Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
POR UMA PEDAGOGIA DA FRONTEIRA
POR UNA PEDAGOGÍA DE LA FRONTERA
FOR A PEDAGOGY OF THE FRONTIER
Caroline Reis dos Santos
1
Emily Lins de Oliveira
2
Ednéia Bento de Souza Fernandes
3
RESUMO
Este trabalho buscou pensar a relevância do curso de pedagogia na cidade de Guajará-Mirim,
tendo como objetivos específicos analisar o papel do currículo da disciplina de língua
portuguesa na fronteira e compreender o impacto do curso de Pedagogia para a educação da/na
Fronteira, tendo em vista que o curso é oferecido pela Universidade Federal de Rondônia e esta
foi a primeira instituição de ensino superior na fronteira Guajará-Mirim/Guayaramerin. Quando
o assunto é sobre fronteira, temos em vista que na cidade tem muitos imigrantes, e nas escolas
é necessário o olhar sobre a diversidade para que o ensinamento seja entendido. É importante
ressaltar que o currículo enrijecido dificulta o aprendizado e restringe o potencial da formação
de professores. Sendo uma pesquisa qualitativa, nossa metodologia de pesquisa está
compartimentada em auto-etnografia, levantamento bibliográfico e pesquisa exploratória e
descritiva. Os resultados constatam que o curso tem ampliado no currículo maior enfoque ao
ensino de língua portuguesa, que apresenta o ponto positivo de incluir literaturas e outras
linguagens, porém ainda não contemplou o ensino de língua portuguesa com segunda língua e
menos ainda pelo viés da prática social de linguagem da fronteira, com elementos do idioma
espanhol e português muito utilizado nas interações entre brasileiros e bolivianos. As práticas
acolhedoras das práticas de linguagem da sociedade da fronteira restringindo essas temáticas
apenas a projeto de iniciação Científica Ruedas de Conversações: Práticas Escolares de
Acolhimento e Ensino para imigrantes que divulga suas pesquisas por meio da Revista Culturas
e Fronteiras pelo grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - Geifa.
Palavras-chave: Pedagogia da fronteira. Práticas de linguagem na fronteira. Formação de
professores da fronteira.
1
Graduada em Pedagogia, Universidade Federal de Rondônia. Membro do Grupo de Estudo Interdisciplinares das
Fronteiras Amazônicas, bolsista Tradutora e Intérprete de Libras-UNIR, e-mail: carolinereisnorb@gmail.com.
2
Graduada em Letras Português e acadêmica do curso de Pedagogia Unir/CGM, e-mail:
emilylins_13@hotmail.com. https://orcid.org/0009-0000-3291-4585.
3
Tradutora e Intérprete de Libras da Universidade Federal de Rondônia/UNIR, pesquisadora extensionista da
UNIR, graduada em história e Letras-Libras, mestre em Letras pela Universidade Federal de Rondônia, Membro
do Grupo de Estudo Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas e orientadora da pesquisa, email:
edneia.fernandes@unir.br.
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RESUMEN
Este trabajo buscó pensar sobre la relevancia del curso de Pedagogía en la ciudad de Guajará-
Mirim, con los objetivos específicos de analizar el papel del currículo de lengua portuguesa en
la frontera y comprender el impacto del curso de Pedagogía en la educación en/sobre la
Frontera, considerando que el curso es ofrecido por la Universidad Federal de Rondônia y ésta
fue la primera institución de educación superior en la frontera Guajará-Mirim/Guayaramerín.
Cuando se trata de fronteras, tenemos en cuenta que la ciudad tiene muchos inmigrantes, y en
las escuelas hay que mirar la diversidad para que se entienda la enseñanza. Es importante
resaltar que el currículo rígido dificulta el aprendizaje y restringe el potencial de la formación
docente. Al ser una investigación cualitativa, nuestra metodología de investigación se divide en
autoetnografía, relevamiento bibliográfico e investigación exploratoria y descriptiva. Los
resultados muestran que el curso ha ampliado su plan de estudios hacia un mayor enfoque en la
enseñanza de la lengua portuguesa, lo que tiene el punto positivo de incluir literatura y otras
lenguas, pero aún no ha incluido la enseñanza del portugués como segunda lengua y menos
desde la perspectiva de la práctica social de la lengua fronteriza, con elementos de las lenguas
española y portuguesa ampliamente utilizados en las interacciones entre brasileños y
bolivianos. Las prácticas de acogida de las prácticas lingüísticas de la sociedad fronteriza,
restringiendo estos temas sólo al proyecto de iniciación científica Ruedas de Conversações:
Prácticas Escolares de Acogida y Enseñanza para inmigrantes que difunde sus investigaciones
a través de la Revista Culturas e Fronteiras por los Estudios Interdisciplinarios de las Fronteras
grupo Amazonas - Geifa.
