RESENHA: Língua: Objeto de estudo, patrimônio do povo.
DOI:
https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.8.n.2.p.251-259Keywords:
Letras, Sociolinguística, LínguaAbstract
O livro Objeto Língua (2019), escrito e publicado pelo autor Marcos Bagno, traz contribuições para o estudo da língua no âmbito da Sociolinguística, o autor se inspirou na famosa frase do pai da Linguística, Ferdinand Saussure (1916), em sua obra póstuma Curso de Linguística Geral: “é o ponto de vista que cria o objeto”, para intitular sua obra. A escolha surgiu do pensamento de que um geólogo ou qualquer outro cientista tem seu objeto de estudo materializado, podendo ser tocado, mudado de lugar ou visto, já para os linguistas seu objeto é um barulho, que sai pela boca de alguns e entra pelos ouvidos de outros, assim sucessivamente, como relata Bagno numa entrevista à editora Parábola. O autor conclui dizendo que o linguista, primeiro constrói seu objeto, e depois o estuda. Assim, existem muitos pontos de vistas que podem permear os estudos sobre a língua.
Marcos Araújo Bagno dedicou sua vida e trajetória profissional aos estudos das variações e diversidades da língua. Polêmico, conhecido por tratar de assuntos de discriminação no modo de falar dos indivíduos cuja sociedade brasileira encara com muita naturalidade por considerar que os erros de português são cometidos apenas pelos pobres, analfabetos, semianalfabetos, os quais são excluídos e criticados pela elite que disputa quem sabe mais a língua. É pelo fato de estar sempre em defesa e por valorizar a variedade dessa minoria excluída pela elite que Bagno coleciona muitas inimizades entre linguistas e gramáticos conservadores e tradicionalistas.
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