PERFIL SOCIOCONÔMICO DOS TRABALHADORES FORMAIS DO SETOR AGROPECUÁRIO DOS ESTADOS DA BAHIA E DO CEARÁ (1998/2010)
DOI:
https://doi.org/10.18361/2176-8366/rara.v10n3p139-156Palavras-chave:
Setor agropecuário, Ocupados formais, Bahia, Ceará.Resumo
As transformações no mundo do trabalho mediante mecanização das atividades agropecuárias causaram significativos rebatimentos em termos de oferta, qualidade e estabilidade nos postos formais de trabalho. Diante de tal conjuntura, objetiva-se comparar o perfil socioeconômico dos trabalhadores formais do setor agropecuário nos estados da Bahia e Ceará no período de 1998 e 2010. Propõe-se que o emprego formal desse setor tem absorvido os impactos da mecanização de forma acentuada. Metodologicamente, utiliza-se uma revisão da literatura acerca da mecanização agropecuária e seus desdobramentos no emprego formal. Além disso, utilizam-se os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para os anos de 1998 e 2010. Os principais resultados apontam que 89,06% dos ocupados da Bahia são homens contra 87,68% no Ceará, com idade predominante de 30 a 39 anos em ambos os Estados. Apesar dos cearenses terem mais anos de estudo, recebiam menores salários que os baianos, contrariando a teoria do capital humano. Todavia, a rotatividade é elevada nos dois Estados em estudo, sendo mais intensa para os cearenses. Desse contingente 71,17% dos ocupados formais na agropecuária permaneciam por até 02 anos no tempo de serviço no Ceará contra 69,9% na Bahia.