Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE 1999 A
2005
PARTY OF THE REGIONS AT EEEFM IRMÃ MARIA CELESTE: RECORDS OF
EXPERIENCES FROM 1999 TO 2005
Adaildo Tapeoci de Barros
1
Fátima Maria Teixeira Fernandes
2
Marizete Silva Prates
3
RESUMO
Este estudo pretende versar sobre registros das experiências durante a realização do projeto
Festa das Regiões na Escola Estadual Irmã Maria Celeste, localizada no município de Guajará-
Mirim-RO, na fronteira do Brasil com a Bolívia, no período de 1999 a 2005. O projeto foi
idealizado por uma professora de Geografia, sem aplicação de recursos públicos, mas literário-
pedagógicos, para alunos da educação básica. Para tanto, teve acompanhamento, supervisão,
realização e avaliação de outros professores, visando garantir a efetividade e a eficácia de
produção de saberes e alcançar os objetivos propostos, que foram: a priori pesquisar e conhecer
as regiões brasileiras em aulas de Geografia com os terceiros anos do ensino médio e a
posteriori envolvendo as demais turmas do Ensino Fundamental época). O percurso
metodológico deste estudo buscou como fundamento a “escrevivência”, cunhada por Conceição
Evaristo (2017), que sustenta a ideia da escrevivência, em que “as histórias são inventadas,
mesmo as reais, quando são contadas”. Quanto ao material, para a análise, buscou-se
informação em relatos de participantes, vídeos divulgados na internet e anotações em cadernos.
Para os pressupostos teóricos, optou-se pelas contribuições de Soares (2000) sobre os conceitos
de letramento e práticas sociais de leitura; de Bakhtin sobre o gênero discursivo e dialogismo;
referências dos Parâmetros Curriculares Nacionais sobre temas transversais e a pluralidade
cultural/orientação sexual. Na análise específica recorreu-se à teoria de Teixeira (1959); quanto
aos gêneros textuais de Marcuschi (2003).
1
Licenciado em pedagogia. Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Pesquisador do Grupo de Estudos
Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas (GEIFA). Guajará-Mirim, RO, Brasil.
ORCID:https://orcid.org/0009-0007-4881-0159. E-mail: barros_zinho@hotmail.com.br.
2
Fátima Maria Teixeira Fernandes. Festa das regiões na EEEFM Irmã Maria Celeste: registros de experiências no
período de 1999 a 2005.Pós-graduação lato sensu em Metodologia do Ensino Superior Universidade Federal de
Rondônia (UNIR). Professora Ensino Básino, Técnico e Tecnológico. EX-TER/RO-SEPLAD/PVH, Porto Velho,
Rondônia, Brasil. Contato: (69) 981323845. Currículo
lattes:http://lattes.cnpq.br/4975619517543271.ORCID:https://orcid.org/0009-0004-6229-2202.E-mail:
fatimamfernandes@hotmail.com.
3
Marizete Silva Prates. Festa das regiões na EEEFM Irmã Maria Celeste: registros de experiências no período de
1999 a 2005. Mestra em Letras/Unir. Servidora pública estadual. Porto Velho, Rondônia, Brasil. Contato: (69)
999072988. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0538909034915701. ORCID: https://orcid.org/0009-0005-0086-
7290. E-mail: spratesmari@gmail.com.
111
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Palavras-chave: Educação. Interdisciplinaridade. BNCC. Identidade. Fronteira. Cultura.
RESUMEN
Esta investigación tiene por objetivo presentar registros de las experiencias durante
larealización del proyecto Fiesta de las Regiones em la Escuela Estatal Irmã Maria Celeste,
ubicada em el municipio de Guajará-Mirim, RO, em la frontera de Brasil com Bolivia, em el
periodo del 1999 al 2005. El proyecto ha sido idealizado por una profesora de Geografía, sin la
aplicación de los recursos públicos, pero com el literario-pedagógicos, para los alumnos de
la educación básica. Por lo tanto, recibió acompañamiento, supervisión, realización y
evaluación de otros profesores, com el objetivo de garantizar la efectividad y realización de la
producción de saberes y alcanzar los objetivos propuestos, que son los que siguen: a priori
pesquisar y conocer las regiones brasileñas com clases de Geografía com alumnados de terceros
años de la enseñanza media y, a posteriori, se ha involucrado las demás turmas de la Enseñanza
Fundamental (de aquella época). El camino metodológico de este estudio buscó como
fundamento la “escrevivencias”, acuñada por Conceição Evaristo (2017), que sustenta la idea
de escritavência, em la que “las historias se inventan, incluso las reales, cuando son
contadas”.En cuanto a los materiales, para el análisis, se ha buscado informaciones em los
relatos de los participantes, videos divulgados em la Internet y apuntes em cuadernos. Para los
supuestos teóricos, se ha optado por las contribuciones de Soares (2000) sobre los conceptos de
letramiento y prácticas sociales de lectura; de Backhtin sobre los neros discursivos y
dialogismos; las referencias de los Parámetros Curriculares Nacionales sobre los temas
transversales y la pluralidad cultural/orientación sexual. Em el análisis específico se ha buscado
la teoría de Teixeira (1959); em relación a los géneros textuales de Marcuschi (2003).