Palabras clave: Pedagogía de frontera. Prácticas lingüísticas en la frontera. Formación de
docentes fronterizos.
SUMMARY
This work sought to think about the relevance of the pedagogy course in the city of Guajará-
Mirim, with the specific objectives of analyzing the role of the Portuguese language curriculum
on the border and understanding the impact of the Pedagogy course on education in/on the
Border, having considering that the course is offered by the Federal University of Rondônia
and this was the first higher education institution on the Guajará-Mirim/Guayaramerin border.
When the subject is about borders, we bear in mind that the city has many immigrants, and in
schools it is necessary to look at diversity so that the teaching is understood. It is important to
highlight that the rigid curriculum makes learning difficult and restricts the potential of teacher
training. Being qualitative research, our research methodology is divided into auto-
ethnography, bibliographical survey and exploratory and descriptive research. The results show
that the course has expanded its curriculum to a greater focus on teaching the Portuguese
language, which has the positive point of including literature and other languages, but has not
yet included the teaching of Portuguese as a second language and even less so from the
perspective of social practice. of border language, with elements of the Spanish and Portuguese
languages widely used in interactions between Brazilians and Bolivians. The welcoming
practices of the language practices of the border society, restricting these themes only to the
scientific initiation project Ruedas de Conversações: School Practices of Reception and
Teaching for immigrants that disseminates its research through the Revista Culturas e
Fronteiras by the Interdisciplinary Studies of the Borders group Amazonas - Geifa.
Keywords: Border pedagogy. Language practices on the border. Border teacher training.
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INTRODUÇÃO
O desafio de concluir um curso de Pedagogia na Universidade Federal de Rondônia -
UNIR, na Cidade de Guajará-Mirim-RO consiste em relacionar os conhecimentos adquiridos
e relacionar como o espaço e tempo histórico social e cultural da fronteira. Não basta gostar da
educação, das crianças e do ambiente escolar. A carreira do pedagogo por si é muito ampla,
dando-lhe chances de escolher muitas outras áreas de atuação, porém o pedagogo da e na
fronteira precisa atentar não apenas para esses elementos, ele precisa olhar para o espaço onde
permeia a vida daqueles que serão depositários dos seus serviços, do seu ensino.
No decorrer de 4 anos de curso, pude observar a diferença em metodologias ofertadas,
pois sou formada em Letras e isso me abriu a mente de várias formas. Por exemplo, a
importância da psicologia como forma de aprendizado, não pelos alunos, mas por s
mesmos. O contato com a educação emocional ofertada pela professora Sandra Andreia foi
fundamental para minha vida na relação com o outro e seus níveis de desenvolvimento
cognitivo e emocional.
Entender o porquê ampliar a rede de conhecimentos e como lidar com eles é algo que
precisa ser pensado na dimensão cultural, social e linguística, senão, ficaremos impossibilitados
de colocar em prática as diversas formas de ensino. Considerando que o curso abrange muito
sobre a educação inclusiva e especial que me conduziu ao contato com a Libras para que
possamos ajudar e ensinar crianças surdas na dimensão linguística. Estar atento e identificar o
tipo de conhecimento dentro de sala e que no futuro fará muita diferença social, cultural e
afetiva na vida dos alunos é fundamental.
Então, o que todo pedagogo busca depois de formado, é poder ter oportunidades de
colocar em prática, os conhecimentos adquiridos nesses anos de vivência acadêmica e dos
estágios nas escolas, sabendo que essa vivência, se consolida com as experiências advindas da
prática em sala de aula.
É nesse espaço que poderei aplicar as teorias e os métodos, adequando-os,
reformulando-os de acordo com as diferenças culturais e identitárias e necessidades de cada
aluno, fazendo com que o aperfeiçoamento se no diálogo da teoria com nossa prática
pedagógica, para isso o pedagogo precisa compreender o seu lugar de atuação: a fronteira
prenhe de significados sobre o professor, o aluno e o espaço escolar. É preciso pensar a
pedagogia na fronteira.
