“Zé Pelintra desceu”: exclusão, subversão e trânsito cultural
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.5.n.1.p.137-156Palavras-chave:
Marginalidade, subversão, religiosidadeResumo
Inúmeras canções e obras literárias tematizam diversos personagens marginalizados. Dentre estes, temos a imagem do malandro, aquele personagem que, apesar de cometer pequenas contravenções, relativiza a lógica da modernização. O malandro, além de participar da ocupação do espaço urbano de modo errante, geralmente apresenta uma vida marcada por grandes vulnerabilidades. Apesar disso, o malandro desenvolve certas habilidades e destrezas em decorrência da necessidade de superar as mazelas com as quais se depara ao longo da vida. Merece destaque o arquétipo do malandro incorporado à entidade do sincretismo religioso denominada Zé Pelintra. Em algumas produções artísticas, assim como no imaginário popular, a entidade é considerada capaz de romper com os grilhões que aprisionam os fracos e os oprimidos. Assim, Zé Pelintra busca linhas de fugas e desliza por entre os mecanismos de captura e de exclusão dos grupos dominantes em proveito de uma vida livre das imposições e das segregações a ele impostas. Para pensar tais questões, será apresentado um trabalhado fundamentado na literatura comparada e será tomado de empréstimo alguns conceitos de autores da filosofia e dos estudos culturais, a exemplo de Walter Benjamin, Gilles Deleuze e Homi Bhabha.
Palavras-chave: Marginalidade; subversão; religiosidade.
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