O que há entre a literatura infantil e a literatura contemporânea? Abriu, abriste, abreu

Autores

  • Maria Gomes Torres Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
  • Alfeu Carmo e Silva Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.16.n.3.7690

Palavras-chave:

Literatura Infantil, Contemporâneo, Significação, Imagem, Ritmo

Resumo

Este artigo científico tem a finalidade de discutir a poesia contida em Abriu, Abriste, Abreu do escritor paulistano Osvaldo Copertino Duarte. Tem como corpus os 24 (vinte e quatro) poemas que compõem o livro. O objetivo é discutir as relações entre a imagem, o ritmo e o lúdico e a partir daí as compossíveis aproximações deste universo poético com os contextos do contemporâneo e da Literatura Infantil. Metodologicamente, nospropomosafazer uma apresentação da obra, em seguida discutir aspectos vinculados ao contexto do contemporâneo, na sequência apontar questões sensíveis ligadas a Literatura Infantil. Por fim, apresentar uma leitura analítica dos poemas. A abordagem é de natureza intrínseca e se dará por meios dos estudos semióticos de Iuri Lotman, aliados aos estudos culturais que tratam do contemporâneo. Esperamos chegar à conclusão de que não podemos considerar o livro, apenas, como representante de um momento estético único, seria um princípio reducionista, pelo caráter híbrido que o livro apresenta, obra que pode transitar entre um ou mais contexto literário. Nesse sentido, e, sob essa perspectiva mostraremos que, a relação entre o contexto do contemporâneo e aspectos da Literatura Infantil    é um fator de tensão nos poemas, o que impede de determinar, ou tipificar os versos naquela, ou nessa corrente literária. Esperamos que os resultados contribuam para a aumentar o interesse do leitor pela obra e a divulgação da obra no cenário da Literatura brasileira.

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Publicado

27/12/2023

Como Citar

Torres, M. G., & Silva, A. C. e. (2023). O que há entre a literatura infantil e a literatura contemporânea? Abriu, abriste, abreu. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 16(3), 125–147. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.16.n.3.7690