Perfil das Pessoas Privadas de Liberdade que Cometeram Crimes Contra a Vida e o Patrimônio
Palavras-chave:
SENTENÇA, IDADE, CRIME, FAMÍLIA.Resumo
O público inicial deste estudo foi composto por 442 pessoas privadas de liberdade. Destas, 266 estavam presas pelos crimes tipificados nos Artigos 121 e 157 do Código Penal Brasileiro. Dos participantes, 119 tiveram sentenças julgadas por crimes de homicídio e latrocínio. O objetivo foi identificar o perfil desses apenados por meio de um levantamento do Sistema de Informação de Pessoas Presas do Rio Grande do Sul – INFOPEN, cujas informações foram organizadas em categorias. Nos resultados da categoria de naturalidade, 89% dos apenados eram do Rio Grande do Sul. Em relação ao acompanhamento familiar, 94% dos presos receberam visitas no último ano. Quanto à escolaridade e profissão, como grande parte da população carcerária do país, 49% dos presos tinham ensino fundamental incompleto. Em relação à primeira prisão, 42% dos participantes tinham entre 18 e 21 anos, seguidos por 27% entre 22 e 25 anos. A idade atual de 61% dos participantes estava entre 18 e 35 anos, enquanto 27% tinham entre 36 e 45 anos. Referente ao tempo de condenação, 35% dos apenados foram condenados a até 20 anos e 32% entre 21 e 29 anos. Cerca de 20% dos participantes foram condenados a penas entre 30 e 49 anos. Ao analisar o comportamento dos presos em relação às faltas cometidas dentro do sistema penitenciário, foram registradas 119 apreensões de celulares, nove brigas entre detentos, seis apreensões relacionadas a bebidas e drogas, e uma fuga. Por fim, a reincidência ficou em 61% dos apenados com dois ou mais crimes julgados.
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