escolha das histórias da Literatura Infantil e a
tradução para Libras, seguia os seguintes momentos:
O primeiro momento: a professora regente supervisora realizava dois encontros
a cada quinze dias no Google Meet, para escolha das histórias da literatura Infantil, que
seriam traduzidas para Libras,no qual era apenas um história por mês. A professora
também aconselhou-nos a criarmos um álbum seriado, que era um recurso que ela
usava em sala de aula, que concebia-se como um recurso visual sequenciado das
histórias, feito de cartolina.
Figura 1: Encontro dos “pibidianos” para organização da sequência didática do
mês
49
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Fonte: Arquivo pessoal da Santos, 2020
O segundo momento: depois da escolha das histórias da Literatura infantil
reunimos uma vez na semana, por causa do distanciamento precisamos usar máscaras,
nós sentamos para ler a história e analisá-la, também tivemos apoio de uma intérprete de
Libras, antes pesquisamos as história em Libras na internet, as ilustrações na história.
Porém esse processo o era tão fácil, pois para realizar a tradução tínhamos que
pesquisar todo contexto da história, das ilustrações, e também quando a história já tinha
uma versão em Libras, às vezes estava em português sinalizado ou os sinais eram
diferentes por causa da variação regional, então adaptamos os sinais como melhor
combinava com o contexto da história.
Figura 2: História “Os três porquinhos” em Libras
Fonte: desenvolvida por Santos, 2023
O terceiro momento: organizamos o álbum seriado, pesquisamos se a história
tinha ilustração, selecionamos as ilustrações que eram importantes para o entendimento
50
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
dela na Libras. Após, utilizamos de cinco a dez cartolinas na cor branca, em seguida,
dobramos ao meio as cartolinas e desenhamos toda a sequência da história e pintamos
com tinta guache ou aquarela. Na parte superior do desenho a história.
Figura 3: Processo de desenho e pintura em guache do álbum seriado
Fonte: Arquivo pessoal da Santos, 2020
O quarto momento: Depois de finalizado o processo de produção do álbum
seriado, avançamos para gravar as contações de histórias em Libras, porém
vivenciávamos o distanciamento social por causa do Covid-19, então retiramos as
máscaras apenas no período da gravação da história. A bolsista surda contava as
histórias em Libras e outra fazia a tradução para Português/oral.
Figura 4: Momentos de gravação de histórias em Libras para Youtube.
Fonte: Arquivo pessoal da Santos, 2021
51
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
E o último quinto momento: estava em editar o vídeo, com isso as acadêmicas
tiveram que desenvolver a habilidade de editar os vídeos para postar no canal do
Youtube.
Figura 5: Vídeo contação de história em Libras “Os três porquinhos”
Fonte: Arquivo pessoal da Santos, 2020
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A nossa experiência no PIBID, teve a proposta de refletir sobre as formas de
desenvolver o letramento literário para crianças surdas em tempos de pandemia.
No curso de Pedagogia os professores nos explicam a importância de trabalhar
a contação de história para criança, mas essa prática pode ser vivenciada por nós
bolsistas do programa PIBID. A professora regente supervisora sempre trabalhou o
ensino de letramento literário com as crianças do 3º ano do ensino fundamental, mas em
um período atípico, em que a sala de aula é um grupo de WhatsApp, essa pensou em
continuar criando as histórias, porém oportunizando a nós bolsistas a confecção e a
contação de histórias.
No entanto, essa nunca havia se deparado com uma bolsista surda e como isso
viu-se na oportunidade de aprender a contar as histórias em Libras. Mas como pensar em
cenários inclusivos para crianças surdas possam atingir o mesmo desempenho que as
demais crianças no letramento literário em tempos de pandemia?
52
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
A barreira encontrada em tempos pandêmicos é o afastamento da criança surda
da escola, que a maioria o filhos de pais ouvintes, muitas dessa tem o contato com
a L1-Libras tardiamente (QUADROS, 2005; STROBEL, 2009). Com isso, essas crianças
surdas na pandemia Covid-19 tiveram prejuízos nos desenvolvimentos cognitivos e de
comunicação, em comparação às crianças surdas filhas de pais surdos.
