O ERÓTICO NATURAL NA VOZ POÉTICA EM ELIANE POTIGUARA

Autores

  • Márcia Dias dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.13.n.1.5158

Resumo

Em tempos de insurgências laureadas por um ativismo literário, promover discussões tendo como mote textos que desburocratizam a estada de espaços antes privilegiados, permite-nos instaurar uma dinâmica de propostas de leituras que promove demarcação de uma nova estética literária sendo ela híbrida e descolonizadora. Assim, este trabalho tem como corpus poemas escritos pela autora indígena Eliane Potiguara, na obra Metade Cara, Metade Máscara. A obra em estudo apresenta noções de identidade indígena, engajamento político, feminilidade, amor, memória, auto-história, entre outras questões e instala-se no campo literário como um discurso de resistência na multissignificada voz de Potiguara. O objetivo deste artigo é identificar, nos poemas, o erotismo, destacando de que forma a voz enunciativa indígena apresenta, ao mesmo tempo um discurso de resistência, luta e força e evidencia a sexualidade feminina nesse processo emancipatório da mulher indígena. Subsidiaram nossas discussões, entre outros autores, Graúna (2013); Thiél  (2012); Dalcastagnè (2012); Paz (1972;1999) e Oliveira (2017). Nessa perspectiva, convém destacar que se torna necessário ampliar as discussões acerca do tema erotismo na literatura indígena, tendo em vista que se cria um espaço de diálogo para reverter noções preconceituosas e que cria novas abordagens dos discursos, até então “não autorizados”.

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Publicado

04/05/2020

Como Citar

dos Santos, M. D. (2020). O ERÓTICO NATURAL NA VOZ POÉTICA EM ELIANE POTIGUARA. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 13(1). https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.13.n.1.5158