Sonhos e reconstrução de uma identidade
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.2.6442Resumo
Este artigo busca fazer uma reflexão sobre os temas sonhos, possibilidades e preconceitos em relação à construção das identidades indígenas entre a vida a partir de desafios enfrentados na comunidade e na cidade. Vive-se no Brasil um momento polêmico no qual alguns governantes demonstram seus preconceitos contra os povos indígenas como se fosse algo normal, não se preocupam em responder a um processo judicial, afinal, estão no poder. Esse é um dos fatores que contribui para a negação da própria identidade por alguns indígenas. O texto analisa alguns motivos que levam indígenas a esconder suas origens étnicas e outros que reforçam uma identidade vivida e sonhada. No primeiro momento, tratamos do preconceito que sempre existiu, mas só sabe aquele que sente na pele. Partindo dessa premissa, neste estudo nos dedicamos a uma análise dos motivos que levam alguns indígenas a negarem sua identidade étnica após terem contato com outros povos, culturas e costumes. A fundamentação teórica aborda as reflexões acerca de desindianização e hibridismo cultural de Canclini (2015), etnocentrismo de Rocha (2004) e o entre-lugar a partir da leitura de Bhabha (2003).
ABSTRACT
This article seeks to reflect on the theme of dreams, possibilities, and prejudices in relation to the construction of indigenous identities between life in the community and in the city. Brazil is experiencing such a controversial moment in which there is a denial of its own identity by some indigenous people and government officials. The text analyzes some reasons that lead indigenous people to hide their ethnic origins and others that reinforce a lived and dreamed identity. At first, we deal with the prejudice that has always existed, but only the one who feels on the skin knows. Based on this premise, for this study we dedicate ourselves to an analysis of the reasons that lead some indigenous people to deny their ethnic identity, after having contact with other peoples, cultures, and customs. The theoretical basis addresses Canclini's reflections about deindinization and cultural hybridism (2015), Rocha's ethnocentrism (2004) and Bhabha's (2003) inter-place.