Palabras-clave: Educación. Interdisciplinaridad. BNCC. Identidad. Frontera. Cultura.
INTRODUÇÃO
A Secretaria de Estado da Educação em Rondônia possui sob seu domínio várias escolas
que têm desenvolvido um conjunto de ações para proporcionar atividades de incentivo à leitura
e a produção textual, manifestações culturais e outros tipos de aprendizagens. Acredita-se ser
este um dos meios de ampliar competências primordiais na relação ensino-aprendizagem como
aquisição da capacidade de ler e escrever, calcular, acessar tecnologias, a cultura, elevação do
nível de letramento, etc.
No ano de 1999, os professores da Escola Irmã Maria Celeste promoveram uma série
de ações envolvendo os estudantes com pesquisa sobre leitura e escrita de forma lúdica, como
receitas, artesanato, costumes, arquitetura com representatividade das regiões brasileiras. O
projeto Festa das Regiões foi idealizado por uma professora de Geografia, cuja apresentação
dos alunos foi bastante criativa em que a comunidade toda se envolveu.
112
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Assim, o objetivo deste estudo é realizar registros das experiências vivenciadas durante
a realização do projeto Festa das Regiões, da Escola Irmã Maria Celeste, idealizado pela
professora de Geografia à época. A análise neste estudo refere-se ao período de 1999 a 2005.
Os professores e gestores da Escola Irmã Maria Celeste promoveram uma série de ações
preliminares envolvendo os estudantes da educação básica, cujo foco principal foi na
aprendizagem de forma lúdica, envolvendo todas as disciplinas alcançando estudantes do
ensino fundamental e médio.
As intenções propostas no Projeto eram que os alunos adquirissem novos conhecimentos
e desenvolvessem novas habilidades culturais e artísticas. Isso implicava também na concepção
de como os benefícios do projeto poderiam se tornar sustentáveis e duradouros, na vida futura
dos participantes.
Foram abordadas temáticas alusivas às manifestações culturais, como música, dança,
arte culinária, artesanato, costumes, vestuário, pesquisas bibliográficas, escrita das receitas
memorizadas, cultura fronteiriça e outros.
A transversalidade e a interdisciplinaridade foram aspectos trabalhados durante o
Projeto, em meio à gama de aprendizados nas informações ou saberes populares da
comunidade. O protagonismo do aluno como agente transformador da realidade vivida na
fronteira foi explícito, levando em conta o método, a pesquisa explicativa de análise e
interpretação dos resultados, “[...] incentivando a reflexão e a análise crítica de valores, atitudes
e tomadas de decisão e possibilitando o conhecimento de que a formulação de tais sistemas é
fruto de relações humanas, historicamente situadas”, como contextualizam os Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p. 47).
A aprendizagem se concebeu por vários ângulos, como parte da busca do conhecimento
por intermédio de formas e estruturas de pensamento e de conteúdo, como analisa Ausubel
(1998): a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada, a estrutura
cognitiva, que representa um conteúdo informacional armazenado por um indivíduo,
organizado de certa forma em qualquer modalidade do conhecimento”.
Pressupõe-se que os objetivos do Projeto foram alcançados quando constatamos que
alguns alunos que não haviam saído da cidade de Guajará-Mirim para outros estados brasileiros
puderam conhecer, aprender e compartilhar os conhecimentos adquiridos durante a pesquisa e
a execução do Projeto.
113
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
A mudança dos jovens que estudaram nesse período era notória: atitudes,
comportamentos e desenvoltura. Dessa maneira, o aprendizado-cidadão é o que transforma o
indivíduo, que pode fazer a diferença entre a teoria aliada à prática.
