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O ESPANHOL NAS ESCOLAS DE FRONTEIRA, E A NECESSIDADE
DE INCLUÍ-LO NA GRADE CURRICULAR DO MUNICÍPIO DE
GUAJARÁ-MIRIM/RO
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
brasileiro o idioma da língua portuguesa. Com a vinda da família real, foi inserida outras línguas
estrangeiras, com o intuito de começar uma educação plurilingue no Brasil.
Com o decorrer dos anos o currículo brasileiro foi modificando, e então com a criação
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o inglês é compreendido como a língua mais aceita
no mercado internacional. Ocorreram diversas modificações no currículo brasileiro.
Atualmente, o inglês ainda é a língua estrangeira fixa no currículo escolar, porém o
espanhol vem se destacando no mercado internacional, onde se encontram movimentações a
fim da sua inclusão junto às demais línguas.
BREVE HISTÓRICO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA NO CURRÍCULO
BRASILEIRO, ATÉ OS DIAS ATUAIS
A língua estrangeira no Brasil tem o início da sua história marcada no currículo escolar
colonial, com o processo de catequização dos nativos, impondo o português como o novo
idioma. O processo de ensino era baseado na metodologia da educação jesuíta, que se baseava
no processo de repetição e memorização dos textos clericais.
A partir da instalação da família real ao Brasil e com a preocupação com a educação das
gerações mais novas e ainda, a fim também de instalar um novo império, teve início os estudos
das línguas modernas, começando uma educação plurilinguística, já que o intuito era trazer
novas ideologias e cultura ao povo, em especial vindas da Europa.
De acordo com Leffa (1999), a partir da primeira república, por volta de 1989, a língua
estrangeira já não era mais tão articulada durante os ensinos, por consequência o ensino das
línguas modernas já não era obrigatório, o que fez, então, eliminar alguns materiais. Com o
passar do tempo e por falta de interesse de alguns alunos, o inglês e o espanhol viraram apenas
matérias optativas, das quais os alunos faziam testes e conseguiam concluí-las – já que o intuito
daquela época era apenas somente formalizar a gramática tradicional.
Com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, de nº 5.692/71
(BRASIL, 1971), a língua inglesa ganha espaço no currículo com o objetivo de garantir a
entrada de profissionais mais qualificados no mercado de trabalho. Até então não havia
necessidade da inclusão de outras línguas, visto que o inglês era um idioma valorizado pelo
mercado interno e externo.
Em 1996, a Lei de Diretrizes da Educação Básica, de nº 9394, foi promulgada. Ela
trouxe uma perspectiva mais democrática, flexibilizando o ensino de língua inglesa. No 5º