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Pensar a pedagogia na fronteira se torna relevante para consolidarmos uma consciência
de que vivemos uma educação na fronteira Brasil/Bolívia, pois temos os alunos brasileiros
filhos de bolivianos que o falam português, e mesmo crianças bolivianas que carecem do
atendimento educacional nas escolas brasileiras. Nossa cidade tem grandes desafios em
alfabetizar crianças bolivianas que não falam nossa língua, porém essas crianças não podem ser
penalizadas ou negligenciadas pela falta de recursos humanos ou de formação para os
professores. É preciso atentar que elas estão do lado brasileiro em virtude das escolhas de seus
pais, que sonham em construir uma vida melhor para sua família e melhores oportunidades de
trabalho.
Por sua vez, essas crianças não escolheram estar na escola brasileira se sentindo
estrangeiros, muito menos aprendendo a ler e escrever em uma língua que não é sua língua
materna, como é o caso da língua portuguesa. De modo que precisamos refletir sobre as
escolhas curriculares coerente com a formação de pedagogos na e da fronteira. Porque não
basta estar na fronteira e aceitar o migrante boliviano na escola, é preciso que esta escola
também se reconheça como ambiente bilíngue, bicultural, intercultural e interlinguístico que
lhe outorgue uma identidade da fronteira de acolhimento ao sujeito fronteiriço, seja ele
brasileiro ou não, é preciso educar a fronteira para um fronteirizar humano que dignidade ao
outro.
O intuito a ser observado em questão são nossas propostas curriculares, que precisam
e devem estar preparadas para poder trazer um aprendizado eficaz para os alunos imigrantes
que aqui residem. Os professores precisam se qualificar e ter além do conhecimento,
metodologias de ensino-aprendizagem que ajudem os alunos se sentirem acolhidos através de
um currículo e menos excludente. Este trabalho busca pensar a relevância do curso de
pedagogia na cidade de Guajará-Mirim, tendo como objetivos específicos analisar o papel do
currículo da disciplina de língua portuguesa na fronteira e compreender o impacto do curso de
Pedagogia para a educação da/na Fronteira.
PERCURSO METODOLÓGICO
Essa pesquisa é de sentido qualitativo e bibliográfico, que tem como objetivo
contextualizar e qualificar através pesquisas em textos, artigos, livros, revistas, com o intuito
de descobrir e mostrar algo sobre o PPC (Projeto Pedagógico de Curso) do curso de pedagogia
da Universidade Federal de Rondônia, Campus Jorge Vassilakis, tendo como objeto de
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investigação a disciplina de ensino de língua portuguesa. O tema deste estudo considera o
espaço/tempo vivido pelos povos de Guajará-Mirim e demais regiões no espaço fronteiriço, em
que todo projeto educacional precisa valorizar um ensino e práticas educacionais que
corroborem e fortaleçam o desenvolvimento de recursos humanos na fronteira para
humanização dos sujeitos fronteiriços. Por outro lado, este também é um estudo que aponta
para a educação de/na fronteira e os desafios que o currículo local impõe sobre os alunos
imigrantes.
Tendo como objetivos específicos analisar o papel do currículo da disciplina de língua
portuguesa na fronteira e compreender o impacto do curso de Pedagogia para a educação da/na
Fronteira.
Macedo (1994, p. 13) define pesquisa bibliográfica da seguinte forma: É a busca de
informações bibliográficas, seleção de documentos que se relacionam com o problema de
pesquisa (livros, verbetes de enciclopédias, artigos de revista, trabalhos de congressos, teses
etc.) e o respectivo fichamento das referências para serem posteriormente utilizadas (na
identificação do material referenciado ou na bibliografia final). Por este caminho este estudo
também possui natureza documental levando em conta que foram analisados os PPCs dos anos
1989, 2000, 2011 e 2017.
A partir dessa trajetória empreendemos uma revisão bibliográfica ou `revisão de
literatura, que consiste numa espécie de `varredura´ do que existe sobre um assunto e o
conhecimento dos autores que tratam desse assunto, a fim de que o estudioso não reinvente a
roda!´´ Macedo, ( 1994, p. 13) apresentando uma pesquisa que não contribui de forma relevante
para os avanços de estudos sobre o tema.