Então, o desenvolvimento de ações, projetos e programas de colaboração do
conhecimento cria condições de construir uma sociedade humanitária e culturalmente feliz, em
que a lógica do mercado não seja vista como a única solução para os problemas: o saber é
necessário às realizações da humanidade.
As sociedades atuais são caracterizadas pela dissociação entre o fato de gostar de
aprender o de buscar informações de conhecimento fora do lócus escolar. Sabe-se que os
conhecimentos anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto podem condicionar a
aprendizagem.
Nesse sentido, “as aprendizagens prévias não concretizadas, não permitem a
possibilidade de aprender isso ocorre quando o material novo se incorpora, se relaciona, com
os conhecimentos e saberes que se possui(AUSUBEL, 2003, p.85). Corroborando com a
ideia do autor, a equipe de professores da Escola Irmã Maria Celeste propiciou a oportunidade
aos estudantes pesquisar e conhecer os assuntos de sala de aula, afim de torná-los atos concretos
com a exposição de elementos regionais, apresentação de diversos gêneros textuais, explicação
dos trabalhos e da importância de cada região em que era produzido.
E então, a partir da produção dos conhecimentos, imprimiu-se o processo de construção
de saberes e habilidades para realizar autoria e ampliar a visão do mundo, que segundo ecoa na
ideia bakhtiniana, “a compreensão é uma forma de diálogo; estando para a enunciação assim
como uma réplica está para a outra no diálogo. Compreender é opor à palavra do locutor uma
contrapalavra” (VOLOSHINOV, BAKHTIN, 1992, p.132).
Pesquisar sobre as Regiões Brasileiras permitiu aos alunos associarem suas experiências
para elaborar hipóteses sobre o universo como um todo, com relação ao Brasil, suas divisões
regionais e estados federativos e a comunidade local.
Foi possível descobrir respostas sobre o outro e sobre si mesmo, e assim, desenvolver o
aspecto cognitivo para aprimorar conhecimentos. Elegeu-se, então, o projeto Festa das Regiões
a fim de promover aprendizagens e valorizar a cultura local e da fronteira. Presume-se que a
fronteira seja um espaço passível de inúmeras pesquisas já publicadas e a serem realizadas.
114
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Era preciso destacar a riqueza cultural dos povos de muitas raças e origens em seus
costumes, saberes, falares e formas de se adequar ao mundo contemporâneo. O projeto
proporcionou a interatividade do alunado, o envolvimento comunitário, a experiências entre
diferentes culturas entre regiões e até outros países (de onde originaram as técnicas e as
tecnologias na produção de materiais escolhidos para serem pesquisados).
Segundo relata uma professora, houve construções de barracas, organização de receitas
advindas da memória de pessoas oriundas das regiões brasileiras. As aulas foram dinamizadas
pelos conhecimentos obtidos com as pesquisas, fato que contribuiu para que se
compreendessem desde os gêneros textuais até o manuseio de material que permitisse o
exercício da atividade criadora para o conhecimento, com ações entre alunos versus professores
e comunidade.
A maioria dos alunos nunca tinha saído da cidade, daí a pesquisa foi uma das formas de
conhecerem outras culturas fora da cidade. Tinha culinária, música, dança e ambientes recriados
como praias, montanhas, enfim, onde a criatividade alcançava. E na região de Mato Grosso a
paçoca de carne é até exportada, era feita no pilão então não deu outra.
O Projeto foi uma oportunidade para os jovens e a comunidade escolar abrir as janelas
da alma e alçar voos para aprender que às vezes é necessário deixar o ninho e voar perto ou
longe, de fato, estas pessoas foram transformadas por viverem a oportunidade de
arte/aprendizado/história/ cultura.
Isso permitiu a construção de sentidos vinculados à multiplicidade de recursos literário-
pedagógicos, matemáticos, geopolíticos e aspectos culturais em uma linguagem simplificada.
Ações políticas devem ser planejadas e organizadas para assegurar os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, em conformidade com o que estabelece o Plano
Nacional de Educação (PNE), que integra a política nacional da Educação Básica para
contribuir com o alinhamento de outras políticas e ações, nas esferas federal, estadual e
municipal.
Contextualizando o projeto Festa das Regiões com as competências descritas pela Base
Nacional Comum Curricular-BNCC, é válido lembrar que as exigências legais perpassarão os
tempos sem produzir efeitos prejudiciais à aquisição e produção do conhecimento. A
inventividade, a interação social e as relações de fronteiras estão contempladas nos compêndios
que guardam as leis, bem assim no direito irrestrito do cidadão à educação.
