Um corpo que pulsa: Eduardo Kac e a poesia espacial

Résumé

“Um corpo que pulsa: Eduardo Kac e a poesia espacial” propõe-se analisar a dimensão performática, corporal e sequencial do percurso poético-artístico de Eduardo Kac com base nas suas primeiras performances (anos 80) e em dois conceitos centrais da sua obra, a Holopoesia e a Poesia Espacial. O corpo, que começa por ser o suporte da palavra coloquial, é também parte central da prática tridimensional holográfica e um dos pilares conceptuais da Poesia Espacial. Também por esta razão, o questionamento dos suportes da palavra poética e da própria palavra poética corresponde ao questionamento da concepção naturalista do corpo e da existência do corpo no espaço.

ABSTRACT

“A Pulsating Body: Eduardo Kac and Spatial Poetry” proposes an analysis of the performative, corporeal, and sequential dimensions of Eduardo Kac's poetic-artistic path. This paper is based on his first performances (1980s) and on two critical concepts to his work, Holopoetry and Space Poetry. The body, which at first constitutes the medium onto which the colloquial word is tethered, is also a central part of his three-dimensional holographic practice, and one of the key conceptual pillars of Space Poetry. The process of questioning the mediums of the poetic word, as well as the poetic word itself, corresponds to the questioning of a naturalist conception of the body as well as to the existence of the body in space.