Autoria insubmissa de Conceição Evaristo:
considerações sobre o enfrentamento à violência por meio da escrevivência
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.11.n.2.p.207-225Resumo
A partir do registro da escrevivência, termo criado pela escritora Conceição Evaristo, este artigo objetiva discutir acerca da violência sofrida por mulheres negras, compreendendo a escrevivência como uma experiência de enfrentamento à opressão. A referida autora começou a trabalhar com esse termo na construção da sua dissertação de mestrado, nos anos 1990. Trata-se de uma expressão que está fundamentada na vivência de mulheres escravizadas que cuidavam das crianças da família escravocrata, tendo em vista o período colonial que atravessou a história brasileira e a do continente americano. Surge para enfrentar a violência colonial do passado, mostrando que hoje, como mulheres negras, podemos contar as nossas próprias histórias. A abordagem teórica do presente artigo parte do entendimento de que o colonialismo é um dos fundamentos do modo de produção capitalista, hoje global, e contribuiu para que tal sistema se fundamentasse, também, a partir da violência a determinados corpos, como de pessoas negras, indígenas, mulheres, transsexuais etc. Como metodologia deste estudo, foi realizada uma análise documental do livro Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011), em que Conceição Evaristo aborda as histórias de trauma e de dor de treze mulheres.
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