Revista Culturas & Fronteiras - Volume 5. Nº 9 - Dezembro/2023
Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA /UNIR
Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/index
APRESENTAÇÃO
EDUCAÇÃO INTERCULTURAL NA FRONTEIRA
III COLÓQUIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO
INTERCULTURAL NA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA:
TERRITÓRIOS CULTURAIS, SUSTENTABILIDADE, DIREITOS
HUMANOS E EMERGÊNCIAS E III ENCONTRO DE EGRESSOS
DO CURSO DE PEDAGOGIA
Viver nas fronteiras é ter a possibilidade de vivenciar desafios e conflitos,
mas também, interações positivas e acolhedoras que nos ajudam a ressignificar
nossas relações fronteiriças. São muitas as questões que envolvem as regiões
limítrofes entre nações, porque a fronteira possui uma grande quantidade de
significados, que não são construídos apenas por quem vive nesse entre-lugar.
Couto (2012) revela que, ao chegar na fronteira, nosso pensamento, nossas
certezas e representações transformam-se a partir do contato, vivências e
identidades. Muito além de uma área geográfica – marcada por limites,
separação e fiscalização – a fronteira revela-se como um lugar para seus
habitantes, um território simbólico constituído de suas vivências cotidianas para
a população local, trazendo à tona as categorias de lugar (indivíduo) e território
(coletivo) para sua narrativa.
Os estudos fronteiriços são inerentemente multidisciplinares, necessitam
ser conhecidos por diferentes áreas científicas, a exemplo da cartografia, da
geopolítica, da sociologia, da economia, da linguística, da cultura, da educação
entre tantas outras. E além do espaço geográfico e das relações construídas e
vividas nele, há também as fronteiras pessoais, que nos envolvem e nos limitam,
trazendo medo, ansiedade, pré-conceitos, desinformação e tantas outras
questões que contribuem para que esses limites subjetivos não sejam
ultrapassados.
Há muito a ser revelado e conhecido a partir das variadas formas de
organização territorial da vasta fronteira brasileira com países da américa do sul,