Diante disso compreendo que a pesquisa bibliográfica teve como objetivo o estudo dos
conteúdos publicados e existentes para a obtenção de conhecimentos e informações para
resumir de forma crítica na construção desta pesquisa. Atentando para o fato que poucos textos
foram selecionados devido a especificidade do assunto centrar-se na fronteira e na temática
sobre pedagogia na fronteira ser um tema pouco abordado em artigos científicos na
Universidade Federal de Rondônia.
Esta é uma pesquisa qualitativa que busca pensar a educação e o ensino de ngua
portuguesa em um território marcado pelo plurilinguismo e pelo multiculturalismo, portanto é
uma pesquisa que visualiza o mundo real dos sujeitos da fronteira com o propósito de
``compreender, descrever, algumas vezes, explicar fenômenos sociais, a partir de seu interior,
de diferentes formas. A pesquisa qualitativa tem como objetivo obter informações através das
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experiências do mundo social e como compreendem esse mundo. Como uma forma de
interpretação descritiva, podendo também ser explicativa na descrição de gráficos e tabelas
apresentados.
Também é uma pesquisa autoetnográfica pois considera minha vivência de acadêmica
do curso, tendo vivenciado todas as propostas inseridas no PPC do curso e de certa forma tenho
um olhar específico que se deve muito mais à minha experiência acadêmica do que à
experiência da pesquisa em si. Na visão de Nunan (1992, p. 53), a pesquisa etnográfica é feita
na perspectiva naturalística-ecológica e tem como ``princípio central, a crença de que o
contexto no qual ocorre o comportamento tem uma influência significativa sobre esse mesmo
comportamento  . Por isso, a investigação não é feita em laboratório.
A pesquisa etnográfica tem como base uma comunidade e sua cultura, e o processo é
feito com perguntas e observações naquele ambiente e o comportamento do grupo para se obter
conhecimento cultural, através da percepção. Tudo é feito com atenção e depois de coletados
os dados, é feita uma seleção de informações para obter os resultados da pesquisa, de modo que
a construção dos tópicos deste estudo assume um caráter etnográfico e auto etnográfico,
considerando o fato de que o espaço habitado pela orientadora e pela orientanda da pesquisa é
delimitado, recortado e porque não dizer: teoricamente fronteirizado, de acordo com o que
pudemos vivenciar, ler e compreender sobre a fronteira.
No próximo tópico apresentamos olhares sobre o que pudemos adquirir e constituir
como conhecimento em torno do viver a fronteira e estar na fronteira como dimensões que
interferem na prestação dos serviços públicos, privados e nas relações sociais de uma sociedade
que vive dentro de um espaço de fronteira.
FRONTEIRIZANDO A FRONTEIRA
Este tópico da pesquisa busca apresentar o que conseguimos contextualizar e estabelecer
como noção ampla sobre a fronteira no intuito de contribuir e fortalecer a atuação do curso de
pedagogia na cidade de Guajará-Mirim.
A universidade Federal de Rondônia a formação de professores são cidades gêmeas em
constante fluxo de interação social, cultural e econômico entre brasileiros e bolivianos.
Seguindo um olhar genérico da geografia concordamos com Silva e Diniz (2020, p. 20) quando
afirmam que é convencionado que pragmaticamente para efeitos didáticos e descritivos que a
fronteira equivale às “áreas definidas pelas próprias entidades estatais de acordo com os seus
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interesses estratégicos (constituindo-se, na prática, como faixa de fronteira” de acordo com a
figura 1:
figura 01
Fonte:https://www.researchgate.net/publication/343406897_As_dinamicas_de_transportes_na_fronteira_Brasil-
Bolivia_Guajara_Mirim-Guayaramerin/figures?lo=1
Cada fronteira tem suas peculiaridades espaciais, as quais envolvem não apenas as
condições geográficas da região onde se localizam, mas também, as relações dos sujeitos que
habitam, vivem e circulam. Relações envolvidas pela política, economia, cultura e história
do espaço fronteiriço. Assim, pensar a fronteira internacional é abrir infinitas possibilidades de
estudos em diferentes áreas do conhecimento.
