A língua e os olhos: o princípio da vidência em Manoel de Barros e Arthur Rimbaud

Autores

  • Paulo Benites
  • Eduardo Veras

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.1.6379

Resumo

Este ensaio parte da relação entre o projeto poético de Manoel de Barros e a tradição da lírica moderna, mais especificamente o diálogo com a obra e o pensamento de Arthur Rimbaud. Aventamos a hipótese de que a poesia de Barros, em profundo diálogo com a do poeta francês, se dá em uma constante reconfiguração do sujeito lírico, marcada, sobretudo, pelo imenso desregramento de todos os sentidos, exercício poético possibilitado pela configuração imagética de sua poesia. Nossas discussões apontam para uma das linhas de força mais significativas da poesia brasileira contemporânea, qual seja, expandir os limites entre os tempos da lírica moderna e contemporânea, de modo a perceber que tanto a poética de Rimbaud quanto a de Manoel de Barros, ainda que com recursos que marcam a diferença entre ambos, são projetos heterogêneos

 

ABSTRACT

This paper is based on the relationship between Manoel de Barros' poetic project and the tradition of modern lyric, more specifically the dialogue with the work and thought of Arthur Rimbaud. We hypothesize that Barros's poetry, in deep dialogue with that of the French poet, takes place in a constant reconfiguration of the lyrical subject, marked, above all, by the immense unruly ness of all senses, poetic exercise made possible by the imagery configuration of his poetry. Our discussions point to one of the most significant lines of force of contemporary Brazilian poetry, that is, to expand the limits between the times of modern and contemporary lyric, in order to realize that both Rimbaud's poetics and Manoel de Barros's poetics, although with resources that mark the difference between both, are heterogeneous projects.

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Publicado

15/05/2021

Como Citar

Benites, P., & Veras, E. (2021). A língua e os olhos: o princípio da vidência em Manoel de Barros e Arthur Rimbaud. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 14(1). https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.1.6379