A nossa experiência foi importante para romper as barreiras do isolamento
através da contação de histórias em mídias, nesse caminho identificamos que nosso
trabalho se enquadra em uma pedagogia de multiletramento, onde a criança surda é
capaz de usar diversos recursos para compreender e interpretar textos através da
combinação de diferentes imagens (GOMES-SOUZA, 2018). Nós combinamos as
imagens com o texto nas contação de histórias.
Quadros e Schmiedt (2006) entendem a contação de história como uma
estratégia no processo de letramento e aprendizado do português escrito para as crianças
surdas. No qual a criança surda adquire o desenvolvimento da sua L1, sendo a língua de
sinais e o aprendizado do português escrito através das contações de história. Quadros
e Schmiedt (2006) menciona a língua de sinais como fundamental no processo de
aquisição da cultura e identidade surda, que deve ser valorizada e reconquistada a sua
produção literária para uma perceptiva eficaz no processo de alfabetização, tornando os
indivíduos surdos participativos na vida em sociedade.
No entanto, a produção do álbum seriado com a ilustração da história para as
contações, respeita os elementos visuais que precisam ser trabalhados na literatura
visual, pois isso está ligado à cultura surda. Campello (2008) aponta que “a visualidade
contribuirá, de maneira fundamental, para a construção de sentidos e significados”. Então
o uso desses recursos visuais confirma-se como uma proposta pedagógica que viabiliza
o letramento literário das crianças surdas.
Para que a criança surda desenvolva a capacidade de produzir e construir
sentidos e significados na apropriação da L1-Libras e L2-português, é preciso pensar na
perspectiva bilíngue, no qual a língua de sinais permite a essa comunicar-se por meio de
movimentos gestuais e expressões faciais e corporais (PEREIRA, 2009, p. 15). Para que
as crianças surdas tenham acesso ao letramento literário da língua portuguesa
53
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
realizamos a tradução do português escrito para Libras, através da produção de vídeos
de contação de história em Libras, que confere a tradução intersemiótica (representação
visual), sendo essa uma nova realidade de desenvolver a tradução ou a criação de
materiais em Libras, que está assegurada na política de acessibilidade brasileira
(BRASIL, 2015).
Ademais a bolsista surda ao contar a história em Libras, realiza a tradução
intermodal (modalidade diferentes) e intersemiótica (representação visual), sendo a
tradução do Português escrito para a língua-fonte Libras (SEGALA, 2010). E a segunda
bolsista, nos vídeos realiza a tradução da Libras (língua gestual-visual) para o Português
(oral-auditivo), caracteriza a tradução intermodal (modalidade diferentes) (SEGALA,
2010). Diante disso, a tradução intermodal e intersemiótica facilita tanto as crianças
surdas a apropriar-se da sua L1-Libras, quanto aos familiares surdos ou ouvintes
assistirem junto com a criança e compreender a mensagem mesmo não sabendo a Libras.
A presença de uma bolsista surda como contadora de história em Libras nos
vídeos é fundamental para construção da identidade cultural da criança surda e do
conhecimento da língua de sinais (STROBEL, 2008, p.41). Cabe essa como surda adulta
aproximar as crianças surdas ao acesso ao conhecimento do mundo, com base na
literatura, possibilitando a elas vivenciar a Libras e a cultura surda através da literatura
traduzida em vídeos, permitindo apropriação de informações, culturas e a assimilação do
conhecimento do mundo.
Dessa maneira a criação de um canal no Youtube viabilizou o caminho para
inclusão de alunos surdos em tempos de pandemia dentro da Pedagogia do
Multiletramento. O multiletramento rompe a barreira do ensino de ler e escrever palavras,
pois exige que os alunos sejam capazes de usar uma variedade de recursos para
compreender e produzir texto, incluindo a leitura e interpretação de imagens e
combinação de diferentes textos (GOMES-SOUZA, 2018).
