REVISTA ELETRÔNICA LÍNGUA VIVA https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: 'Times New Roman', serif;">A Revista Eletr&ocirc;nica L&iacute;ngua Viva &eacute; uma publica&ccedil;&atilde;o semestral vinculada ao Centro de Pesquisa Lingu&iacute;stica da Amaz&ocirc;nia - CEPLA, da Funda&ccedil;&atilde;o Universidade Federal de Rond&ocirc;nia - UNIR e aberta &agrave; comunidade acad&ecirc;mica que se dedica a pesquisa nas &aacute;reas da humanidade, cultura e linguagem das comunidades africanas, afro-diasp&oacute;ricas, ind&iacute;genas e ribeirinhas da Amaz&ocirc;nia, incluindo as &aacute;reas de fronteiras. Seu principal prop&oacute;sito &eacute; a divulga&ccedil;&atilde;o da pesquisa, estimular a publica&ccedil;&atilde;o e o debate acad&ecirc;mico acerca da ampla tem&aacute;tica referente &agrave;s quest&otilde;es contextualizadas africanas, ind&iacute;genas e amaz&ocirc;nicas.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; font-family: 'Times New Roman', serif;">A Revista Eletr&ocirc;nica L&iacute;ngua Viva d</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; font-family: &quot;Times New Roman&quot;,&quot;serif&quot;; mso-fareast-font-family: &quot;Times New Roman&quot;; color: #111111; mso-fareast-language: PT-BR;">ivulga artigos, comunica&ccedil;&otilde;es, resenhas, teses, disserta&ccedil;&otilde;es, com periodicidade semestral, estando aberta n&atilde;o s&oacute; &agrave; comunidade acad&ecirc;mica, mas tamb&eacute;m a institui&ccedil;&otilde;es civis que corroborem com a produ&ccedil;&atilde;o do conhecimento, dentro do objetivo da revista, desde que tenham sido previamente apresentados, analisados e aprovados pelos consultores e conselheiros editoriais da mesma..</span></p><p>&nbsp;</p><p>&nbsp;</p> pt-BR REVISTA ELETRÔNICA LÍNGUA VIVA 2237-9800 UMA BREVE ABORDAGEM TIPOLÓGICA DOS PROCESSOS DE INCORPORAÇÃO EM LÍNGUAS AMERÍNDIAS https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/817 <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">A incorpora&ccedil;&atilde;o nominal &eacute; um mecanismo em que o nome com a fun&ccedil;&atilde;o sint&aacute;tica de argumento interno, em alguns casos tamb&eacute;m de argumento externo, de um verbo transforma-se em um modificador desse verbo, tendo como resultado um verbo complexo com um argumento menos que o verbo original. Os estudos funcional-tipol&oacute;gicos das l&iacute;nguas amer&iacute;ndias mostram que o complexo nome-verbo resultante forma uma &uacute;nica palavra fonol&oacute;gica, seguindo os padr&otilde;es fonol&oacute;gicos da forma&ccedil;&atilde;o de palavras da l&iacute;ngua em quest&atilde;o. Al&eacute;m disso, em v&aacute;rias l&iacute;nguas amaz&ocirc;nicas somente nomes obrigatoriamente possu&iacute;dos, sobretudo partes do corpo, podem ser incorporados. Em se tratando da incorpora&ccedil;&atilde;o nominal de nomes, subcategorizados como alien&aacute;veis, h&aacute; redu&ccedil;&atilde;o da val&ecirc;ncia do verbo, mas ao se incorporar um nome com a propriedade sem&acirc;ntica de inalien&aacute;vel, a val&ecirc;ncia do verbo n&atilde;o &eacute; afetada.