115
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
As ações planejadas e executadas no projeto Festa das Regiões atenderam prontamente
a previsão da Lei 9394/96 que, por conseguinte, as exigências estão inclusas na BNCC, em suas
dez competências.
O projeto Festa das Regiões abarcou possibilidades de construir saberes, ampliar a
compreensão da realidade local e dos derredores. Nessa esteira, podemos traçar muitas linhas
paralelas com relação à execução do projeto e as premissas indicadas pela composição do
currículo nacional brasileiro.
A Base Nacional Comum Curricular elencou dez competências, que a seguir, algumas
delas serão comparadas com a realização do Projeto. Segundo concepções contidas na BNCC,
O conhecimento é uma competência que se vincula ao repertório sobre a visão de
mundo sobre os conhecimentos que a humanidade elaborou, cujas habilidades têm a
ver com o mundo físico e digital, as ciências exatas e humanas para que depois haja
compreensão da realidade. (Brasil, 2020, p.224).
Nessa concepção, -se que a responsabilidade da escola é orientar aprendizagens, e
isso é ligado diretamente à produção do conhecimento, que pressupõe enriquecimento cultural
e científico. Portanto, os projetos escolares apoiam os alunos em suas iniciativas de pesquisa
ou propõe desafios a serem enfrentados. Os alunos participantes do Projeto foram capazes de
argumentar sobre experimentos e usar a criatividade para que elaborassem alternativas e
buscassem novos caminhos para resolver os problemas propostos.
No contexto da interdisciplinaridade o que se esperava dos alunos foi a obtenção do
conhecimento que mais se ajustasse às suas necessidades de aprendizagem, tendo ao seu alcance
o meio eficaz para a apropriação do conhecimento.
Anysio Teixeira (1959, p.78) pontua que apenas pela experiência haja contato com os
conhecimentos, por conseguinte elaboramos o pensamento. Para ele, a experiência é, em si, o
ato de fazer algo e ter reação a partir desse evento. Por isso, o processo configura em ativo e
passivo; que a experiência é educativa quando nos leva à reflexão. O autor argumenta que
“pensamento é o discernimento interrelacional que se situa entre o que experimentamos e o que
acontece em consequência disso”.
Por isso, a terceira competência, refere-se ao repertório cultural como parte do currículo
escolar, esta propõe que o pesquisador/aluno conheça e participe de produções artísticas e que
haja valorização de seus resultados.
116
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Assim, com as experiências artísticas, os alunos foram capazes de se expressar e atuar,
além de explorar as relações entre culturas, sociedades e artes. Neste ponto, o projeto Festa das
Regiões cumpriu as determinações fundamentadas na legislação federal contida no bojo da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação.
Quanto à quarta competência, que envolve a comunicação, os realizadores da Festa das
Regiões demonstraram suas características quando se apresentaram capazes de utilizar
diferentes linguagens (verbal, corporal, visual, sonora e digital) para se comunicar e
compartilhar informações uns com os outros. Isso é essencial para as fases da vida. Os alunos
desenvolveram a escuta como a capacidade de expressar ideias, opiniões e emoções.
Outro ponto importante na execução do Projeto que possui correlação às competências
da BNCC foi referência à cultura digital, cuja previsão é que;
“o ensino deve englobar o uso dos recursos digitais sob a visão ética, crítica e
significativa, desenvolvendo no aluno a compreensão do uso responsável da
tecnologia, seja como consumidor dela ou como produtor de conteúdos digitais”
(BRASIL, 2020).
Foi possível perceber que as competências foram contempladas no projeto, que a
transposição de barreiras físicas e temporais promovidas pelas tecnologias móveis contribuiu
para novos conhecimentos culturais, assim como também as digitais. O acesso à informação
tornou-se mais democratizado e dinâmico, fomentando o compartilhamento de saberes em
tempo real, por meio de aparelhos de mídias com difusão em massa, principalmente rádio e
televisão.
DESTAQUES DAS REGIÕES NO PROJETO
Sabe-se que as metodologias ativas de aprendizagem consistem em uma técnica
pedagógica alusiva a atividades instrucionais, que permitem engajar os estudantes em se
tornarem protagonistas no processo de elaboração e produção do próprio conhecimento.
