O falar e os recursos imagéticos como marca identitária regionalista

um estudo da história em quadrinhos Vidas Secas

Autores

  • Natália Marques de Jesus Universidade Estadual de Londrina
  • Angélica Regina Gonçalves Bertolazzi Universidade Estadual de Londrina
  • Alice Pereira Luz Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.10.n.1.p.49-68

Resumo

Este artigo pretende mostrar como se mantém a identidade regionalista, na história em quadrinhos Vidas Secas (2019) de Eloar Guazzelli e Arnaldo Branco, ao observar que o léxico pode ser um indicador da preservação do estereótipo do retirante sertanejo, assim como a linguagem dos quadrinhos. Para alcançar esse objetivo, definiu-se como objetivos específicos: 1) verificar como a variação linguística afirma a identidade regionalista; 2) observar a diferença existente entre a fala do narrador e a do protagonista Fabiano; e 3) averiguar como os recursos quadrinísticos foram utilizados na construção identitária regionalista. Metodologicamente, utilizou-se a pesquisa descritiva para apresentar as variáveis relativas ao regionalismo e à identidade. A pesquisa explicativa foi usada para apontar como os mecanismos quadrinísticos validam a identidade regionalista. E, por fim, recorreu-se à pesquisa bibliográfica, a qual abarca a variação linguística (Tarallo, 1986; Bortoni-Ricardo, 2004; Ramos 2006), a identidade (Silva, 2012; Woodward, 2012) e a linguagem autônoma dos quadrinhos (Acevedo, 1990; Ramos, 2010; Cagnin, 2014). Para a análise, foram selecionados três fragmentos da obra que, mediante a linguagem, ratificam a identidade de um grupo, marcada pela desigualdade, injustiça e opressão, enquanto os recursos verbo-visuais situam a cultura e a seca nordestina.

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Publicado

09/11/2023