Monteiro Lobato: um ficcionista dos primórdios do Modernismo, atuante no combate às queimadas, ao extrativismo e à aristocracia rural / Monteiro Lobato: a fictionist of the beginnings of Modernism, active in the fight against fires, to extractivism and to rural aristocracy
Palavras-chave:
Monteiro Lobato, Urupês, combate às queimadas, crítica.Resumo
O escritor Monteiro Lobato está entre aqueles autores brasileiros que, de vez em quando, merecem uma revisão. Sua produção literária ficcional adulta, considerada, por parte da crítica consagrada, como realista ou pré-modernista, apresenta traços de modernismo avant le lettre. Antonio Candido, ao argumentar sobre o papel da literatura como elemento de apreensão da realidade brasileira, não cita Monteiro Lobato, mas isso não significa ausência deste aspecto na produção lobatiana. Um exemplo da transcendência do texto de Lobato é o seu embate contra a prática de queimadas, o extrativismo e o bucolismo retrógrado, capitaneado pela aristocracia rural, que refletia num atraso cultural e econômico da população brasileira. Aspectos estes observados, sobretudo, nos contos. Os contos de Lobato se caracterizam por uma ironia fina e sábia (BARBOSA, 1996, p. 48). Em alguns contos, como é o caso da obra Urupês, Lobato ataca o caboclismo, o mito do campo que fundamenta a aristocracia rural. Lobato requerera a falência do bucolismo (BRITO, 1997, p. 137). Os contos e as crônicas de Lobato contra a prática de queimadas e o extrativismo ainda continuam atuais e necessários. A situação problematizada por Lobato encontra analogia e ressonância no Brasil atual, tanto em virtude de aspectos arraigados na cultura brasileira quanto em função de decisões e ações governamentais.
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