Segundo Santos, (2016, p. 35) a cidade de Guajará-Mirim (Rondônia//Brasil), como
apontado, situa-se à margem direita do rio Mamoré, e Guayaramerín (Beni/Bolívia), à margem
esquerda. O rio Mamoré é o marco divisório entre as duas cidades, indicando o limite dos
territórios, mas, o movimento cotidiano das embarcações no rio Mamoré demonstra o
continuum que se desdobra em fluxos de informações, compartilhamentos culturais e
econômicos de modo que essas trocas também se tornam necessárias no ambiente escolar, tendo
a percepção de que a vida social da fronteira segue essa dinâmica para realização da vida social
dos sujeitos fronteiriços em busca de serviços essenciais.
Com base na premissa de que o espaço fronteiriço é uma zona de contatos entre sujeitos
que, ao falar línguas diferentes, (re)constroem suas estratégias de comunicação e estabelecem
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significação com o mundo do outro, fazendo da fronteira um espaço híbrido de comércio e
negociações linguísticas e simbólicas específicas.
Diante dessa realidade, percebemos que Guajará-Mirim e Guayaramerin se diferenciam
de outras cidades por se constituírem a partir de vínculos históricos, culturais e geográficos
perceptíveis nas identidades dos povos, em cujas interações das línguas portuguesa e castelhana
expressam os vínculos afetivos no uso do “portunhol”
4
que podem ser acessados mediante a
interação em manifestações da linguagem humana.
A realidade da educação no espaço fronteiriço é de certa forma moldado por gestores
públicos estaduais e municipais, profissionais da educação, comunidade e também pela
Universidade local, instituição responsável pela formação de professores e demais recursos
humanos nessa fronteira, e é justamente sobre o tipo de formação que a instituição oferece que
pretendemos dialogar como foco na disciplina de ensino de língua portuguesa.
No próximo tópico aproximaremos nossas lentes sobre a proposta curricular do curso
de pedagogia da Unir, afunilando nosso olhar sobre objeto de estudo buscando compreender a
proposta da disciplina de língua portuguesa na formação do pedagogo de e na fronteira.
CURRÍCULO DO CURSO DE PEDAGOGIA NA FRONTEIRA GUAJARÁ/MIRIM
O curso está organizado em seu currículo pleno, de maneira que possa propiciar aos
acadêmicos um conjunto de conteúdos articuladores da relação teoria e prática, indispensáveis
para a atividade docente. Assim, propomos três núcleos (estudos básicos, de aprofundamentos
e diversificação de estudos e outro de estudos integrados) em conformidade com o parecer
CNE, N°, 5-2005 aprovado em 13 de dezembro de 2005.
O curso de Pedagogia para atender as exigências do Conselho Nacional de Educação,
através do Parecer CNE/CP 05/2005, Resolução CNE/CP 01/maio de 2006 e Res. CNE/CP
02/2015, está implantado, a partir de 2017 uma nova matriz curricular. Nesta matriz estão
presentes os componentes curriculares obrigatórios e complementares (eletivos), coerentes com
os objetivos do curso e a legislação vigente, distribuídos em períodos e carga horária. Por tratar-
4
Portunhol é um gênero primário do discurso que mistura a língua portuguesa com vocábulos da língua espanhola
ou vice-versa. Essa mescla de palavras e elementos fonéticos das duas línguas caracteriza os sujeitos interlíngues
que geralmente residem em fronteiras e em suas interações cotidianas criam estratégias de comunicação a partir
do que conhecem da língua vizinha com a língua nativa. Essas interações sociais variam de acordo com a
experiência linguística de cada falante, portanto, o Portunhol apresenta variedades que revelam muito sobre os
seus falantes.
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se de reformulação, não é possível colocar os códigos dos respectivos componentes
curriculares.
A tabela abaixo visa sistematizar de forma mais dinâmica a prática do ensino de língua
portuguesa no curso do amadurecimento do curso de pedagogia do ano de 1989 a 2017. A partir
dessas informações realizamos nossas inferências sobre o assunto.
ANO
1989
2000
2011
2017
HABILITAÇÃ
O
SUPERVISÃO ESCOLAR
1o . E 2o . GRAUS
MAGISTÉRIO DO 2o .