Além do mais, a disponibilização de contações de histórias em Libras no Youtube
é um recurso imagético, que contribuem para o letramento das crianças surdas na L1-
Libras e L2-Português (escrito), onde a ferramenta do Youtube torna-se uma ferramenta
crítica de interação entre duas culturas (surda e ouvinte) e duas línguas (Libras e
54
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Português), garantindo a acessibilidade às crianças surda sem excluir as crianças
ouvintes (FREITAS, 2021, p. 26).
O letramento literário através de contações de histórias em Libras
disponibilizadas no Youtube é uma proposta importante para que crianças surdas possam
adquirir a L2, sendo a Língua Portuguesa, no qual professores possam abrir suas mentes
para perspectiva da educação bilíngue, rompendo a barreira atitudinal ao percebendo a
criança surda com a capacidade de desenvolver e aprender, aceitando sua forma de
comunicar-se com a língua de sinais, permitindo vivenciar práticas pedagógicas de
acesso a sua L1-Libras e L2-Português/escrito e respeitando seu ritmo de aprendizagem
(VYGOTSKY, 2007). Como também, reconhecendo o termo da Pedagogia do
Multiletramento como um processo onde o aluno surdo irá interagir com situações
cotidianas através do uso social da leitura e escrita da Língua Portuguesa. No entanto,
Quadros e Schmiedt (2006), concordam que para que processo de alfabetização das
crianças surdas aconteçam é preciso que as contações de histórias sejam espontâneas
e naturais, no qual a criança surda terá capacidade de percorrer e organizar seus
pensamentos, sua criatividade, sendo expressa pela L1 (Libras), e depois amadurecendo
a sua capacidade cognitivo para receber a L2 (Língua Portuguesa escrita).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entendemos a partir das discussões apresentadas que a nossa proposta de
letramento literário de Língua Portuguesa através de contações de histórias em Libras é
um caminho de promover a inclusão de alunos surdos em sala de aula e também aqueles
que estão fora de sala da escola com a disseminação da contação de histórias no
youtube.
Em vista disso, as leituras realizadas de teóricos como Antonio Candido e Rildo
Cosson, dentre outros, percebemos que a literatura é um direito humano que não pode
ser negado a uma criança surda. No entanto, a literatura no contexto escolar, não é
apreciada em todo sua plenitude, quando trata-se de criança surda, pois limita-se apenas
a imagens, sendo esquecida o letramento literário na sua L2-Língua Portuguesa.
55
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Para Cosson (2016, p. 67), a literatura tem a capacidade de desenvolver o
imaginário, a criatividade da criança surda, envolvendo os aspectos sociais, psíquicos,
cognitivos e culturais. Assim, a criança surda deve ser letramento literário partindo de sua
L1-Libras, com imagens e a língua de sinais, para que assim desenvolva as suas
capacidades cognitivas, comunicativas e linguísticas, para que adquira a L2-Português,
por meio de um diálogo intercultural. Com isso, surge o termo Pedagogia do
Multiletramento, a criança surda, quanto as ouvintes, precisam vivenciar o multiletramento
na sala de aula, para ter-se a sua L2-Português e para as ouvintes a L2-Libras, essas
precisa ter contato com práticas pedagógicas que considerem as várias culturas,
linguagem e semiose, no qual o processo de leitura vai para além da decodificação de
palavras, mas para que estas desenvolvam a capacidade dos sentidos e significados da
leitura e da escrita, é necessário pensar na perspectiva bilíngue no âmbito escolar.
Desse modo, o trabalho busca refletir formas de proporcionar o letramento
literário em Língua Portuguesa (L2) para alunos surdos, ampliando uma nova visão dos
processo de comunicação, no ensino da leitura e escrita na sala de aula, com base na
interculturalidade, interconexões tecnológicas e linguísticas que precisam ser vivenciadas
no espaço escolar para que ocorra a inclusão de alunos surdos, respeitando sua cultura
e identidade surda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBRES, Neiva de Aquino; SCHLEMPER, Michelle Duarte da Silva. Tradução em período de
pandemia: distanciamento de crianças surdas na escola e a literatura como linguagem viva.
