Um cânone para chamar de nosso
a voz e a vez da adolescência na literatura
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.15.n.4.7341Palavras-chave:
Literatura juvenil, Cânone, Crítica literária, Internet, Nativos digitaisResumo
Este artigo se propõe a conduzir algumas reflexões acerca dos lugares atualmente ocupados pela Literatura Juvenil Brasileira na contemporaneidade predominantemente eletrônica, considerando as interfaces dialógicas entre produção literária e novas tecnologias digitais, propiciadas em razão da dinâmica ditada pela publicação de livros impressos com base em conteúdos a priori cogitados no e para o ciberespaço. Diante disso, esse fenômeno imputa a necessidade de refletirmos a respeito das obras destinadas ao público adolescente, aquele que há muito intenta conquistar espaço de fala e escuta, sobretudo no campo literário. O debate é fundamentado nos aportes teóricos ofertados por estudiosos atuantes nessa seara temática. As digressões sugerem lançar perspectivas outras à Literatura dedicada aos jovens leitores em processo de formação, prezando pelo reconhecimento do impacto que as obras literárias desta atualidade inflige sobre os sujeitos que protagonizam a era digital do impresso.
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