A RESISTÊNCIA À REIFICAÇÃO NO CONTO “ÀS MARGENS DO ITUXY” DE HÉLIO ROCHA

Resumo

Este artigo tem como eixo norteador a reificação do indígena pelo olhar do colonizador no conto “Às margens do rio Ituxy” do autor Hélio Rocha. A partir desse conceito, apresentar-se-á a narrativa como uma crítica pós-colonialista, visto que o autor usufrui das margens de um dos afluentes do rio Purus como pano de fundo para que o leitor conheça, além dos costumes do povo indígena Apurinã, o processo de libertação armado por eles num ato de enfrentamento para com o colonizador. No conto já mencionado, o indígena encontra-se em posição inferior ao daquele que o oprime e é avistado como objeto a serviço dele, no entanto, não é subjugado a ponto de desistir de sua liberdade, conseguindo fugir do estrangeiro opressor, demonstrando sua força e independência na narrativa. Como referencial teórico adotamos a perspectiva pós-colonial dos autores Frantz Fanon (1968) e Aimé Césaire (1978); como processo metodológico a pesquisa bibliográfica e o como referencial teórico sobre os estudos de reificação Honneth (2008) e Jameson (1994).

Abstract

In this article I analyse Helio Rocha´s short story “às Margens do Rio Ituxy” (on the banks of Ituxy River). My guiding axis is the reification of the indigenous through the eyes of the colonizer.” Based on this concept, the narrative will be presented from a post-colonial perspective, as the author uses the banks of one of the tributaries of the Purus River as a background so the reader can know their customs, histories and environment. In addition the story presents the customs of the Apurinã indigenous people, the liberation process set up by the Amerindians in an act of equality with the colonizer. In Helio Rocha´s story, the native is in a lower position than his oppressor and is seen as an object at the colonizer´s service. However, the natives are not subjugated to the point of giving up their freedom, managing to escape from the oppressive foreigner, demonstrating strength and independence in the narrative. As a theoretical framework, we adopted the post-colonial perspective from authors such Frantz Fanon (1968) and Aimé Césaire (1978); as a methodological process the bibliographical research and as a theoretical reference on the studies of reification Honneth (2008) and Jameson (1994).