Do felino à ferina:

a oscilação entre humano e animal em As horas nuas, de Lygia Fagundes Telles

Autores

  • Felipe Garcia de Medeiros IFRN

DOI:

https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.11.n.1.p.9-23

Resumo

O romance As horas nuas é o exemplo ímpar na literatura brasileira de como animais e humanos são confrontados. Por meio de um processo de fragmentação narrativa que se alterna, sobretudo, entre a história da protagonista Rosa e o passado espiritual do seu gato Rahul, emoldurado pelo modo fantástico, pode-se deslindar as vicissitudes inerentes ao humano e ao animal lançados numa constante busca de si que culmina na colisão desses polos durante as crises e, consequentemente, na união tensa e breve entre as espécies. A partir dos referenciais O animal que logo sou, de Derrida (2011), Por que olhar os animais?, de John Berger (2021), O silêncio dos animais, de John Gray (2019), O fantástico, de Remo Cesarini (2006) e outros, o objetivo desta análise é justamente compreender a fragmentação desse sujeito pós-64 na oscilação entre humano e animal, a crise da união desse duplo, na obra de Lygia Fagundes Telles.

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Publicado

30/06/2024