A AMAZÔNIA DAS “VISAGENS”: A PRESENÇA DO MEDO NA OBRA TREM DAS ALMAS, DE SIMON OLIVEIRA DOS SANTOS

Autores

  • Sonia Sampaio
  • Mara Genecy Nogueira

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.4.6737

Resumo

presente artigo tem por objetivo investigar as narrativas de medo por meio de cinco contos presentes na obra Trem das almas, de Simon Oliveira dos Santos (2020). Os contos aqui analisados - A mãe que embala a ferrovia; O padre de preto; Trem das almas; Meu curumim não se esqueceu de mim; Morri no seringal pensando em ficar rico - têm relação direta com o fenômeno do medo de aparição de “visagens” que insistiam em aparecer para homens e mulheres na chamada Vila Murtinho-RO, que surgiu a partir de seu mito fundador, a antiga Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, construída entre os anos de 1907 a 1912. Tendo por mote a Madeira-Mamoré, os contos mostram o nativo como o grande responsável pelas dores, choros e medos desencadeados nessa parte da Amazônia. Na condição de selvagens/bárbaros, os nativos, aos olhos do colonizador, são considerados elementos diabólicos e perversos, que transformam a velha linha férrea e tudo em seu entorno em paisagens topofóbicas. Percorrer tais caminhos é o que propomos neste trabalho.

Abstract

In the present article we investigate the narratives of fear through five short stories present in the work Trem das almas, by Simon Oliveira dos Santos (2020). The short stories analyzed here are: A mãe que embala a ferrovia; O padre de preto; Trem das almas; Meu curumim não se esqueceu de mim; Morri no seringal pensando em ficar rico. All of them are directly related to the phenomenon, especially the fear of "visagens" (sobreantural sights) that insisted on appearing to men and women of the so-called Vila Murtinho-RO, which emerged from its founding myth, the old Madeira-Mamoré Railroad, built between 1907 and 1912. Having as their motif the Madeira-Mamoré, the tales show the native as the great responsible for the pains, cries and fears unleashed in this part of the Amazon. As savages/barbarians, the natives, in the colonizer´seyes, are considered diabolical and perverse elements, who transform the old railway line and everything around it into topophobic landscapes. To go through such paths is what we propose in this work.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

01/02/2022

Como Citar

Sampaio, S., & Nogueira, M. G. (2022). A AMAZÔNIA DAS “VISAGENS”: A PRESENÇA DO MEDO NA OBRA TREM DAS ALMAS, DE SIMON OLIVEIRA DOS SANTOS. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 14(4), 34–49. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.14.n.4.6737