Metodologias ativas referem-se menos à transmissão de informações e mais no
desenvolvimento de habilidades. Tal termo foi utilizado pelos professores Charles Bonwell e
James Eison na obra Active Learning: creatingexcitement in theclassroom, lançado em 1991.
117
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Parte do discurso e das instruções no projeto Festa das Regiões foi fundamentada
especificamente no tipo de aprendizado por projetos, que trata de um mecanismo em que se
identifica uma situação que não necessariamente é um problema, mas pode ser aprimorada, a
buscar uma solução que segue uma linha de raciocínio de “o quê?”, “para quem?”, “para quê?”
e “de que forma?” Para conferir a aprendizagem por problemas, essa abordagem incentiva o
trabalho em equipe e possibilita a descoberta de aptidões que podem ser um diferencial para o
empreendedorismo e o mercado de trabalho (BONWELL; EISON, 1991).
A aprendizagem ativa foi demonstrada na relação entre professores e alunos, que, neste
formato, que tomaram a frente, com maior interação e independência, participando ativamente
do processo. Os professores foram mediadores, orientando e conduzindo os alunos na solução
para os problemas, na elaboração de ideias e argumentos, no trabalho em equipe e em outras
competências importantes, como responsabilidade, independência, proatividade, ética etc.
Os saberes da experiência são aqueles que o professor em formação traz consigo relativo
à sua experiência e vivências como aluno e em atividades docentes. Além disso, os saberes da
experiência envolvem aqueles produzidos no cotidiano docente e, nos processos de reflexão da
sua própria prática, a fim de inovar estratégias e metodologias.
As metodologias ativas de aprendizagem preparam os alunos para as apresentações de
seus estudos, que podem ter auxiliado na vida acadêmica, profissional e social, utilizando tais
ferramentas para lidar com situações complexas.
A seguir, apontamos um registro de atividades desenvolvidas no projeto Festa das
Regiões: As cinco regiões do Brasil são as grandes divisões do território que apresentam
características específicas, com divergências de relevo, aspectos socioculturais e econômicos.
Embora seja imenso, o Brasil é singular em seu idioma, a Língua Portuguesa: não dialetos,
apenas línguas indígenas são preservadas e faladas em aldeias.
Na Festa das Regiões, a apresentação sobre a região Norte enfatizou que é formada por
sete estados, tendo a maior área e a menor densidade demográfica do País, média de 18 milhões
de habitantes. Ela abriga grande parte da floresta amazônica e possui o clima equatorial,
economia com base no extrativismo mineral e vegetal, pecuária e agricultura, sendo secundário
o setor de indústrias. As expressões folclóricas foram os pontos mais abordados no Projeto.
Os estudantes representaram a região Norte com a arte culinária, a dança do boi-bumbá
e a música, o ritmo e composição do carimbó. O Festival Folclórico denominado “Duelo da
118
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
Fronteira” na cidade de Guajará-Mirim/RO, Brasil, é uma tradição criada em 1995, que se
transformou em um evento cultural importante do Estado de Rondônia. A festa acontece com a
disputa entre os bois bumbás Flor do Campo e Malhadinho. O festival destaca-se pela alusão
às heranças culturais indígenas e caboclas, com danças, músicas e lendas. A ideia era ajudar na
educação de crianças e adolescentes de forma lúdica. O projeto Festa das Regiões apresentou a
dança do boi-bumbá como parte da cultura da região Norte.
O ambiente escolar deve incentivar a arte e ensinar a valorizar as suas origens.
Encontramos eco na concepção de Silva ao lembrar que;
[...] paulatinamente, essas culturas, costumes, crenças, saberes e fazeres se perdem em
diversas outras já existentes no “volume cultural” sem identificação, embora haja nos
falares, mas que deveria existir entre as gerações passadas, a escola e as gerações
contemporâneas, isto é, os estudantes. (Silva, 2023, p. 56).
Questiona-se: serão as transformações velozes do mundo moderno, o grande volume de
informações e as novas exigências, que deixam os profissionais da educação atordoados em
meio às transformações simultâneas, a ponto de não sobrar espaço para alguns assuntos?
O carimbó, dança apresentada no Projeto como referência da região Norte, é de origem
indígena, da língua tupikorimbó (pau que produz som) é o resultado da junção dos elementos
curi, que significa “pau”, e mbó”, que significa “furado”, que é o principal instrumento
musical utilizado nessa manifestação folclórica. O curimbó é uma espécie de tambor tocado
com as mãos, feito com um tronco escavado e oco.