</span></p> Angel Mori Corbera Copyright (c) 2014-08-22 2014-08-22 4 1 MARCAÇAO DIFERENCIAL DO OBJETO EM BANTU E EM TUPÍ-GUARANI https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1016 <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">A presente pesquisa busca mostrar que l&iacute;nguas bantu e l&iacute;nguas da fam&iacute;lia lingu&iacute;stica Tupi-guarani exibem marca&ccedil;&atilde;o diferencial do objeto. Para examinar tal fen&ocirc;meno, centro minha aten&ccedil;&atilde;o principalmente em tr&ecirc;s l&iacute;nguas, a saber: o Guarani, o Ka&rsquo;apor e o Changana. &Eacute; importante salientar que o Changana, tamb&eacute;m conhecida na literatura como Xitchangana, &eacute; uma das v&aacute;rias l&iacute;nguas nativas catalogadas pelo atlas geogr&aacute;fico de Mo&ccedil;ambique. Pertence ao ramo de l&iacute;nguas N&iacute;ger-Congo e &eacute; uma l&iacute;ngua majoritariamente falada no distrito de Gaza e em Maputo, regi&atilde;o sudeste de Mo&ccedil;ambique. Changana &eacute; ainda falada na &Aacute;frica do Sul e no Zimbabwe, pa&iacute;ses estes que se situam na regi&atilde;o de fronteira com Mo&ccedil;ambique.&nbsp; J&aacute; o Ka&rsquo;apor e o Guarani s&atilde;o l&iacute;nguas ind&iacute;genas brasileiras e ambas pertencem &agrave; fam&iacute;lia lingu&iacute;stica </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt; line-height: 150%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">Tup&iacute;-Guaran&iacute;, Tronco Tup&iacute;. O Ka&rsquo;apor &eacute; falado por cerca de 1000 pessoas e suas aldeias se localizam no estado do Maranh&atilde;o, na regi&atilde;o nordeste do Brasil. O Guarani, por sua vez, &eacute; falado na regi&atilde;o sul do Brasil, na Argentina e no Paraguaio. Para mais detalhes sobre o Guarani remeto o leitor &agrave; tese de doutorado de Martins (2003).</span><span style="font-size: 12pt;">&nbsp;</span></p><div><div id="ftn1"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">&nbsp;</p></div></div> Fabio Bonfim Duarte Copyright (c) 2014-08-22 2014-08-22 4 1 O RIO COMANDAVA A VIDA: O EXTRATIVISMO, A AGROPECUÁRIA E O SÓCIOAMBIENTALISMO NA AMAZÔNIA https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1017 <span style="font-size: 12.0pt; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: &quot;Arial Unicode MS&quot;; letter-spacing: 1.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA;">O processo hist&oacute;rico de conquista europeia na regi&atilde;o Amaz&ocirc;nica configurou uma economia e uma popula&ccedil;&atilde;o distintas do restante do pa&iacute;s. Tradicionalmente o homem e a sociedade amaz&ocirc;nica t&ecirc;m sido acusados de anacr&ocirc;nicos em raz&atilde;o de seu modo de vida predominantemente extrativista. Essa maneira de ver a Amaz&ocirc;nia muito tem de preconceitos valorativos baseados na ignor&acirc;ncia da forma&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica da regi&atilde;o desde antes da chegada do europeu. A explora&ccedil;&atilde;o dos recursos naturais foi de tal maneira praticada, que at&eacute; depois da metade do s&eacute;culo passado a floresta amaz&ocirc;nica continuava a apresentar-se praticamente em sua integralidade. Talvez por isso tudo salte aos olhos as aceleradas modifica&ccedil;&otilde;es que v&ecirc;m ocorrendo na regi&atilde;o nos &uacute;ltimos cinquenta anos. O homem amaz&ocirc;nico sempre respondeu &agrave;s demandas de sua rela&ccedil;&atilde;o com o meio ambiente. Criou nesse enorme territ&oacute;rio uma sociedade e um tipo de cultura singular e rico. &Eacute; dessas transforma&ccedil;&otilde;es e da trag&eacute;dia de um anacronismo mal pensado que aqui trataremos.</span> Dante Ribeiro da Fonseca Copyright (c) 4 1 OS INSTRUMENTOS MUSICAIS BRASILEIROS AEROFONES, CORDOFONES, IDIOFONES E MEMBRANOFONES DE ORIGEM BANTU https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1018 <p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">Este artigo pretende mostrar com base na disserta&ccedil;&atilde;o de mestrado: Denomina&ccedil;&otilde;es Bantu para Instrumentos Musicais: Um Estudo Hist&oacute;rico- Comparativo (Menezes, 2013), as poss&iacute;veis origens bantu para alguns termos relacionados e atestados como bantu&iacute;smos brasileiros presumidos de acordo com (Angenot, Angenot de Lima e Maniacky, 2013 &ndash; Gloss&aacute;rio de Bantu&iacute;smos Brasileiros Presumidos), especificamente, para instrumentos musicais. A metodologia utilizada foi de car&aacute;ter bibliogr&aacute;fico, visando identificar e comparar os grupos de cognatos correspondentes a cada forma encontrada no Brasil, nos dados que foram levantados nas v&aacute;rias l&iacute;nguas do dom&iacute;nio bantu.