O meu cabelo crespo: elemento de beleza, orgulho e identidade afrodescendente

Autores

  • Manuela Luiza de Souza Bacharelanda em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri http://orcid.org/0000-0002-2549-265X
  • Roberta Maria Ferreira Alves Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.2.6446

Resumo

A proposta pretende verificar como se encena a padronização do que é belo nos contextos literário, cinematográfico, musical e como um modelo capilar pode ser delimitador de poder/submissão; superioridade/subalternidade; identidade/incompatibilidade. Para estabelecermos essa análise comparativa temos como corpus literários o romance Americanah (2014), da escritora nigeriana Chimamanda Adichie, o romance Esse Cabelo: a tragicomédia de um cabelo crespo que cruza fronteiras (2017), da angolana Djaimilia Almeida; o conto Pixaim (2011), da brasileira Cristiane Sobral; como corpus cinematográfico utilizamos o curta metragem Hair Love (2019), do diretor estadunidense Matthew A. Cherry e, finalizamos, com a canção Olhos Coloridos (1995), do compositor brasileiro Macau. Nosso estudo fundamenta-se a partir da contextualização da imposição do padrão de beleza europeu na sociedade colonizada, no uso dos cabelos na obra de Adichie e por fim uma comparação entre algumas obras e a importância dos cabelos nelas. Para discutir as passagens destacadas, utilizamos pesquisadores que debatem a questão racial: bell hooks; Frantz Fanon; Roney Willian; Nilma Gomes e Djamila Ribeiro. Nesse sentido, o material delineado nos permite analisar de maneira direta e indireta a existência do preconceito quanto ao uso dos cabelos crespos e a imposição de um estereótipo único de beleza.


Abstract

The proposal intends to verify how the standardization of what is beautiful is staged in the literary, cinematographic, musical contexts and how a capillary model can be a delimiter of power / submission; superiority / subordination; identity / incompatibility. To establish this comparative analysis, we have as literary corpus the novel Americanah (2014), by the Nigerian writer Chimamanda Adichie, the novel Esse Cabelo: a tragicomédia de um cabelo crespo que cruza fronteiras (2017), by Angolan Djaimilia Almeida; the short story Pixaim (2011), from Brazilian Cristiane Sobral; as a cinematographic corpus we use the short film Hair Love (2019), by the American director Matthew A. Cherry and, we conclude, with the song Olhos Coloridos (1995), by the Brazilian composer Macau. Our study is based on the imposition contextualization of the European beauty standard in colonized society, in the use of hair in Adichie's work and finally a comparison between some works and the importance of the hair in them. To discuss the highlighted passages, we use researchers who debate the racial issue: bell hooks; Frantz Fanon; Roney Willian; Nilma Gomes and Djamila Ribeiro. In this sense, the outlined material allows us to analyze directly and indirectly the existence of the prejudice regarding the use of curly hair and the imposition of a unique beauty stereotype.

 

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Biografia do Autor

Manuela Luiza de Souza, Bacharelanda em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Estudante do Curso de Ciência e Tecnologia

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Publicado

10/06/2021

Como Citar

de Souza, M. L., & Alves, R. M. F. (2021). O meu cabelo crespo: elemento de beleza, orgulho e identidade afrodescendente. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 14(2). https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.2.6446

Edição

Seção

DOSSIÊ REVERBERAÇÕES DE VOZES FEMININAS NAS LITERATURAS INDÍGENAS E AFRICANAS