As práticas de sustentabilidade e de responsabilidade social aplicadas nas micro e pequenas empresas e em microempreendedores individuais de Vilhena-Ro.

Autores

  • Elienai Castro da Silva Santos Universidade Federal de Rondônia - Campus de Vilhena
  • José Kennedy Lopes Silva Universidade Federal de Rondônia
  • Rafaela Maiara Caetano Universidade Federal de Lavras - UFLA

DOI:

https://doi.org/10.18361/2176-8366/rara.v11n4p1-20

Palavras-chave:

Sustentabilidade. Responsabilidade social. Indicadores de sustentabilidade para microempresas. MEI.

Resumo

As práticas de sustentabilidade e de responsabilidade do social em organizações como as de microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas têm significativa contribuição para o país, considerando que essas organizações desempenham papel fundamental no desenvolvimento econômico dos municípios, principalmente aqueles com características como as de Vilhena, Rondônia, onde esses tipos de pequenos empreendimentos são maioria e responsáveis por importante parcela da economia local. Com base nesse contexto, é justificada a discussão central deste trabalho, que se dá por meio do reconhecimento da importância da adoção de práticas de sustentabilidade e de responsabilidade social nos MEI e microempresas. Assim, é essencial visar à redução de impactos ambientais e contribuir de maneira efetiva para um desenvolvimento sustentável. Embora se trate de pequenas empresas, os impactos causados por elas devem ser analisados, principalmente por gerarem um efeito acumulativo. A pesquisa foi direcionada pela seguinte questão: quais são as práticas de gestão relacionadas à responsabilidade social e à sustentabilidade desenvolvidas nos MEI e microempresas do município de Vilhena-RO? Desse modo, o objetivo deste estudo é apresentar as ações de responsabilidade social e sustentabilidade dos MEI e microempresas. O referencial teórico deste trabalho constitui-se das discussões sobre os conceitos de sustentabilidade e seus indicadores, em uma síntese dos debates sobre responsabilidade social, e sobre as características das micro e pequenas empresas. O trabalho centra-se também na defesa que a adoção de indicadores de sustentabilidade e responsabilidade social fornece à organização parâmetros para facilitar a avaliação do grau de sustentabilidade do negócio. Os indicadores também permitem o monitoramento do desenvolvimento e das tendências, ajudando a definir metas e melhorias e a formular e a reformular políticas. A partir de filosofias ambientais, podem-se mensurar os diferentes graus de sustentabilidade do seguinte modo: sustentabilidade muito fraca, sustentabilidade fraca, sustentabilidade forte e sustentabilidade muito forte. A metodologia utilizada é qualitativa, com base na coleta de dados por meio de formulário com a descrição de indicadores de gestão responsável e sustentável, adaptado do Instituto Ethos-Sebrae. Esse formulário foi aplicado aos gestores das micro e pequenas empresas e MEI. A análise dos dados coletados nas organizações foi realizada a partir da classificação discutida por Pearce (1993), citado por Van Bellen (2006), sobre sustentabilidade muito fraca, fraca, forte e muito forte, para que fosse possível identificar as práticas de gestão relacionadas à responsabilidade social e à sustentabilidade desenvolvidas pelas organizações investigadas. Os resultados obtidos para o indicador estratégia e sustentabilidade foi considerado muito fraco. Percebe-se que as organizações estão preocupadas em fazer somente o necessário para se manter ativas no mercado, cuidando do seu desempenho financeiro e buscando melhorias no relacionamento com os clientes. Foi observado que o relacionamento com a comunidade local pode ser visto de maneira negativa, sendo um indicador considerado muito fraco. A dimensão ambiental não alcançou desempenho satisfatório, ficando evidente que essas organizações não têm buscado medidas voltadas para a sustentabilidade. Foi identificado que as organizações não têm praticado ações sustentáveis. Ainda permanece a visão de que o impacto gerado pelos pequenos empreendimentos não necessita ser gerenciado. A falta de conhecimento demonstrada por muitos gestores confirma que há necessidade de aprendizado sobre a temática. Os órgãos de apoio a essas empresas devem reforçar tópicos sobre sustentabilidade, esclarecendo e aprimorando o conhecimento quanto às práticas que podem ser incorporadas. Mesmo que sejam considerados pequenos, os acúmulos dessas empresas geram efeitos que podem causar danos ao meio ambiente.

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Biografia do Autor

Elienai Castro da Silva Santos, Universidade Federal de Rondônia - Campus de Vilhena

Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Rondônia - Campus de Vilhena

José Kennedy Lopes Silva, Universidade Federal de Rondônia

Estudante de Doutorado do Programa de Pós-gradução em Administração da Universidade Federal de Lavras (PPGA-UFLA)
Mestre em Administração pelo Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal de Rondônia (PPGA-UNIR)
Docente do Departamento Acadêmico de Administração da Universidade Federal de Rondônia - Campus Vilhena.

Rafaela Maiara Caetano, Universidade Federal de Lavras - UFLA

Estudante de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras (PPGA-UFLA)
Mestre em Economia Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação em Economia do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

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Publicado

06-02-2020