O comportamento das vogais na língua indígena Aikanã / The behavior of vowels in the indigenous language Aikanã

Autores

  • Janaína Carvalho de Lima Silva Fundação Universidade Federal de Rondônia
  • Patrícia Goulart Tondineli

Palavras-chave:

línguas indígenas, Aikanã, fonética, sistema vocálico.

Resumo

Esta pesquisa advém de estudos do projeto Línguas indígenas do Cone-Sul de Rondônia e apresenta observações da pesquisa acerca do sistema vocálico da língua Aikanã, com exposição do quadro vocálico Aikanã mostrado por Vasconcelos (2002), por Silva (2012), por Storto (2019) e por transcrições realizadas a partir do mito indígena Tracajá (material áudio visual fornecido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi). De acordo com os estudos de Vasconcelos, diferentemente do uso feito pelos falantes do português brasileiro, as vogais no Aikanã transitam entre orais e nasais, alta, média e baixa, anterior não arredondada, central arredondada e não arredondada e posterior arredondada, flutuando entre alta, alta alta, menos alta, média, média média, média baixa, baixa e mais baixa. Segundo Vasconcelos (2002), a flutuação entre elas não depende de um condicionamento específico e há tendência de invasão vocálica da região média da cavidade oral, “espaços normalmente reservados para outros fonemas” (VASCONCELOS, 2002, p. 22). Para Silva (2012), a falta de estudos da língua sugere uma série de características fonológicas não definidas na língua Aikanã, pois as descrições das vogais que constam nos estudos anteriores registram de 5 a 6 vogais orais e 5 vogais nasais, o que não estabelece uma certeza. A partir das transcrições feitas, inicialmente, pudemos observar que, como propôs Silva (2012), a lei fonológica é duvidosa, pois, como ocorre com /o/, há uma flutuação constante entre [o] e [u], mas não há ocorrência de pares mínimos inegáveis entre esses alofones.

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Publicado

27/03/2020

Edição

Seção

Artigos