Memória, identidade e irmandade de mulheres negras:
adentrando Um outro Brooklyn, de Jacqueline Woodson
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.11.n.2.p.458-473Abstract
O presente trabalho propõe uma análise do romance Um outro Brooklyn, da escritora estadunidense Jacqueline Woodson. A partir das reflexões de Evaristo (2005; 2020) e Collins (2019), pretende-se sublinhar a importância da obra em questão para a promoção de representações autênticas acerca da experiência de mulheres negras sob os moldes da ficção. O “eu” é, conforme Collins (2019), o lugar privilegiado para o exercício da autodefinição, primeira etapa do processo de romper com as imagens externas da condição negra feminina. Portanto, almeja-se apresentar uma leitura com destaque para os aspectos da memória e da irmandade, sem perder de vista um olhar crítico para as forças que atuam sobre os corpos. Caminhando em direção oposta ao “exotismo” apontado por Lorde (2019), destaca-se o comprometimento da narrativa com a experiência genuína, distanciada de estereótipos racistas tão comuns à tradição literária canônica.
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