GRAU
:LICENCIATURA
PLENA EM
PEDAGOGIA
HABILITAÇÃO EM
EDUCAÇÃO INFANTIL
E SÉRIES
LICENCIATURA
PLENA EM
PEDAGOGIA
HABILITAÇÃO EM
EDUCAÇÃO
INFANTIL E SÉRIES
LICENCIATURA PLENA
EM PEDAGOGIA
HABILITAÇÃO EM
EDUCAÇÃO INFANTIL E
SÉRIES
CARGA
HORÁRIA
60
60
80
80
CONTEÚDO
PROGRAMÁT
ICO
COMUNICAÇÃO
LINGUAGEM
EXPRESSÃO ORAL
COMUNICAÇÃO
LINGUAGEM
EXPRESSÃO ORAL
COMUNICAÇÃO
LINGUAGEM
EXPRESSÃO ORAL
COMUNICAÇÃO
LINGUAGEM EXPRESSÃO
ORAL
PERÍODO
OFERTADO
1
1 e 2
1
5
DESCRIÇÃO
DO
TRABALHO
COM A
LINGUAGEM
E
COMUNICAÇ
ÃO E ENSINO
DE LÍNGUA
ESTUDOS SOBRE A
LÍNGUA PORTUGUESA I
ESTUDOS SOBRE A
LÍNGUA PORTUGUESA
I E II
ESTUDOS SOBRE A
LÍNGUA
PORTUGUESA E
ORALIDADE À
ESCRITA
ESTUDOS SOBRE
METODOLOGIA DE
ENSINO EM LÍNGUA
PORTUGUESA E
LITERATURA INFANTIL
MUDANÇAS E
PERMANÊNC
IAS
SIGNIFICATI
VAS
NÃO PERCEBIDO
NÃO PERCEBIDO
MATÉRIA
OBRIGATÓRIA
MATÉRIA
OBRIGATÓRIA
Podemos notar uma ampliação da noção de ensino da Língua Portuguesa na grade
curricular durante os anos de formação de professores no curso de pedagogia em espaço
fronteiriço. No entanto, esse espaço ocupado pela língua portuguesa na formação de professores
não atende às necessidades desta comunidade de fronteira, pois não dialoga com as práticas
sociais estabelecidas na fronteira Guajará-Mirim/Guayaramerím no tocante às práticas sociais
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de linguagem entre os povos da fronteira. Sobre este prisma podemos dialogar com algumas
propostas da BNCC (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. 2016)
A Base Nacional Comum Curricular é um documento que prescreve propostas de
elaboração curricular para as instituições de ensino no âmbito público e privado. normativo
para as redes de ensino e suas instituições públicas e privadas, referência obrigatória para
elaboração dos currículos escolares e propostas pedagógicas para o ensino infantil, ensino
fundamental e ensino médio no Brasil.
Diante desse documento precisamos atentar que as regiões fronteiriças apresentam suas
especificidades linguísticas e culturais que se expressam na escola nos primeiros anos
escolares das crianças;
A entrada na creche ou na pré-escola significa, na maioria das vezes, a primeira
separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares para se incorporarem a
uma situação de socialização estruturada. Nas últimas décadas, vem se consolidando,
na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado
como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-
escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no
ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas
pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e
habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens,
atuando de maneira complementar à educação familiar especialmente quando se
trata da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens
muito próximas aos dois contextos (familiar e escolar), como a socialização, a
autonomia e a comunicação BRASIL (2016, p. 35).
A entrada na criança não é apenas físicamente, todo universo cultural e afetivo é
impactado pela experiência escolar, de modo que a separação dos vínculos afetivos familiares
necessita do acolhimento na sua língua materna, a escola precisa produzir um espaço de
acolhimento e encorajamento para que essa criança seja afetada positivamente pela vivência
fronteiriça, onde os limites e limiares podem marcar todos os anos escolares dela.
A BNCC procura estabelecer as competências e habilidades para que o ensino de língua
portuguesa aconteça no fluxo das práticas sociais de linguagem, contemplando as vastas esferas
das atividades humanas, bem como as condições de enunciação e as finalidades do enunciado
e os efeitos de sentido desses enunciados nas interações sociais.
Este documento normatiza a valorização dos multiletramentos, no sentido de
contemplar a diversidade social e linguística que compõem a sociedade brasileira, no sentido
de valorizar a variedade de gêneros discursivos e as condições de emissão, recepção dentro de
uma ótica dialógica e semiótica. O ensino de Língua Portuguesa deve compreender todas as
áreas em que os homens se expressem, comuniquem e produzam linguagem para que possam
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não apenas interagir com os diversos gêneros discursivos, mas que essa interação seja movida
por elementos éticos, estéticos, políticos/culturais considerando que proporciona contato com
gêneros discursivos textuais e literários semióticos e multissemióticos.
