A construção da personagem feminina na obra Esparadrapo, de Daniel da Rocha Leite
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.16.n.3.7788Palavras-chave:
Literatura infanto-juvenil, Gênero, Mulher, AmazôniaResumo
O propósito deste trabalho é analisar as imposições das figuras masculinas sobre a formação da identidade da personagem Beatriz na obra de Daniel da Rocha Leite, intitulada Esparadrapo (2021), investigando, com base na abordagem crítica dos estudos pós-coloniais/decoloniais, o comportamento dessa personagem diante da sociedade contemporânea que continua com posturas patriarcais. A protagonista da narrativa em questão é moldada de forma desafiadora diante das figuras masculinas, apresentando elementos que caracterizam uma postura descolonizadora das atitudes machistas. Utilizamos argumentos, principalmente, de Edward Said, Albert Memmi para os estudos pós-coloniais e María Lugones e Françoise Vergès para os estudos do feminismo decolonial, a fim de identificar as posturas machistas/colonizadoras em relação à personagem Beatriz, assim como, sua atitude descolonizadora diante da tentativa de dominação e opressão. Os resultados apontam a literatura infanto-juvenil amazônica como espaço de representação da mulher que subverte os estereótipos vinculados ao patriarcalismo. Essa literatura também pode ser ferramenta para que novos caminhos sejam abertos em direção a uma educação com equidade e não discriminatória.
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