Parintins, entre a capital e a selva, a cidade-flutuante
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.4.n.2.p.29-48Abstract
O romance Um pedaço de lua caía na mata (1990) do escritor manauara de origem judaica sefardita, Paulo Jacob, faz uma análise da cidade de Parintins, no contexto da época gomífera. Proclamado como o primeiro romance autobiográfico do autor, a obra revela-se ser, no entanto, um texto de denúncia, em que a cidade se ergue como personagem, em corpo político e social. Dividida entre os espaços geoeconômicos das capitais regionais e da selva e as disputas políticas entre o coronel da borracha local e o governador do estado, Parintins é um território fragmentado, marcado pela usurpação e pela violência. Nesse contexto, o protagonista judeu Salomão (o clandestino de fora), alia-se ao índio Jauaperi (o clandestino de dentro), na luta por uma cidade mais justa, independente e inclusiva. Na análise que proponho, a imagem do caçador furtivo de Simon Harel (“migrant braconnier”) pode ser usada como chave de interpretação para a estratégia de reapropriação territorial proposta por Jacob. Munidos de um sentimento de despossessão partilhado, autóctone e alóctone seriam os símbolos de uma força transgressora somada, essencial na luta contra a opressão endógena e exógena sobre Parintins.Downloads
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Pubblicato
28/11/2017
Fascicolo
Sezione
Artigos
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