Diante do exposto compreendemos que as mudanças no PPC poderiam ser
encaminhadas para áreas de linguagens, abrangendo as línguas da fronteira no ensino de língua
portuguesa como segunda língua ou como língua estrangeira, inclusive incluindo a língua
espanhola do país vizinho, dando ao outro o estatuto de legitimar sua língua e sua identidade
enquanto alguém que e escreve uma segunda língua, fala uma segunda língua, aprende em
uma língua que não é a sua, mas que também, pode se expressar na sua própria língua.
Por esse viés as disciplinas sobre linguagens mais nos uniriam no interesse mútuo
daquilo que vivemos que nos engessaria, com suas regras, concordâncias e outros imperativos
da língua portuguesa. O ensino dessas línguas precisa dialogar, trazer a cultura e identidade em
contato, para a sala de aula, porque são os sujeitos que estão em contato e não as línguas, não
existe língua sem sujeitos, de modo que a justiça social e a luta contra as desigualdades
começam na comunicação, que é o caminho que conduz o sujeito do desconhecimento para o
conhecimento.
Segundo Tadeu, (1999, p. 58) “a antiga sociologia não questionava a natureza do
conhecimento escolar ou o papel do próprio currículo na produção daquelas desigualdades” de
modo que precisamos também questionar o nosso próprio currículo, se ele reflete sua práxis
como construção social ou não. O autor afirma que o currículo tradicional era simplesmente
tomado como dado e, portanto, como implicitamente aceitável. O que importava era saber se
as crianças e jovens eram bem-sucedidos ou não nesse currículo, de modo que precisamos
pensar se não estamos reproduzindo uma prática engessada e conflitante com os anseios de
justiça social e inclusão que são instâncias que atravessam e são atravessadas pela linguagem.
O que o PPC apresenta é maior ênfase a visão de ensino da ngua portuguesa, que é
importante, porém não é a única ngua presente nas práticas sociais de linguagem da fronteira.
Talvez a grande dificuldade em leitura, interpretação e produção de textos no ensino médio
sejam consequências de alfabetização e letramento avesso às práticas sociais de linguagem dos
alunos, o PPC precisa dialogar com a materialidade linguística regional para que a formação de
professores na fronteira seja de fato formação de professores da fronteira, conscientes da
materialidade linguística, social e cultural que atendem. Por enquanto essa consciência tem se
materializado na disciplina de Estudos da Fronteira Brasil-Bolívia, ministrada pela docente
Zuila Guimarães Cova dos Santos, com o objetivo de estudo sobre a formação dos limites
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POR UMA PEDAGOGIA DA FRONTEIRA
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
estatais. Levando os acadêmicos a compreender os contextos históricos e culturais da ocupação
da fronteira das cidades gêmeas de Guajará-Mirim e Guayaramerin.
Nessa disciplina também ficou claro o lugar da escola na zona de fronteira, seus limites
geográficos e sua história. As dinâmicas e tensões que resultam das interações fronteiriças no
espaço escolar: dança, música, língua, religião, costumes, entre outros. O sistema da Educação
Brasileira. O sistema de Educação Boliviano. O bilinguismo como fenômeno presente no
processo de ensino e aprendizagem dos sujeitos fronteiriços. Identidade, cultura,
interculturalidade e multiculturalidade.
Outras experiências sobre o assunto são abordadas em pesquisas e projetos de extensão,
por exemplo, o projeto de iniciação Científica Ruedas de Conversações: Práticas Escolares de
Acolhimento e Ensino para imigrantes que divulga suas pesquisas por meio da Revista Culturas
e Fronteiras pelo grupo Geifa. Existem elementos importantes e positivos nas mudanças
ocorridas no PPC, em que português além de ter suas regras gramaticais, precisam estar
acompanhadas da oralidade e escrita e o curso buscou trazer esse trajeto de mudanças e avanços
no curso de pedagogia.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo nos amparou na percepção da fronteira enquanto um espaço multicultural,
plurilíngue e culturalmente dinâmico tendo em consideração que é um espaço de sobrevivência
de vários povos, línguas e histórias de vida diferentes que carecem de um olhar atento para a
formação linguística das crianças fronteiriças. A formação linguística é muito além de ensinar
a ler e escrever, é apresentar para a criança o mundo em outro código linguístico até então
conhecido pela oralidade das relações familiares e comunitárias. O mundo no papel é o contato
com o novo, de forma que a criança precisa que seja dado dentro da ngua de conforto para que
ela possa desenvolver suas habilidades linguísticas sem traumas e medos.