&nbsp;&nbsp;<strong></strong></span></p> Alzenir Mendes Martins de Menezes Copyright (c) 4 1 LEVANTAMENTO SOBRE AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS DO ENSINO DAS LÍNGUAS OFICIAIS NA FRONTEIRA BRASIL/BOLÍVIA, GUAJARÁ-MIRIM/GUAYARAMERIM PARA BRASILEIROS E BOLIVIANOS https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1132 <span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">A l&iacute;ngua &eacute; elemento primordial de uma cultura, em outras palavras, a atividade lingu&iacute;stica &eacute; elemento constitutivo das identidades culturais de um povo.</span><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;"> </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">Nesse sentido, o presente artigo tem por finalidade apresentar o levantamento das pol&iacute;ticas lingu&iacute;sticas adotadas para o atendimento aos alunos em escolas da fronteira Brasil/Bol&iacute;via, Guajar&aacute;-Mirim/Guayaramerim. Trata-se de uma an&aacute;lise de dados coletados atrav&eacute;s de uma pesquisa de campo realizada em duas escolas da rede p&uacute;blica de ensino da cidade de Guajar&aacute;-Mirim/RO e em duas escolas da rede p&uacute;blica de ensino da cidade Guayaramerim/BO. Nossa reflex&atilde;o inscreve-se nos procedimentos te&oacute;ricos e anal&iacute;ticos adotados pela pesquisa da Sociolingu&iacute;stica, atrav&eacute;s de uma pesquisa de campo e entrevistas. As pol&iacute;ticas lingu&iacute;sticas existem para refor&ccedil;ar a relev&acirc;ncia da diversidade lingu&iacute;stica em diferentes contextos, bem como, dinamizar a rela&ccedil;&atilde;o entre a l&iacute;ngua e a sociedade, num constante processo de mudan&ccedil;as. Nessa pesquisa apresentaremos a relev&acirc;ncia das pol&iacute;ticas lingu&iacute;sticas adotadas em escolas da rede p&uacute;blica de ensino numa &aacute;rea fronteiri&ccedil;a, para a valoriza&ccedil;&atilde;o da identidade lingu&iacute;stica desse lugar. E, assim, considerar o ambiente escolar como um valioso instrumento de intera&ccedil;&atilde;o da linguagem.</span> Antônia de Fátima Galdino da Silva Vezzaro Copyright (c) 4 1 O INVENTÁRIO FONÉTICO E FONOLÓGICO DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS DA LÍNGUA URU EU WAU WAU: UMA PESQUISA PRELIMINAR https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1133 <span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">O presente artigo tem o objetivo de realizar um estudo sobre </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: &quot;Times New Roman&quot;; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">o invent&aacute;rio fon&eacute;tico e fonol&oacute;gico dos segmentos voc&aacute;licos da l&iacute;ngua Uru Eu Wau Wau, </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">pertencente ao subgrupo Kagwahib, do ramo VI, da fam&iacute;lia lingu&iacute;stica Tupi-Guarani (TG), tronco Tupi, falada na TI </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: &quot;Times New Roman&quot;; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">Uru Eu Wau Wau</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: &quot;Times New