FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA FRONTEIRA: AS NOVAS PRÁTICAS CONSTRUIDAS POR PARTICIPANTES DO PROJETO RUEDAS DE CONVERSACIONES.

Autores

  • Maricarla Brito Moreno Universidade Federal de Rondônia
  • Zuila Guimarães Cova dos Santos UNIR

Resumo

O presente artigo traz os resultados de uma pesquisa descritiva qualitativa sobre as práticas escolares interculturais desenvolvidas por professores que participaram do projeto de Iniciação Científica Ruedas de Conversaciones: Práticas Escolares de Acolhimento e Ensino para Imigrantes, pesquisa esta que foi realizada no formato remoto, no período de dezembro de 2022 a março de 2023. O objetivo deste estudo foi identificar as possíveis práticas escolares interculturais desenvolvida por professores participantes do projeto. Os sujeitos da pesquisa foram professores de escolas públicas localizadas em faixas de fronteira internacional e que possuem alunos imigrantes. Nosso recorte geográfico envolveu a fronteira de Guajará-Mirim RO/BR e Guayaramerín BENI/BO, a fronteira de Pacaraima RR/BR e Santa Helena de Uairén/VE e a cidade de Porto Velho na faixa de fronteira rondoniense. O nosso referencial teórico está embasado nos estudos de FREIRE (2021), que discute a questão da formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativa-progressiva em favor da autonomia dos educandos; nos estudos de CANDAU (2021), cuja a obra discute multiculturalidade e interculturalidade; IMBERNÓN (2009), o qual apresenta o desenvolvimento de novos conceitos da formação permanente e nos estudos de SANTOS (2016) sobre escolas em fronteiras. Para a coleta de informações realizamos uma análise dos arquivos digitais, vídeos dos encontros e conversas realizadas no grupo de Whatzapp e entrevista com as professoras colaboradoras da pesquisa. Os resultados nos revelam o trabalho singular do projeto Ruedas de Conversaciones, pois as professoras participantes conseguem através dos ensinamentos no curso desenvolver novas práticas pedagógicas voltadas aos alunos imigrantes.

Biografia do Autor

Maricarla Brito Moreno, Universidade Federal de Rondônia

Este trabalho apresenta resultados de uma investigação sobre o ensino de Língua Portuguesa em escolas pública da Educação Básica, E.E.E.F. Durvalina Estilbem de Oliveira e E. E. E. F. Rocha Leal. do município de Guajará-Mirim/RO, na fronteira Brasil-Bolívia, considerando-se a presença de inúmeros alunos bolivianos nas escolas brasileiras e os desafios da prática docente.

Nesse sentido, a pesquisa foi realizada através da observação da prática docente, conversas informais com professores e alunos e aplicação de questionários aos professores, com o objetivo de verificar como a Educação Linguística está sendo desenvolvida nas escolas públicas, na fronteira Brasil-Bolívia.

As análises dos dados coletados foram fundamentadas pelos estudos de Guedes (2006), cuja obra “A formação do Professor de Português: que língua vamos ensinar?” discute sobre a identidade do professor de Língua Portuguesa; Silva (2007), que discute sobre Educação, etnicidade e preconceito no Brasil, destacando que a escola legitima os preconceitos e

hierarquias sociais e étnicas no Brasil; Preuss & Álvares (2014), que apresenta conceitos de bilinguismo e discute sobre as políticas linguísticas no Brasil e outros.   

Zuila Guimarães Cova dos Santos, UNIR

Pós-doutoranda e Educação pela UFPR, Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Professora da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, possui graduação em Pedagogia é Psicopedadagoga (UNIR/RO), especialista em Gestão Escolar, Metodologia do Ensino Superior e Tenologias na Educação. Mestre em Ciências da Linguagem (UNIR/RO). Tem experiência na Educação a Distância, na Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação, desenvolve pesquisas na área de Políticas Públicas da Educação; Linguagens, Formação de Professores; Escola em Fronteiras Internacionais e Migrações; Pesquisadora do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA.

Downloads

Publicado

01/08/2023