A dança do carimbó do Pará foi trazida ao Brasil por escravos africanos. E depois
anexada às influências indígenas e europeias. O costume da dança advém do hábito dos
agricultores e dos pescadores que dançavam ao ritmo do tambor, quando terminavam os
trabalhos diários.
A referência da culinária da região norte, os estudantes pesquisaram e apresentaram a
receita de pato no tucupi, uma comida típica da culinária paraense, servida principalmente na
ocasião da festa do Círio de Nazaré. Prepara-se com jambu, uma erva característica da região
do norte brasileiro e tucupi, um líquido extraído da raiz da mandioca brava. Serve-se o pato
com o caldo de tucupi acompanhado de farinha d’água da mandioca e arroz branco.
119
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
A região Nordeste, é composta por nove estados, apresenta a maior diversidade cultural
e a maior desigualdade social em relação às demais regiões. O clima é semiárido no interior e
tropical no litoral.
Na Festa das Regiões houve apresentação do frevo, dança, representando o Nordeste,
que é uma das principais danças tradicionais brasileiras e uma das manifestações culturais mais
conhecidas na região nordeste do Brasil. No Pernambucano, o frevo faz parte do carnaval,
especialmente, no Recife e em Olinda. É reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 2007.
A arte culinária que representou o Nordeste foi a moqueca, prato típico brasileiro, que
surgiu com os povos indígenas que habitavam a região, que preparavam peixes e frutos do mar
em panelas de barro.
Quando os portugueses e africanos chegaram, a receita ganhou novos ingredientes,
como dendê e leite de coco. No Brasil há duas versões principais da moqueca: a capixaba (feita
com peixe, tomate, cebola, coentro, alho, azeite e urucum, cozidos em panela de barro), típica
do Espírito Santo, e a baiana, originária da Bahia (feita com dendê e leite de coco, pimentões e
outros temperos). Além de saborosa, a moqueca é uma opção saudável de alimentação, pois é
rica em proteínas e nutrientes provenientes dos peixes e frutos do mar.
A região Centro-Oeste é formada por três estados e o Distrito Federal, possui o segundo
maior território e a segunda menor população, 16 milhões de habitantes. A economia consiste
em atividades de pecuária, agricultura, extrativismo mineral do nióbio e turismo. O clima é
tropical e a flora é representada pelo pantanal e o cerrado.
O projeto Festa das Regiões contemplou atividades representativas do Centro-Oeste
com a dança Country, que consiste em um estilo de música caipira dos Estados Unidos cuja
influência pode ter vindo de escravos com canções de guerra, do profundo censo religioso do
sul estadunidense e dos trabalhadores do campo. Os imigrantes oriundos da Irlanda
contribuíram, com a introdução do banjo que auxiliou inclusive no ritmo e na dança tipicamente
caipira americana. A dança e a música country surgiram juntas, em cidades no começo do
século XIX, quando imigrantes ingleses não encontravam trabalho nas colônias do nordeste
partiam para o oeste em busca de terra e ouro.
Já a região Sudeste compõe-se por quatro estados, possui a maior população e o maior
produto interno bruto brasileiro, com economia baseada nos setores industriais, financeiros e
120
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
comerciais. É a região mais industrializada e urbanizada do Brasil, com população de mais 87
milhões de habitantes. O clima é tropical e subtropical.
O Projeto focalizou o Sudeste com a culinária, preparação do pão de queijo, referente
ao estado de Minas Gerais, cuja literatura não edita registros específicos sobre a origem. Essa
iguaria surgiu no período do ciclo do ouro em Minas Gerais, mas no aspecto popular, se inicia
no século XVIII. Apresentaram, ainda, um prato à base de peixe. A música foi representada
pela bossa nova, um movimento da música popular brasileira do final dos anos 50, marcado
pela influência do samba carioca e do jazz norte-americano.
O samba representou a dança na região Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro.
Resultado da influência que a cultura africana teve na formação cultural do Brasil. Traduz-se
como um gênero musical e ao mesmo tempo uma dança que se caracteriza por canções desse
ritmo. A simbologia denota aspectos da cultura brasileira, compreendidos como patrimônio
cultural imaterial do Brasil.
A região Sul, formada por três estados, possui o menor território e a menor população
do Brasil, tem clima subtropical e temperado, sendo a região mais desenvolvida e com maior
índice de desenvolvimento humano. Houve a colaboração de todos, o que permitiu ampliar o
conhecimento de mundo, de edificar saberes e disseminar ideias perpétuas do quão importante
é trocar experiências com pessoas de diferentes culturas.
