Ancestralidade em Negrada (1995), de Maria Helena Vargas da Silveira (1940-2009):
uma inscritura negrofeminina gaúcha
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.11.n.2.p.329-347Resumo
Quando elencamos uma lista de obras de autoria de mulheres negras brasileiras, percebemos que, em comparação às publicações de homens brancos, são ainda escassas. Quando esse recorte perpassa as regiões e estados brasileiros surge uma grande lacuna ao sul do país. Contudo, há obras de autoria de mulheres negras no Rio Grande do Sul e é a partir dessa afirmação que busco compreender os mecanismos que tentam silenciar e deslegitimar essas obras e autoras. Pensando em outras ferramentas de análise (Lorde, 2019), elenco a ancestralidade como ponto central de discussão e em diálogo com a escrevivência (Evaristo, 2005; 2007), com a Dororidade (Piedade, 2019), com a Literatura Afro-feminina (Santiago, 2012) e outras correntes epistemológicas afro-brasileiras para compreender sob este viés a obra Negrada (1995), da gaúcha Maria Helena Vargas da Silveira (1940-2009), que escolhe para si o epíteto de Helena do Sul. As 21 narrativas tecem um Rio Grande do Sul negro e as tessituras de sobrevivência e resistência. Personagens, espaços, raízes expostas e inscritas na pele-memória de cada “referência” compõem Negrada (1995) transcritas em contos e crônicas.
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