OS EXCLUÍDOS DO SÉCULO XX SÃO OS CONVIDADOS DE HONRA DO SÉCULO XXI: UMA CONTRADIÇÃO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.4.n.2.2110Palavras-chave:
Ser Humano. Educação Especial. Políticas Públicas. Exclusão Educacional.Resumo
Durante o século XX, no contexto do processo histórico educacional, um conjunto de estudantes em idade escolar foi induzido a migrar para um ambiente educacional que atendesse suas especificidades condizentes às suas necessidades especiais. Da mesma maneira, no início do século XXI, esses mesmos estudantes foram reconduzidos para a origem, mas, agora, fora da idade escolar. Essa política nos levou aos questionamentos inerentes a este processo de inclusão, neste trabalho. A pesquisa, de cunho etnográfico, foi produzida numa escola pública localizada na Capital do Estado de Rondônia, Brasil, a qual, em 2016, oferecia os anos iniciais do Ensino Fundamental na modalidade de Educação Especial. A análise de conteúdo, proposta por Bardin (2009) foi utilizada para a análise dos resultados. Estes demonstraram que os estudantes excluídos das escolas regulares comuns, no século XX, não demonstraram interesse em retornar às mesmas, no século XXI, pois o processo de inclusão não foi considerado uma experiência positiva em suas vidas escolares. Os interesses detectados eram alheios à escolarização em escolas com estudantes na idade infanto-juvenil, já que a Educação de Jovens e Adultos, oferecida, naturalmente no período noturno, não ser condizente com o interesse de seus pais e responsáveis. De acordo com esses resultados, os estudantes com necessidades educacionais especiais em idade adulta, encontraram, nos atendimentos e oficinas pedagógicas da Associação de Pais e Amigos do CENE-APACENE, o acolhimento dos seus iguais e, de certa forma, essa opção minimizou as sequelas da educação excludente que tiveram no decorrer do processo de escolarização.