VIAGENS, VIAJANTES E NARRATIVAS: LEITURAS DE TRÂNSITOS
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.13.n.1.5193Resumo
Raquel Ishii é filha do trânsito de fronteiras, línguas e pessoas. A exemplo de inúmeras mulheres e homens de diversas localidades do mundo, o amálgama está no cerne de sua trajetória: seu avô, nascido no Japão, migrou “apátrida” em busca de outros ares e, em andanças sul-americanas, no Brasil, conheceu uma paraguaia, filha de pai alemão e mãe Guarani Mbya, com quem se casou, confrontando a visão racista de sua família, que não via com bons olhos a mistura de um japonês com uma “bugre dos pampas”. Juntos, viveram na cidade de São Paulo, onde nasceram e cresceram seus filhos. Um deles, Alberto, em deslocamentos pelas Amazônias, conheceu o garimpo, a floresta, o mercado transfronteiriço e a filha de trabalhadores dos “mundos da borracha”, que residia na periferia de Rio Branco e decidiu acompanhá-lo em aventuras nas desventuradas lides das áreas garimpeiras da Amazônia rondoniense.