VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA E CONFORTO TÉRMICO: UMA ANÁLISE GEOGRÁFICA DO CLIMA NA CIDADE DE MANACAPURU – AM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v10i1.7326

Resumo

A vulnerabilidade socioeconômica é evidente nos espaços segregados de nossas cidades. Sendo perceptível que até mesmo centros urbanos de pequeno e médio porte, como o município de Manacapuru – AM, vivenciam esse problema, afetando diretamente a qualidade de vida dos indivíduos que habitam esses espaços. No caso das problemáticas ambientais, os grupos sociais de baixa renda têm mais dificuldade para enfrentar seus efeitos, principalmente os relacionados ao clima. Este trabalho tem por objetivo analisar o conforto térmico da cidade de Manacapuru - AM, considerando os aspectos voltados a vulnerabilidade socioeconômica. Dentro das observações coletadas em campo, foi possível perceber que os moradores do bairro Correnteza foram os mais afetados pelas condições climáticas do município. Uma vez que, as residências, em sua grande maioria, apresentam dimensões pequenas e seus materiais construtivos são inadequados as condições climáticas locais. Referente à análise dos índices de conforto térmico, foi possível observar que dois dos questionários aplicados estavam na faixa de “Desconforto pelo calor”, os outros configuraram, em sua grande maioria, dentro da faixa do “Leve desconforto pelo calor” e quatro dentro da faixa “Limite Superior da Zona de Conforto”.Com relação aos aspectos socioeconômicos, todas as residências analisadas possuem água encanada, acesso a coleta de lixo e em sua grande maioria apresentam fossa, exceto as casas de palafita que jogam seus efluentes diretamente no canal fluvial. Esses indivíduos residem em áreas de risco e a grande maioria das moradias são de palafitas, a aplicação dos questionários revelou que 87% dos entrevistados do bairro Correnteza, tem suas residências afetadas pela cheia do rio Solimões. A percepção climática dos moradores que possuem casas de palafita foi mais significativa, isso se deve a capacidade térmica da água ao seu redor e pelos materiais utilizados na construção, como a cobertura de telha de alumínio e fibrocimento, que não são adequadas as condições climáticas locais.

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Biografia do Autor

Graciele Silva Correia, Universidade do Estado do Amazonas

Graduada em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas/Escola Normal Superior/ENS. Desenvolve trabalhos na área da Geografia Física e Climatologia Geográfica com ênfase nos seguintes temas: Climatologia Urbana e Conforto Térmico. Atualmente trabalha na Plataforma de Ensino Digital Super Ensino.

Valdir Soares de Andrade Filho , Universidade do Estado do Amazonas

Professor Adjunto na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Doutor em Clima e Ambiente, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/UEA). Mestre em Clima e Ambiente (INPA/UEA). Bacharel em Geografia, pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Possui experiência em Geografia Física, atuando principalmente na área de Climatologia Geográfica.

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Publicado

30/04/2023