O registro de informações sobre o churrasco no projeto Festa das Regiões mostrou que
não se sabe da origem do churrasco, segundo a história, presume-se que o preparo desse prato
vem desde a pré-história, com o domínio das técnicas do fogo, quando o homem primitivo
percebeu que assar caça no fogo deixava a sua comida mais saborosa, mais macia e conservada.
O churrasco chegou ao Brasil durante o culo XVII, com os Sete Povos das Missões,
uma sociedade jesuíta no Rio Grande, para reunir indígenas na missão de catequizá-los.
Segundo a biblioteca Wikipedia, cujas informações constam no sítio
4
, o Vanerão é um estilo de
dança pica do Rio Grande do Sul, tradicional também, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
De origem alemã, se desenvolveu no sul do Brasil, o ritmo foi influenciado pela
habanera, originada em Havana, Cuba, da mesma forma que vários outros encontrados nos
países hispano-americanos, como o tango, o samba canção e o maxixe. Os diversos gêneros
trabalhados permitiram realizar o exercício da atividade criadora para o conhecimento, com o
121
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
diálogo entre comunidade e escola, fator que permitiu a construção de sentidos vinculados à
multiplicidade de ideias.
Dessa maneira, a realização do Projeto incentivou a criatividade dos estudantes, com a
busca de conhecimentos sobre várias áreas, fazendo descobertas e apresentando-as à escola,
assinalando o desenvolvimento de suas habilidades que levaram à reflexão sobre a realidade,
com a oportunidade de transformá-la.
METODOLOGIA
O percurso metodológico deste estudo buscou como fundamento na concepção de
“escrevivência”, cunhada por Conceição Evaristo, como método de investigação, de produção
de conhecimento e de posicionalidade implicada. A escrevivência, em meio a diversos recursos
metodológicos de escrita, utiliza-se da experiência do autor para produzir narrativas
concernentes à experiência coletiva de mulheres (SOARES; MACHADO,2017, p. 206).
A fim de ilustrarmos a reflexão proposta, as noções recorrentes no texto foram
embasadas nos pressupostos de Evaristo (2017) na obra Becos da Memória reflete que, em uma
escrevivência, “as histórias são inventadas, mesmo as reais, quando são contadas”. Isso ocorre
em um processo em que a autora se coloca no espaço aberto entre a invenção e o fato, utilizando-
se dessa profundidade para construir uma narrativa singular, mas que aponta para uma
coletividade. A respeito disso Soares e Machado (2017, p. 206) salientam que “escreviver” tem
o sentido de contar histórias estritamente particulares, que ao mesmo tempo remetem a outras
experiências coletivizadas, em virtude do lugar comum constituinte entre autor(a) e
protagonista, constituído por características compartilhadas em marcadores sociais e pela
experiência vivenciada, ainda que de posições distintas.
Como instrumento de coletas, utilizamos o caderno de anotações, para registrar as
memórias, os relatos e as escritas das experiências vivenciadas durante a realização do projeto
Festa das Regiões, da Escola Irmã Maria Celeste, vale também destacar, a utilização de vídeos
divulgados na internet. As anotações no caderno de registros foram essenciais para que mais na
frente conseguíssemos analisar a contribuição do Projeto para promover a aprendizagem e o
conhecimento sobre as regiões brasileiras.
122
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
AMOSTRAGEM E SUJEITOS DA PESQUISA
A pesquisa delineou-se pelo método de coleta de dados por meio de entrevistas com ex-
professoras da escola, para que assim tivéssemos oportunidade de conhecer mais sobre como
ocorreu a elaboração e a execução do projeto.
Conforme Gil (2008 p. 109), assinala que “a entrevista é, uma forma de interação social.
Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar
dados e a outra se apresenta como fonte de informação.” Com esse pressuposto, a entrevista
contemplou o objetivo do estudo, que foi apresentar registros das experiências durante a
realização do projeto Festa das Regiões.
A escolha dos sujeitos entrevistados foi de maneira intencional com a professora
idealizadora do projeto e mais três professoras que trabalharam à época, que em face da vivência
direta, tinham informações específicas sobre o Projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatou-se que o projeto Festa das Regiões caracterizou-se como um evento de caráter
inédito, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Irmã Maria Celeste, demonstrando
a capacidade criativa de professores e estudantes. Todos capazes de fazer inferência às
manifestações discursivas de sua realidade e aos fatos não-ditos subjacentes. Compreendeu-se
a necessidade de investir em mais ações escolares, para formar competências a fim se
aperfeiçoar métodos e metodologias, uma vez que surgem novas demandas.
