O texto tem como objetivo central analisar a relação campo-cidade na Amazônia, a partir das relações estabelecidas entre a cidade média de Castanhal e a sua rede de proximidade territorial, conexões com agrovilas do município e demais localidades de municípios vizinhos voltados ao abastecimento dos produtos do campo e para prestação de serviços oferecidos às atividades produtivas realizadas no campo. De um lado, busca-se ressaltar a importância de Castanhal na prestação de serviços para o campo, por meio da oferta de produtos agrícolas derivados das agrolojas e da prestação de assistência técnica por instituições de pesquisa localizadas na cidade. De outro lado, destaca-se a importância da relação com o campo, tanto da ordem próxima – rede de proximidade territorial – quanto da ordem distante – áreas de abastecimento localizadas em outras regiões do país – para o abastecimento da cidade, particularmente as feiras. A hipótese levantada é a de que embora Castanhal não possa ser definida, fundamentalmente, como uma cidade do agronegócio, não se pode desprezar o papel que ela exerce na oferta de tecnologia e serviços para as atividades agrícolas do circuito superior e inferior do campo na região, bem como não se deve deixar de considerar a forte relação quanto ao abastecimento da própria cidade.
Palavras-Chave: Cidades médias na Amazônia; Relação cidade-campo; Feiras; Agrolojas.