Cadernos de Tradução, p. 159-181, 2020.
BAKHTIN, Mikhail; VOLOCHINOV, Valentin Nikolaevich. Marxismo e filosofia da linguagem.
São Paulo: Hucitec, 2006.
BRASIL. Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais -
Libras e outra providência. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>. Acesso em 03 mar. 2023.
BRASIL. Lei 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Brasília: DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-
2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 28 abr. 2023.
56
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria nº 343, de 17 de março de 2020.
Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a
situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
ed. 53, 18 mar. 2020.Seção 01, p. 39. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt/portaria%20n%C2%BA%20343-20-mec.htm >.
Acesso em: 27 abr. 2023.
CANDIDO, A. O direito à literatura. In: Vários escritos. 3ª ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
CANDIDO, A. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. São Paulo: Nacional,
1985.
CANDIDO, A. A personagem do romance. In:A personagem de ficção. CANDIDO, A.(Org.). São
Paulo: Perspectiva, 1998.
CAMPELLO, Ana Regina e Souza. Pedagogia Visual na Educação de SurdosMudos,
Florianópolis, Tese de Doutorado, 2008.campell
CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID. Disponível em:<https://www.gov.br/capes/pt-br>.
Acesso em: 28 mar. 2023.
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. 2ª Edição. Reimpressão. São Paulo:
Contexto, 2006.
FREITAS, Daniela Maria de. Desafios no ensino remoto para crianças surdas no contexto da
pandemia: uso vídeo aulas em libras. 2021. 56 f. Monografia (Especialização) - Curso de Letras
Libras, Linguagens e Ciências Humanas, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Caraúbas,
2021. Disponível em: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8206. Acesso em: 23 abr.
2023.
GESSER, Audrei. LIBRAS: Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de
sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
GOMES-SOUSA, FRANCISCO EBSON. Multiletramentos e o ensino de língua para surdos
por meio de tecnologias digitais. Orientador: Prof. Dr.Vicente de Lima-Neto. 2018. 75 f. Tcc
(Licenciatura em Letras Libras) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Rio Grande do Norte,
2018. Disponível em:
<https://repositorio.ufersa.edu.br/bitstream/prefix/2523/2/FRANCISCOEGS_MONO.pdf>. Acesso
em: 4 abr. 2023.
PEREIRA, SIMONE RODRIGUES. Os processos de alfabetização e letramento em LIBRAS:
Um percurso semiótico. Bebedouro: Fabife, 2009.
QUADROS, Ronice Muller de. O 'BI' em bilinguismo na educação de surdos. In: FERNANDES,
Eulália (Org.). Surdez e bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, 2005 p.
26-36.
57
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
QUADROS, R. M; SCHMIEDT, Magali L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos.
Brasília: MEC, SEESP, 2006. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/port_surdos.pdf acesso em 14/12/2014.
SEGALA, Rimar Ramalho. Tradução intermodal e intersemiótica/interlinguística: português
escrito para a língua de sinais. 2010. 74 f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução).
Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2010. Versão eletrônica. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/94582/283099.pdf?sequence=1
&isAllowed=y>. Acesso em: 26 abr. 2023.
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis. UFSC,
2008.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. 2. ed. rev. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2009.
TV CES. História em Libras-Os três porquinhos. Youtube, 19 de jan. 2017 Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=mgSIYg-Astg>. Acesso em: 25 abr. 2023
VIGOTSKI, L. S. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos
Superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3317710/mod_resource/content/2/A%20formacao%20s
ocial%20da%20mente.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2020.
58
LETRAMENTO LITERÁRIO EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS E
ADAPTAÇÕES ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. Nº 1 - Julho/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index