SISTEMA INTEGRADO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA COMO ALTERNATIVA DE SUBSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA OS POVOS INDÍGENAS DO LAVRADO DE RORAIMA

Resumo

Este artigo tem como objetivo demonstrar o Sistema Integrado de Lavoura-Pecuária-Floresta (SILPF) como alternativa de subsistência e desenvolvimento sustentável dos povos indígenas da Região do Lavrado de Roraima, a partir do mapeamento de conhecimentos disponibilizados nas bases de consulta de periódicos técnico-científicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e de outras fontes de consultas especializados em Ciências Agrárias e Ciências Ambientais disponíveis em diversas instituições e em órgãos públicos e privados. No mapeamento de informações sobre o SILPF selecionou-se um estudo elaborado pela EMBRAPA (2016) sobre a ILPF no Brasil em Números, pesquisa da qual foi possível extrair informações relevantes para a obtenção dos objetivos propostos nesse trabalho. O mapeamento das características etnográficas dos povos indígenas de Roraima e do perfil socioeconômico e socioambiental das comunidades indígenas da Região do Lavrado de Roraima (Região do Taiano) foi realizado nas bases de consultas da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do Instituto Socioambiental (ISA), onde foi possível identificar um levantamento realizado pelo referido órgão sobre as características do perfil socioeconômico e socioambiental dos povos indígenas de Roraima. Esse estudo serviu de base para a caracterização dos aspectos socioambientais dos povos indígenas mais importantes do Lavrado de Roraima: Macuxi e Wapichana. A abordagem desse estudo é de caráter qualitativo. Os resultados demonstrados nesse estudo indicam que essa tecnologia pode constituir-se como uma alternativa de subsistência e desenvolvimento sustentável para os povos indígenas da Região do Lavrado de Roraima, por ser um sistema de produção que apresenta vários benefícios e vantagens tanto para o pecuarista: redução do impacto ambiental e recuperação de pastagens como para o agricultor: redução do risco financeiro e aumento da rentabilidade por hectare.