Sendo o espaço fronteiriço é necessário transformar e ampliar o espaço de conhecimento
acadêmico, para se obter facilidade e métodos, para melhorar o ensino de alfabetização de
alunos imigrantes. O papel da Universidade é oferecer uma educação de qualidade e relevância
na vida das pessoas que ali ingressam, a amplitude de possibilidades de conhecimento e
trabalho, e principalmente oferece segurança de sonhos em ter uma perspectiva de vida melhor
para os discentes.
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A contribuição da Universidade é de extrema importância para os acadêmicos, por conta
da formação adquirida e aperfeiçoada com projetos, estudos, grupos de pesquisas e professores
capacitados e um ambiente confortável e amplo. Os resultados constatam que o curso tem
ampliado no currículo maior enfoque ao ensino de língua portuguesa, que apresenta o ponto
positivo de incluir literaturas e outras linguagens, porém ainda não contemplou a prática social
de linguagem da fronteira, restringindo essas temáticas apenas a projeto de iniciação Científica
Ruedas de Conversações: Práticas Escolares de Acolhimento e Ensino para imigrantes que
divulga suas pesquisas por meio da Revista Culturas e Fronteiras pelo grupo Geifa. Esse espaço
facilita diálogos sobre a fronteira e proporciona aprendizado entre os professores, acadêmicos
e profissionais da educação. Porém essas práticas sociais de linguagem ainda não são
contempladas no PPC do curso.
A disciplina de Estudos da Fronteira Brasil-Bolívia, ministrada pela docente Zuila
Guimarães Cova dos Santos, tem como objetivo de estudo sobre a formação dos limites estatais.
A ocupação histórica da fronteira das cidades gêmeas de Guajará-Mirim e Guayaramerin. O
lugar da escola, seus limites geográficos e sua história. As dinâmicas e tensões que resultam
das interações fronteiriças no espaço escolar: dança, música, língua, religião, costumes, entre
outros. Elemento importante foi compreender o sistema da Educação Brasileira e o sistema de
Educação Boliviano. O bilinguismo como fenômeno presente no processo de ensino e
aprendizagem dos sujeitos fronteiriços. Identidade, cultura, interculturalidade e
multiculturalidade. A escola em Fronteira e seu Projeto Pedagógico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular - 2ª versão. Brasília: MEC, 2016.
BRITO, Maricarla Brito Moreira. SANTOS, Zuíla Guimarães Cova dos. Formação de
Professores na Fronteira: As Novas Práticas Construídas por Participantes do Projeto
Ruedas de Conversaciones. Revista Culturas & Fronteiras - Volume 8. N° 1 - julho/2023.
SILVA. Leonardo Luiz Silveira da. Alexandre Magno Alves Diniz. Nem o rio nos separa: as
articulações nacionais e transnacionais entre as cidades gêmeas Guajará Mirim (BRA) e
Guayaramerín (BOL). Belo Horizonte, Letramento, 2020.
MOTTA-ROTH, D. (org.). Redação acadêmica: princípios básicos. 3. ed. Santa Maria:
UFSM, Imprensa Universitária, 2003.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Manual de pesquisa em estudos linguísticos. -1.
ed.- São Paulo: Parábola, 2019. 160 p.
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SANTOS, Zuíla Guimarães Cova dos. Interações e representações sociais: um estudo do
espaço escolar em Guajará-mirim (RO), na fronteira do Brasil com a Bolívia. Curitiba.
2016. http://orcid.org/0000-0002-4631-4772
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na
educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife.
Anais eletrônicos [...] Recife: UFPe, 1996. Disponível em: http://www. propesq.
ufpe.br/anais/anais/educ/ce04.htm. Acesso em: 21 jan. 1997.
Reformulação do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia - Campus de Guajará-Mirim.
Resolução n° 492/CONSEA, de 01 de setembro de 2017.
PPC do curso de Pedagogia dos anos 1989, 2000, 2011 e 2017. Da Fundação Universidade
Federal de Rondônia - Campus de Guajará-Mirim
TADEU, Tomaz. Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo.
1999.