Roman&quot;; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;"> O referido estudo compreende basicamente a constru&ccedil;&atilde;o de uma base de dados representativos da fam&iacute;lia lingu&iacute;stica ind&iacute;gena do povo Uru Eu Wau Wau, que de acordo com os dados, obtivemos informa&ccedil;&otilde;es estat&iacute;sticas importantes como, por exemplo, o n&uacute;mero m&aacute;ximo e/ou m&iacute;nimo de fonemas registrados na l&iacute;ngua, os fonemas de maior e/ou menor ocorr&ecirc;ncia, entre outras. Sabe-se, que ao longo do s&eacute;culo XX, muitos estudos foram desenvolvidos &agrave; luz das teorias lingu&iacute;sticas sobre diversas l&iacute;nguas ind&iacute;genas brasileiras, para fins de descri&ccedil;&atilde;o fon&eacute;tica e fonol&oacute;gica, bem como, uma produ&ccedil;&atilde;o de conhecimentos para o reconhecimento, valoriza&ccedil;&atilde;o e preserva&ccedil;&atilde;o dessas l&iacute;nguas, por conseguinte, de sua cultura. Ap&oacute;s reunir uma bibliografia dispon&iacute;vel sobre a l&iacute;ngua Uru Eu Wau Wau, foi feita uma leitura cr&iacute;tica sobre o invent&aacute;rio fon&eacute;tico e fonol&oacute;gico dos segmentos voc&aacute;licos da l&iacute;ngua Uru Eu Wau Wau, a fim de fazer uma an&aacute;lise fonol&oacute;gica dos segmentos voc&aacute;licos apresentados com base nos autores Netto &amp; Moraes (1992), e tamb&eacute;m, Sampaio (1998). Dessa maneira, ser&aacute; poss&iacute;vel realizar o estudo fon&ecirc;mico da l&iacute;ngua ind&iacute;gena, para a convers&atilde;o da linguagem oral em c&oacute;digo escrito (Silva, 2013). Numa futura pesquisa, fazer um levantamento de dados (corpus lexical, fon&eacute;tico e fonol&oacute;gico) para uma completa descri&ccedil;&atilde;o da l&iacute;ngua Uru Eu Wau Wau.</span> Antônia de Fátima Galdino da Silva Vezzaro Copyright (c) 4 1 PRONOMINALIZAÇÃO EM ORO WARAM (ORO WARI’ NORTE, PACAAS NOVAS, TXAPAKURA): FORMAS CONDICIONADAS PELO TAM https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1137 <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">Este trabalho tem por objetivo lan&ccedil;ar algumas reflex&otilde;es sobre os marcadores pronominais e suas diversas express&otilde;es a partir do condicionante TAM (tempo, modo e aspecto) nos dados do Oro Waram, variante do Oro Wari (Paca&aacute;s Novos), fam&iacute;lia isolada Txapakura, cujo trabalho encontra-se em fase de descri&ccedil;&atilde;o. A variante Oro Waram possui uma estrutura anal&iacute;tica. A ordem dos constituintes oracionais &eacute; VOS. Entre o V e o O aparecem as formas pronominais, indicando a no&ccedil;&atilde;o gramatical de n&uacute;mero (singular, plural, inclusivo e exclusivo), pessoa (1&ordf;., 2&ordf;. e 3&ordf;.) e g&ecirc;nero (m., f. e n.). Por tratar-se de l&iacute;ngua com estrutura anal&iacute;tica, ser&aacute; nas palavras gramaticais que ocorrer&aacute; uma fus&atilde;o de n&uacute;mero-pessoa-g&ecirc;nero. Nas formaliza&ccedil;&otilde;es pronominais, nem sempre a marca do pronome ser&aacute; a mesma para as 3s. pessoas, e isso ser&aacute; condicionada pelo TAM (Tempo, Aspecto e Modo). Por exemplo: o marcador de 1&ordf;. pessoa pronominal com fun&ccedil;&atilde;o de sujeito de uma ora&ccedil;&atilde;o principal (presente ou passado) &eacute; &lsquo;<sup>ʔ</sup>na&rsquo;; na forma de futuro ser&aacute; &lsquo;taʔ&rsquo;. Apesar de n&atilde;o ser uma l&iacute;ngua ergativa, h&aacute; uma cis&atilde;o na forma dos marcadores pessoais. Nesse caso, suspeitamos, com os dados iniciais, que a express&atilde;o de pessoa tem condicionantes semelhantes aos da ergatividade, mas no caso do Oro Waram, a transitividade n&atilde;o engatilhar&aacute; o sistema