O comportamento das vogais na língua indígena Aikanã / The behavior of vowels in the indigenous language Aikanã
Palavras-chave:
línguas indígenas, Aikanã, fonética, sistema vocálico.Resumo
Esta pesquisa advém de estudos do projeto Línguas indígenas do Cone-Sul de Rondônia e apresenta observações da pesquisa acerca do sistema vocálico da língua Aikanã, com exposição do quadro vocálico Aikanã mostrado por Vasconcelos (2002), por Silva (2012), por Storto (2019) e por transcrições realizadas a partir do mito indígena Tracajá (material áudio visual fornecido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi). De acordo com os estudos de Vasconcelos, diferentemente do uso feito pelos falantes do português brasileiro, as vogais no Aikanã transitam entre orais e nasais, alta, média e baixa, anterior não arredondada, central arredondada e não arredondada e posterior arredondada, flutuando entre alta, alta alta, menos alta, média, média média, média baixa, baixa e mais baixa. Segundo Vasconcelos (2002), a flutuação entre elas não depende de um condicionamento específico e há tendência de invasão vocálica da região média da cavidade oral, “espaços normalmente reservados para outros fonemas” (VASCONCELOS, 2002, p. 22). Para Silva (2012), a falta de estudos da língua sugere uma série de características fonológicas não definidas na língua Aikanã, pois as descrições das vogais que constam nos estudos anteriores registram de 5 a 6 vogais orais e 5 vogais nasais, o que não estabelece uma certeza. A partir das transcrições feitas, inicialmente, pudemos observar que, como propôs Silva (2012), a lei fonológica é duvidosa, pois, como ocorre com /o/, há uma flutuação constante entre [o] e [u], mas não há ocorrência de pares mínimos inegáveis entre esses alofones.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam neste periódico concordam com o seguinte:
1. Os autores detêm os direitos autorais dos artigos publicados; os autores são a única parte responsável pelo conteúdo dos artigos publicados; o artigo publicado está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons que permite o compartilhamento da publicação, desde que haja reconhecimento de autoria e publicação pela Revista Instrumento Crítico.
b. Os autores devem buscar permissão prévia do periódico para publicar seus artigos como capítulos de livros. Tais publicações devem reconhecer a primeira publicação pela Revista Instrumento Crítico.
c. Os autores podem publicar e distribuir seus trabalhos (por exemplo, em repositórios institucionais, sites de autores) a qualquer momento durante ou após o processo editorial pela Revista Instrumento Crítico.