PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA MANDIOCA EM FARINHA E SUA DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA PELA COMUNIDADE JOSE GONÇALVES RIO PURUS MUNICÍPIO DE LÁBREA-AMAZONAS E INHAMBANE EM MOÇAMBIQUE

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DOI:

https://doi.org/10.18361/2176-8366/rara.v16n4p25-38

Resumo

A mandioca é um vegetal de grande preponderância na dieta alimentar e nutricional em diversos países do globo terrestre. Evidências genéticas e botânicas referem que a mandioca foi domesticada no sudoeste da bacia amazônica, região que inclui hoje o município de Lábrea. De lá, iniciou a dispersão protagonizada pelos portugueses no século XVI que fizeram chegar em Inhambane-Moçambique, onde contribuiu para a alteração da estrutura agroalimentar e das relações de produção. O objetivo dessa pesquisa consiste em comparar os processos de transformação da mandioca em farinha e sua distribuição geográfica pela comunidade José Gonçalves rio Purus município de Lábrea-Amazonas e na Provincia de Inhambane em Moçambique. A metodologia adotada baseou-se no levantamento bibliográfico de trabalhos científicos disponíveis em plataformas online. Também foi realizada a pesquisa de campo com recurso a observação e aplicação de questionários semi-estruturados. Os resultados da pesquisa comprovaram que a mandioca em ambas as áreas geográficas de estudo garante a segurança alimentar e renda familiar. A transformação da mandioca deve ser vista na perspectiva genética, de derivados alimentares, simbólica (nativa/sagrada) e econômica. Em Lábrea cultiva-se mais a mandioca flexa amarela, enquanto em Inhambane as variedades introduzidas pelo PROSUL (chinhebwe, clone 4 e amarelinha). Quanto a circulação/distribuição geográfica abastece o Amazonas, Acre, Rondônia e Bolívia, enquanto a mandioca de Inhambane e seus derivados circula por todo território moçambicano, Zimbabwe e África do Sul.

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Publicado

07-02-2025