ergativo-absolutivo. Dixon (1994) prop&otilde;e para a mistura dos sistemas de caso nominativo-acusativo e absolutivo-ergativo 4 fatores, a saber: natureza sem&acirc;ntica do verbo principal; natureza sem&acirc;ntica do NP n&uacute;cleo; condi&ccedil;&atilde;o do tempo, aspecto e do modo da ora&ccedil;&atilde;o; status gramatical da cl&aacute;usula: se principal ou subordinada. A an&aacute;lise provis&oacute;ria dos dados permite dizer que a manifesta&ccedil;&atilde;o de pessoa, em Oro Waram, &eacute; condicionada pelos dois &uacute;ltimos fatores propostos por Dixon (2004), mesmo n&atilde;o sendo l&iacute;ngua com tipologia ergativa.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; line-height: 150%;"><strong><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; font-family: &quot;Arial&quot;,&quot;sans-serif&quot;;">&nbsp;</span></strong></p> Selmo Azevedo Apontes Copyright (c) 4 1 DENOMINAÇÕES BANTU PARA INSTRUMENTOS MUSICAIS: UM ESTUDO HISTÓRICO-COMPARATIVO https://periodicos.unir.br/index.php/linguaviva/article/view/1131 A presente disserta&ccedil;&atilde;o est&aacute; fundamentada nos princ&iacute;pios da Lingu&iacute;stica Hist&oacute;rica- Comparativa, que trata de estabelecer o parentesco entre as l&iacute;nguas e interpreta n&atilde;o s&oacute; a semelhan&ccedil;a entre as ra&iacute;zes lexicais, mas, principalmente, as semelhan&ccedil;as entre as estruturas gramaticais e, assim, mostra as consequ&ecirc;ncias de uma mesma origem. Prop&otilde;e-se fazer um levantamento de dados nas v&aacute;rias l&iacute;nguas/dialetos bantu para identificar, descrever e analisar os poss&iacute;veis cognatos para instrumentos musicais das quatro classifica&ccedil;&otilde;es: aerofones (chifre, flauta, trompete); cordofones (arco-musical, c&iacute;tara, harpa, guitarra); idiofones (caba&ccedil;a, chocalho, lamelofone, sino, xilofone); membranofones (tambor, cu&iacute;ca). Trabalhou-se com as proto-formas bantu reconstru&iacute;das (cf. BLR 3 &ndash; Reconstru&ccedil;&otilde;es Lexicais Bantu) objetivando encontrar, selecionar e analisar os grupos de reflexos referentes &agrave; cada forma. Prop&ocirc;s-se contribui&ccedil;&otilde;es de forma complementar &agrave;s reconstru&ccedil;&otilde;es do BLR 3 e vinte e tr&ecirc;s novas propostas de reconstru&ccedil;&otilde;es etimol&oacute;gicas, algumas para instrumentos musicais que ainda n&atilde;o existem reconstru&ccedil;&otilde;es. Formulou-se regras fon&eacute;tico/fonol&oacute;gicas para explicar os fen&ocirc;menos ocorridos em cada l&iacute;ngua/dialeto, diante dos grupos de reflexos para as reconstru&ccedil;&otilde;es j&aacute; existentes, e tamb&eacute;m de outros grupos de cognatos presumidos. Constatou-se mudan&ccedil;as sem&acirc;nticas prov&aacute;veis encontradas em alguns grupos de cognatos para as propostas etimol&oacute;gicas e em grupos de reflexos referentes &agrave; algumas formas reconstru&iacute;das. Exemplo: *[ːᵐ &iacute;] &lsquo;Arco Musical, Guitarra, Harpa&rsquo;/ *[ʧ ːᶮʤ ] &lsquo;Lamelofone, Chocalho, C&iacute;tara&rsquo;/ *[d ːᵑ ] &lsquo;C&iacute;tara, Harpa, Flauta, Lamelofone&rsquo;/ *[b da] &lsquo;Lamelofone, Xilofone&rsquo;/ &deg;[ʧaːᵑ a] &lsquo;Chocalho, Harpa&rsquo;/ &deg;[ɛːᵐbɛ] &lsquo;Lamelofone, Xilofone&rsquo;. O levantamento de dados resultou de pesquisas bibliogr&aacute;ficas nos mais de 4.000 t&iacute;tulos entre dicion&aacute;rios, l&eacute;xicos, gram&aacute;ticas e artigos consignados ao MCL &ndash; Mestrado em Ci&ecirc;ncias da Linguagem, da Universidade Federal de Rond&ocirc;nia, Campus de Guajar&aacute;- Mirim pelo prof. Dr. Jean-Pierre Angenot. Alzenir Mendes Martins de Menezes Copyright (c) 4 1