Verificou-se que é tão urgente quanto essencial avançar na concepção de que a
interdisciplinaridade e a transversalidade podem ser trabalhadas com projetos como meio que
favorece a vivência para a participação de todos os segmentos das instituições, considerando as
regionalidades e a comunidade escolar local. Importante também foi constatar que as escolas
trabalham os pressupostos emanados do currículo nacional.
O projeto Festa das Regiões representou um instrumento que garantiu a inclusão de
ideias e saberes, especialmente por ter sido um espaço de discussão, definição de objetivos para
a ciência e tomadas de decisão dos aspectos pedagógicos, socioculturais e plurais para a
edificação dos conhecimentos de estudantes e da comunidade.
123
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
REFERÊNCIAS
AIDAR, L. Frevo. Toda matéria, [s.l.]. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/frevo/. Acesso em: 24 out. 2023.
A ORIGEM da Moqueca: história e curiosidades. Litologia, [s.l]. Disponível em:
https://listologia.com/origem-moqueca. Acesso em: 23 out. 2023.
A TRADIÇÃO e história do pato no tucupi no almoço do Círio. Roma news, [s.l]. Disponível
em: https://romanews.com.br/cirio/a-tradicao-e-historia-do-pato-no-tucupi-no-almoco-do-
cirio. Acesso em: 22 out. 2023.
AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva.
Lisboa: Plátano, 2003.
BAKHTIN, M.; VOLOCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem. Problemas
fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 6. ed. Trad. Michel Lahud e Yara
Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1992.
BONWELL, C.; EISON, J. Active learning:creatingexcitement in theclassroom. Washington,
D.C: SchoolofEducationandHumanDevelopment: George Washington University, 1991.
(ASHE-ERIC HigherEducation Report, n. 1).
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética.
Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Língua portuguesa. Brasília, DF: MEC,1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular: educação é a base.
Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-
educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc. Acesso em: 25 out. 2023.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.Acesso em: 25 out. 2023.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 12.ed. São Paulo: Cortez,
2017.
COUNTRY music. Disponível em: https://academiastilolivre.com.br/artigos/6005. Acesso em:
2 out. 2023.
124
FESTA DAS REGIÕES NA EEEFM IRMÃ MARIA
CELESTE: REGISTROS DE EXPERIÊNCIAS NO PERÍODO DE
1999 A 2005
Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
EVARISTO, C. Becos da memória. Belo Horizonte: Mazza, 2006.
FESTA das Regiões. Guajará-Mirim do passado. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=lx3BbLVf-BA. Acesso em: 15 out. 2023.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. 2008.
HISTÓRIA do samba: origem e características. Disponível em
https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/origem-samba.htm. Acesso em: 22 out.
2023.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: BEZERRA, M. A.;
DIONÍSIO, Â. P.; MACHADO, A. R. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,
2003.
NÓVOA, Antônio (org.). Profissão professor. 2. ed. Portugal: Porto, 1995.
SANTOS, G. C. N. dos; SILVEIRA, V. L. L. (org). Diálogos na educação: diferentes vozes,
práticas e saberes pedagógicos - [livro eletrônico] / Porto Velho: Temática Editora, 2023.
SILVA, D. A. da. Pressupostos para pensar práticas pedagógicas interdisciplinares por
intermédio da cultura folclórica do Boi-Bumbá. 1ª.ed.- São Paulo, SP: Ed. do Autor, 2023.
SOARES, I. G. Políticas sociais de leitura no Brasil: os Discursos do PROLER e PRÓ-
LEITURA. 2000. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Minas
Gerais, Minas Gerais, 2000.
SOARES, L. V. MACHADO, P. S. “Escrevivências” como ferramenta metodológica na
produção de conhecimento em Psicologia Social. Psicologia Política. vol. 17. nº 39. pp. 203-
219. mai. ago. 2017. Disponível em: v17n39a02.pdf (bvsalud.org). Acesso em: 19 nov. 2023.
TEIXEIRA, Anísio. Centro Educacional Carneiro Ribeiro. Revista brasileira de estudos
pedagógicos. Rio de Janeiro, v.31, n.73, jan. /mar. 1959. p.78-84.