Uma Revolução, Dois contos, Múltiplos leitores
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.3.n.2.863Resumo
De 1893 a 1895, as terras do sul serviram de cenário aos violentos combates daRevolução Federalista, travados entre os partidários de dois oligarcas gaúchos: de um lado, os
federalistas (maragatos), liderados por Gaspar Silveira Martins; de outro, os republicanos
(chimangos ou pica-paus), seguidores do positivista Júlio de Castilhos. Os primeiros
defendiam a instalação de um regime parlamentarista nos moldes do que existiu no Segundo
Reinado, enquanto que os republicanos defendiam um presidencialismo forte, centralizador,
no estilo do governo do presidente Floriano Peixoto (1891-1894). O confronto ultrapassou as
fronteiras gaúchas, estendendo-se a Santa Catarina, ao Paraná e até ao Uruguai. Somente em
1895, no governo de Prudente de Morais (1894-1898), é que seria assinado um acordo de paz
na região. A importância do evento deu origem a uma tradição literária de contos, romances,
canções, narrativas orais e fílmicas. Em 1993, ao completar cem anos do começo do conflito,
foi publicado o livro Literatura e Guerra Civil de 1893, organizado pelos professores Carlos
Alexandre Baumgarten e Maria Eunice Moreira. A obra reuniu dez textos cuja temática, de
alguma forma, relaciona-se com a disputa política do fim do século XIX. Da referida
coletânea fazem parte os dois contos que serão abordados no presente estudo, Bandido, de
Roque Callage e Velhos Tempos, de Darcy Azambuja.
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Publicado
13/05/2014
Como Citar
Mendes da Silva, T. (2014). Uma Revolução, Dois contos, Múltiplos leitores. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 3(2), 223–235. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.3.n.2.863
Edição
Seção
ARTIGOS